Releases 13/06/2017 - 14:38

Saiba mais sobre as vacinas e suas reações


Rio de Janeiro - RJ--(DINO - 13 jun, 2017) - Consideradas um verdadeiro marco no avanço da medicina, as vacinas conseguiram controlar epidemias e erradicar doenças perigosas, como a varíola e a pólio, e são frequentemente usadas para prevenir a disseminação de muitas outras doenças, como nas campanhas de vacinação sazonal contra a gripe e, mais recentemente, contra a febre amarela. Mas apesar de todos os benefícios que elas trazem, ainda persiste a dúvida em uma parcela da população: as vacinas podem acabar fazendo mal ao invés de melhorar a saúde? O infectologista Alberto Chebabo, integrante do corpo clínico do laboratório Lâmina, esclarece de uma vez por todas o debate no Mês da Imunização, lembrado em 9 de junho.Segundo o especialista, os riscos de eventos adversos em determinada vacina sempre vão existir, independentemente do tipo ou da quantidade de doses aplicadas, e isso também ocorre com os medicamentos alopáticos em geral. Sintomas leves como mal-estar passageiro, dores de cabeça e dor no local nos dias seguintes à aplicação da vacina são sintomas comuns que passam em pouco tempo. Eventos adversos graves, que podem levar a complicações e até ao óbito, são muito raros e estão relacionados mais frequentemente com reações alérgicas à vacina."É essencial que as pessoas conheçam o que as vacinas se propõem a fazer e tenham ciência de que elas foram desenvolvidas para beneficiar a saúde da população e imunizar as pessoas contra doenças graves que podem levar, inclusive, à morte, como o sarampo. Sem elas ainda estaríamos sofrendo com os males de patologias do passado que não são mais uma ameaça graças à tecnologia e aos avanços da área médica condensados em uma ou várias doses de vacina", explica Chebabo.Vários questionamentos sobre o potencial risco das vacinas não passam de boatos, como a associação da vacina com o risco de autismo. Não há nenhuma comprovação científica desse fato que, volta e meia, é divulgado na mídia. Muito se fala do risco do timerosal, que foi utilizado como conservante em algumas vacinas. Por ser um metal pesado, derivado do mercúrio, acabou sendo retirado das vacinas. Porém, diversas pesquisas feitas em universidades norte-americanas e dinamarquesas apontaram que não existe nenhum efeito adverso das vacinas relacionado ao timerosal."Um efeito muito negativo desse tipo de pensamento é que a falta de vacinação de uma parcela da população abre margem para que uma doença, até então controlada ou erradicada, tenha chances de retornar em um novo surto", conta o médico. Um caso recente que confirma a teoria do médico foi o ressurgimento do sarampo ? até então controlado pela vacinação na infância ?, que acometeu várias crianças nos Estados Unidos e no Canadá em 2015, pegando muitas famílias de surpresa. Atualmente, a Europa vive um surto de sarampo por causa da baixa cobertura vacinal em alguns grupos populacionais, e países como a Alemanha estudam tornar mandatória a vacinação de crianças, com penalização dos pais que não imunizarem seus filhos.