Rio de Janeiro, RJ.--(
DINO - 24 jan, 2018) - Muitas pessoas acreditam que a palavra "nuclear" sempre esteja relacionada a algo que tem potencial de causar problemas de saúde, mas isso não é verdade. A medicina nuclear, por exemplo, foi um divisor de águas na maneira como os médicos entendem o corpo humano, já que ela é capaz de mapear com clareza diversas áreas do organismo através do diagnóstico por imagem, permitindo que especialistas encontrem tumores, lesões ou anomalias de forma mais fácil. Sendo assim, esse tipo de exame também permitiu que a detecção de diversas doenças, como o câncer, seja feita de forma mais precisa e, principalmente, sem oferecer riscos à saúde do paciente.
"Essa é uma especialidade médica que usa substâncias radioativas, como o Gálio, como ferramentas para estudar a forma como tecidos e órgãos funcionam. Elas emitem uma pequena dose de radiação, assim como na tomografia e na ressonância magnética, e temos protocolos que garantem a segurança do paciente. Exames deste tipo representam um avanço significativo para o diagnóstico precoce, aumentando as chances de sucesso no tratamento dos pacientes", explica o dr. José Leite, médico nuclear e coordenador do serviço de PET-CT da Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI).
Os principais métodos usados na aplicação da medicina nuclear são a cintilografia e o PET-CT.. No momento do exame, o especialista administra uma pequena quantidade de substância radioativa para o paciente, calculada de acordo com sua idade e peso, e que pode ser aplicada via oral, na veia ou no liquor - ou líquido da espinha -, dependendo do tipo de exame que será feito. Ao serem absorvidas pelo organismo, essas substâncias, chamadas de radiofármacos, emitem uma radiação que é captada pelo equipamento, gerando assim imagens nítidas da lesão, tumor ou anomalia. Além de mostrar com precisão a localização dos tumores, por exemplo, o exame também consegue mostrar se um câncer já fez metástase ou não sem a necessidade de biópsia.
"São muitas as funções que os radiofármacos podem exercer no organismo do paciente. Por exemplo, eles podem se fixar aos neurônios e permitir que os médicos estudem o funcionamento do cérebro, ou se juntar às paredes do coração para analisar seu estado de saúde. Eles também conseguem marcar células, como as hemácias no sangue, para detectar sangramentos intestinais que ainda não foram percebidos", afirma o especialista.
Além de serem muito eficazes na detecção de todos os tipos de câncer e suas formas de metástases, os exames que usam a radiação como principal ativo também garantem sucesso ao rastrear outras doenças, como as isquemias miocárdicas em pacientes que possuam obstruções nas artérias coronárias - evitando que eles sofram infartos. Segundo o dr. José, essa especialidade também é usada para fazer o diagnóstico de tromboembolia pulmonar, refluxo gastroesofágico, demência, doenças da tireoide, renais, hematológicas e muitas outras.
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