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DINO - 12 mar, 2018) - No Brasil, o compliance segue inspirando empresas. Investimentos nesse tipo de programa já são comuns no cenário nacional, principalmente por conta da implementação da Lei 12.846/13 - também conhecida como Lei Anticorrupção - regulamentada pelo decreto 8.420/15. O compliance é uma iniciativa que ganhou importância nos últimos anos - e tornou-se ainda mais relevante quando se trata de empresas estrangeiras atuantes no Brasil. Bem por isso, para se consolidar no país, o tema é a aposta da russa Softline, uma das empresas líderes mundiais em soluções de tecnologia da informação - que marca presença em território brasileiro desde 2014. Quem destaca o assunto é o
advogado Bruno Fagali, que também é membro da Fagali Advocacia.
A Softline passou, recentemente, por grande avanço em relação à governança corporativa. Em período de reestruturação, ano passado, a companhia russa contratou o advogado e fundador do Instituto Compliance Brasil, Rodrigo Carril, para criar e assumir a gestão da área de compliance - que, atualmente, é dedicada à implantação das boas práticas do mercado.
Fagali reporta que, como parte da iniciativa, foram "importadas" e, claro, adaptadas, muitas práticas globais da sua matriz - no entanto, a maioria dos novos dos procedimentos já foram criados e inseridos com base na cultura e requisitos do mercado local.
Carril explicou que, "entre tantas atividades, um dos principais passos foi refazer todos os contratos com parceiros de negócios e serviços, para
garantir o total cumprimento das regras internas da Softline e dos principais fabricantes que representamos".
Os ciberataques
O fundador do Instituto Compliance Brasil também ressalta que os ciberataques, que aconteceram nos últimos anos, são outro aspecto que vem estimulando a implantação de práticas como o compliance. O compliance digital, por exemplo, trata-se de um caminho que leva as corporações a uma maior
proteção de seus dados, reproduz o advogado Fagali.
Segundo pesquisa da FTI Consulting, realizada em conjunto com a Economist Intelligence Unit, ataques cibernéticos são responsáveis de forma mais significativa por crises corporativas - o levantamento apontou que para 53% dos executivos entrevistados, foram eles que tiveram o maior impacto na reputação de suas empresas no ano de 2016. Ainda, salienta Fagali, 36% dos participantes do estudo disse que, nos próximos anos, os riscos cibernéticos terão até mais influência nas crises corporativas do que aspectos como as reformas políticas, a desigualdade social ou, mesmo, manifestações.
Compliance - um tema ainda incipiente
Por fim, Bruno Fagali reporta que
o fato do compliance, em especial no setor da tecnologia da informação, estar ainda pouco desenvolvido, colaborou para que a Softline investisse mais no tema no Brasil.
"Somos a segunda empresa distribuidora de TI no Brasil a obter um certificado de compliance, o que nos traz vantagens em um setor altamente competitivo. Com isso, oferecemos soluções de segurança, internet das coisas, inteligência artificial, entre outras, de grandes fabricantes internacionais, como a Microsoft e Avepoint, de forma ágil e consistente, tirando proveito da nossa globalização. Nossas soluções são desenvolvidas em várias regiões do mundo, pelo que acumulamos a musculatura de uma empresa presente em mais de 30 países e que fatura mais de um bilhão de dólares globalmente", finaliza o Diretor Comercial da Softline, Marcelo Boriero.
Website:
http://www.fagali.com