Releases 12/05/2016 - 15:53

Marca de roupas brasileira aplica modelo de negócios sociais e ajuda comunidades ao redor do mundo


São Paulo, SP--(DINO - 12 mai, 2016) - O negócio social é uma realidade crescente no Brasil e no mundo. O termo, entretanto, ainda gera dúvidas e incertezas.

Trata-se de um negócio privado e, como tal, deve gerar lucro. Mas sua base, seu core business, deve atacar uma questão social relevante.

O conceito surgiu com Muhammad Yunus, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, em 2006. Sensibilizado com a pobreza e as grandes dificuldades que atingiam as mulheres da aldeia Jobra, em Bangladesh, Yunus passou a emprestar pequenas quantias com juros muito baixos para que pudessem comprar materiais, produzir e revender artesanatos. Dessa forma, criou o primeiro Banco de Microcrédito do mundo, denominado Grameen Bank.

Desde então, o modelo de negócios vem sendo replicado em diferentes países, gerando valor social e impacto positivo.

"É uma alternativa eficiente que une o que há de melhor no segundo setor com o que há de melhor no terceiro. É uma forma de exercer o empreendedorismo sem ignorar a realidade", afirma Lucas Rodrigues, um dos sócios da marca brasileira denominada HEVP.

A HEVP, uma analogia à palavra "help" (ajudar) em inglês, é uma marca de roupas e acessórios que realiza doações de uniformes e refeições para cada venda efetuada.

Crianças do Haiti, Nepal, Quênia e Brasil são impactadas pelos resultados alcançados pela empresa. Já foram mais de 1700 uniformes doados e mais de 7000 refeições servidas nas sete cidades visitadas pelos sócios Lucas e Juriel Meneguetti.

Nesse ponto, entra outro quesito relevante para quem planeja abrir um negócio social. Trata-se da importância do monitoramento de resultados.

Considerando que um dos fatores fundamentais para a determinação de sucesso é o impacto gerado, é fundamental que seja possível traduzir em análises quali e quantitativas os resultados das ações praticadas.

No caso da HEVP, por exemplo, a marca mantém pessoas e ONGs parceiras em todos os locais visitados, a fim de monitorar os resultados a curto, médio e longo prazo. Tais aliados também são responsáveis por identificar oportunidades e orientar novas doações. Foi assim que teve início a produção local. Para incentivar a economia das remotas comunidades ajudadas, a HEVP possibilitou a fabricação de uniformes através da reforma de máquinas e capacitação de mulheres. A tendência é que essa dinâmica também migre para a produção de alimentos, que deve passar a ser realizada na própria região, garantindo o consumo local e o lucro através da venda de excedentes.

Isso significa que, para que seja possível criar um negócio social de sucesso, é preciso de um planejamento que englobe fatores pré e pós vendas.

Definida a causa, é preciso determinar quais são os gargalos sociais que podem ser ajudados através da empresa. Ou seja, além da análise de mercado, é necessário que haja uma análise da situação a ser atendida.

Em um segundo momento ? venda de produtos/serviços ? a preocupação deve envolver toda a cadeia produtiva. Com base mais uma vez na marca apresentada, nota-se uma preocupação dos sócios, não só de garantir uma conclusão satisfatória para os países ajudados, mas de assegurar a efetividade prática e moral de toda a produção dos itens vendidos. Isso significa que as fábricas envolvidas no processo devem atestar o cumprimento das leis trabalhistas e possuir como referência a economia de água.

Por fim, é preciso se atentar ao pós a fim de avaliar resultados e prever ações futuras.

Esse monitoramento contínuo e circular é capaz de garantir o sucesso e o crescimento da empresa, ainda que esse modelo de negócios apresente resultados mais lentos que os modelos tradicionais.

Para saber mais sobre negócios sociais e conhecer melhor o trabalho da HEVP clique aqui.

Website: http://www.hevp.com.br