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Brasileiro revelado no Santos não descarta defender seleção boliviana


(DINO - 15 fev, 2017) - Se a expectativa se cumprir, Ricardo deverá se encaixar nas determinações da FIFA. Para que um atleta possa defender outra equipe nacional, é preciso ter descendentes (pais ou avôs nascidos nesse país) e/ou ter vivido continuamente nesse país por pelo menos cinco anos. Nesse caso, o brasileiro estaria apto para defender a Bolívia na Copa do Mundo no Catar, em 2022, até porque as chances de os 'Hermanos' irem à Rússia em 2018 diminuem a cada rodada das eliminatórias. 'Atualmente, um dos defensores, nascido no Paraguai, já é naturalizado. Então, se eu recebesse um convite, iria aceitar com muito orgulho, uma vez que no meu País a concorrência é muito grande e seria quase impossível. Além do mais, minha acolhida pelo povo boliviano foi fantástica, então nada mais justo do que retribuir dentro de campo, com muita garra e determinação, assim como tenho feito no Blooming, que é o time que me deu essa oportunidade', frisa o camisa 4. Base Ao lado de jogadores reconhecidos nacional e mundialmente como Neymar, Robinho, André, Paulo Henrique Ganso e Wesley, Ricardo Duarte foi formado nas categorias de base do Santos e comandou a defesa dos Meninos da Vila na segunda metade dos anos 2000, onde foi um dos destaques do time bicampeão do Campeonato Paulista Sub-20 em 2007 e 2008.'Trabalhei com muitos atletas que hoje são destaques no mundo do futebol, como é o caso do Neymar, do Robinho, Ganso, o goleiro Rafael, dentre muitos outros. A maioria cresceu comigo tanto profissionalmente, quanto pessoa. Tive uma vida dentro do Santos que me formou não só como atleta, mas para ser uma pessoa de caráter', relembra o zagueiro, que é natural de Nova Andradina, cidade do interior de Mato Grosso do Sul.Carreira nas altitudesHoje no Blooming, time cinco vezes campeão nacional, Ricardo se mostra realizado e comemora o momento na carreira, que foi interrompida algumas vezes por conta de lesões. 'Me sinto ótimo. Essa é a fase onde eu me sinto melhor fisicamente. Depois de uma temporada regular no Brasil, fui contratado pelo Blooming, onde fui recebido pelos torcedores, pelos dirigentes e pela imprensa. Isso me deu muita motivação e faz com que eu me sinta muito bem aqui', relata o ex-xerife da base santista. Sobre a diferença entre os países, o zagueiro pontua a intensidade dos jogos, além da famosa altitude, que pode chegar a 4.060 metros do nível do mar, no caso do Estádio Jesus Bermúdez, em Oruro. 'Realmente é difícil. A recuperação é mais tardia e te falta ar. É complicado. Algumas equipes tomam Viagra. A gente toma metade e creio que isso ajuda um pouco, pois estimula a circulação do oxigênio no sangue, nos ajudando a respirar melhor', revela. Ao comentar a regularidade nos jogos, Ricardo Duarte enfatiza: 'para mim é muito positivo, porque a regularidade mostra que o trabalho está sendo bem feito e isso é bom, traz mais confiança. O Blooming está entre os maiores do País e é um privilégio jogar em um time de expressão nacional, com uma história linda. Valorizo muito isso e tenho um carinho enorme por esse time. Estou fazendo de tudo para deixar meu legado aqui'. O camisa 4, inclusive, esteve em campo na partida que encaminhou a classificação histórica do Blooming à segunda fase da Copa Sul-Americana, em 2016, contra o uruguaio Plaza Colonia. 'Assim como todo time grande, aqui também tem sua cobrança, mas o lindo é ver que a torcida é fiel e sempre nos apoia no bom e no mau momento. Isso é de arrepiar. Estamos começando outra temporada e graças a Deus estamos trabalhando muito para dar alegrias a essa torcida', finaliza.Website: http://www.santicomunicacao.com.br