São Paulo - SP--(
DINO - 22 jun, 2017) - O Brasil vive um momento de queda da taxa de juros. Investidores animados com a memória de um passado remoto tentam dar oxigênio à expectativa de alcançar um bom rendimento com a poupança. Na contramão dessa turma está a equipe da
Empiricus Research, que reforça a recomendação de que a poupança não é uma boa opção de investimento.
Marília Fontes, especialista que assina os relatórios
Tesouro Empiricus e
Empiricus Renda Fixa, explica que "na última década, a poupança perdeu para o CDI, que é o referencial para aplicações de renda fixa. A rentabilidade é tão ruim que, em 2015, ficou abaixo até da inflação."
Mesmo com a expectativa dos juros alcançarem a casa de um dígito até o fim do ano, a poupança continua não sendo uma boa opção. "Com a queda dos juros, o rendimento ficou mais atrativo, é verdade. Em 2016, descontada a inflação, a caderneta rendeu 2,02%. O melhor ganho nos últimos sete anos. Porém, continua sendo um resultado pior que o de aplicações tão seguras e com a mesma liquidez, como o Tesouro Selic, cujo retorno no mesmo período foi de 5,27%. Mais que o dobro", explica
Beatriz Cutait, especialista da Empiricus que assina o relatório
Você Investidor.
POUPANÇA X FUNDOS DI
Alguns investidores defendem que o novo patamar de juros colocou a poupança em posição vantajosa frente outras aplicações, como alguns fundos DI. Contradizendo este argumento,
Luciana Seabra, que escreve o relatório
Os Melhores Fundos de Investimento diz: "A melhor alternativa a um fundo DI caro, com taxa de administração anual de 2%, não é a poupança. É um fundo DI barato, que cobre taxa de 0,2% ao ano".
Luciana concorda que existem fundos DI que perdem para a poupança. "Eram cinco num total de 210 em maio de 2016. Um ano depois, já são 20. Quando a Selic chegar a 8,5%, serão por volta de 65, mas o investidor ainda terá mais de 100 para escolher um que apresente rentabilidade melhor."
Portanto, é fundamental que as pessoas percebam que os elevados rendimentos da poupança registrados no passado, como no longínquo ano de 1991, de 54% ao mês, não voltarão. "De uma vez por todas, está na hora de parar de perder dinheiro. Se o brasileiro continuar insistindo na poupança, o único pensamento que terá nos próximos 15 anos será o de que poderia ter escolhido um investimento melhor", conclui Marília.
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