Releases 19/04/2016 - 14:56

Seu filho um cidadão global; uma questão de planejamento


São Paulo-SP--(DINO - 19 abr, 2016) - Por Gilberto Miyamoto

Proporcionar aos filhos a chance de fazer uma faculdade no exterior é o sonho de muitos pais. Motivos para isso não faltam. A distância coloca os jovens em constantes desafios, que, uma vez superados, resultam em maior autoconfiança e amadurecimento. Isso sem contar a qualidade do ensino, uma vez que as universidades estrangeiras, principalmente as da Europa e dos EUA, costumam figurar nas primeiras posições de rankings internacionais como as melhores instituições de ensino superior do mundo.

Muitos, porém, enxergam nos altos custos o grande empecilho para a realização desse sonho. No entanto, a grande surpresa é que, mesmo com a constante desvalorização do real frente às principais moedas estrangeiras, estudar no exterior, mais precisamente na Alemanha, pode ser até mais barato do que cursar uma universidade privada no Brasil.

O custo médio anual de um curso de engenharia no Brasil gira em torno de R$ 44 mil, mesmo patamar que na Alemanha. Isso porque, no país europeu, a maioria esmagadora das instituições de ensino superior é pública, fazendo de moradia, alimentação, transporte e seguro-saúde os únicos gastos requeridos para bancar a educação. O país ainda oferece oportunidade para que os estudantes trabalhem até 12 horas semanais, principalmente nos setores de serviços e varejo, o que pode ajudar no custeio de viagens ou outras atividades que o jovem queira exercer.

É preciso também destacar que os números acerca dos valores pagos no Brasil referem-se apenas aos alunos que irão permanecer em suas cidades de origem para estudar. Caso tenham que se deslocar, algo muito comum principalmente para que vem do interior dos estados, os estudantes terão que arcar também com gastos com alimentação e moradia, o que tornaria os estudos no Brasil ainda mais caros que em terras germânicas.

Em outros países, principalmente os de língua inglesa, como EUA, Canadá, Reino Unido e Austrália, os gastos com o ensino superior são muito mais elevados, com um total mínimo estimado em R$ 150 mil por ano, tendo em vista que as universidades tendem a ser nesses países são pagas, a não ser que o aluno consiga alguma bolsa de estudo.

Planejamento

Se a Alemanha desponta como o melhor custo-benefício para a graduação internacional, há a contrapartida de que o estudante deverá dominar o idioma local, cuja aprendizagem, diferentemente do inglês, não é uma prática muito popular no Brasil. Por isso, decidir por cursar a universidade naquele país exige, acima de tudo, planejamento.

Matricular o jovem em um curso de línguas desde criança ou em uma escola de origem alemã é fundamental. Mesmo que no futuro o aluno decida por estudar no Brasil, terá no currículo o domínio do idioma falado em um dos países mais poderosos do mundo, que tem no Brasil mais de 1.200 empresas instaladas, muitas líderes mundiais em seus segmentos de atuação, como a Volkswagen, Mercedes-Benz, Bayer, BASF e Adidas, algo que lhe abrirá muitas portas para um excelente futuro profissional.

Caso opte por seguir a vontade dos pais e ir à Alemanha (uma importante ressalva é que algumas carreiras, como a advocacia, demandam conhecimentos específicos do país onde está sendo exercida. Nesse caso, é necessário que o aluno se forme no Brasil e deixe sua experiência de estudos internacionais para uma pós-graduação), terá a vantagem de residir em um país organizado, de economia estável e com excelentes indicadores sociais. Além disso, a população alemã está envelhecendo mais rapidamente que a média europeia, o que já está resultando na falta de mão de obra em diversos segmentos, algo que gera muitas oportunidades para jovens bem formados e que dominam o idioma local.

Num eventual retorno ao Brasil, o recém-graduado terá em seu currículo a formação em um país com excelentes universidades, o que garantirá um enorme diferencial no momento de disputar uma vaga no mercado de trabalho, transformando o planejamento assertivo a longo prazo realizado pelos pais em um trampolim na carreira do filho.

*Gilberto Miyamoto é consultor empresarial e professor de finanças em programas de MBA Executivo e sócio-fundador da D-Chance, consultoria financeira educacional que visa orientar pais em como tornar seu filho um cidadão global com base na formação universitária alemã.
Website: http://d-chance.com/