São Paulo - SP--(
DINO - 27 fev, 2019) - Os cães estão prestando um grande benefício á sociedade atuando como farejadores, ajudando os policiais a identificarem drogas e os bombeiros nos resgates de vítimas e localização de corpos soterrados em catástrofes.
Eles começaram a ser usados para farejar substâncias ilegais no fim dos anos 60, durante a Guerra do Vietnã (1959- 1975), quando o consumo de heroína entre soldados americanos tornou-se um sério problema para o Exército dos EUA, informa Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News (
www.revistaecotour.news).
Nas buscas por desaparecidos na lama de Brumadinho (MG), devido ao rompimento da barragem de rejeitos, aonde a profundidade chega a 15 metros em alguns locais, eles têm sido fundamentais. Quando está diante da lama com seu cão, o condutor dá o comando "dead" ("morto" em inglês) e o cão vai à busca daquele odor. Se houver alguém vivo, o cachorro também indicará a presença da pessoa, pois é treinado para identificar ambos os cheiros. Os bombeiros anotam com a ajuda deles os pontos e retornam aos locais com equipes maiores para fazer a escavação. Para cada dez minutos de trabalho do animal, diz a norma, são vinte de descanso.
"Os cães usados como aliados nesse tipo de situação são treinados de maneira específica, desenvolvendo ainda mais a sua sensibilidade olfativa. É um trabalho difícil, em que se busca tirar proveito das duas principais características dos cães que desempenham essa função: faro apurado e personalidade curiosa" enfatiza Vininha F. Carvalho.
O olfato é o sentido mais importante para os cães. Por meio do seu faro apurado, ele consegue identificar pessoas, perceber cheiros que estão bem distantes e até mapear os lugares que frequenta. Tudo isso acontece porque dentro do nariz deles existem os receptores protéicos - células sensíveis aos odores, localizadas na mucosa nasal, que ao receberem os cheiros são responsáveis por identificá-los. Essas células também estão presentes em outros animais, como em nós, seres humanos, mas em quantidade muito menor.
Todos os cães têm o olfato apurado, mas algumas raças se destacam mais do que as outras, apresentando-se como os animais ideais para a realização das diversas tarefas envolvidas nestas missões. "Golden retriever, labrador, pastor alemão, pastor belga, pastor belga malinois e collie são as raças mais utilizadas. Quando treinados, detectam odores disfarçados debaixo de metros de entulho e auxiliam na investigação no rastreamento de suspeitos", ressalta Vininha F. Carvalho.
Independentemente de ser um cão farejador ou não, o focinho sempre deve estar frio e molhado. O focinho serve para o tutor controlar a saúde do seu cão. Se ele estiver quente, é preciso ficar em observação. O animal pode estar com febre, um alerta do corpo para alguma doença. A febre pode, por exemplo, sinalizar uma gripe ou uma infecção causada por microrganismos, como as bactérias. Isso deixa o nariz do animal seco e com a temperatura alta.
Os seres humanos e os cães farejadores compartilham situações complicadas e estressantes, mas cabe aos humanos, dotados de consciência, protegê-los, respeitando suas limitações. Labradores têm melhor faro, mas se cansam mais rápido. Enquanto um pastor alemão trabalha 40 minutos diretos, um labrador consegue farejar, sem se cansar, por apenas 20 minutos. A presença dos animais em tragédias nos faz perceber o quanto eles podem contribuir para amenizar o sofrimento dos envolvidos, pois eles sempre dão demonstrações de amor incondicional, transformando o ambiente num local menos infeliz.
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