São Paulo, SP--(
DINO - 03 mai, 2018) -
Engenheiro, médico, professor... A tecnologia e, principalmente, as redes sociais vêm revolucionando o mercado e criando novas profissões. A mais nova aposta do mercado é a carreira de influenciador digital, segundo Magda Fernandes, master coach, gerente de RH e relacionamento com mercado do Sesc-TO.
“No meio desse turbilhão de informações e desejos, que vem na grande maioria por meio de telas de celulares e computadores, surgem cada vez mais pessoas com perfil empreendedor e habilidades de influenciar outras pessoas. Estas, acabaram fazendo dessa habilidade e poder de influenciar outras pessoas uma nova profissão e opção de carreira, que é o digital influencer. Vejo o momento do influenciador digital como uma grande sacada e oportunidade para aqueles que querem ter seu próprio negócio, ou querem criar seu espaço dentro das empresas. ”
Oficialmente catalogados, existem 7500 influenciadores digitais em todo Brasil, segundo pesquisa “Raio-X dos influenciadores digitais do Brasil”, realizada pela Apex. Mas esse número é muito maior quando somados os microinfluenciadores (pessoas com 5 a 100 mil seguidores em suas redes).
Somente a Squid, uma das maiores plataformas voltadas para os micro, possui atualmente mais de 50 mil influenciadores cadastrados. Por terem um engajamento maior e serem mais baratos para as empresas, os microinfluenciadores são uma forte tendência de mercado.
Hoje, 74% dos consumidores se orientam por meio de suas redes sociais para realizar uma compra, de acordo com estudo realizado pela Sprout Social, e, segundo a Nielsen, 84% dos consumidores tomam decisão com base nas opiniões de fontes confiáveis, acima de outras formas de publicidade. Além disso, de 2016 para 2017, o tempo gasto pelos brasileiros na internet dobrou, de 8 horas semanais para 16 horas semanais. De olho nesses dados, as empresas apostam forte nos influenciadores.
“Aqueles que querem seguir a carreira devem se profissionalizar. Antes de uma boa imagem, o influenciador digital deve trabalhar com ética, responsabilidade e respeito pelos seus seguidores. É importante selecionar os trabalhos, pesquisando a origem dos produtos e serviços a serem divulgados.”
Profissionalizar-se é preciso
Foi o que percebeu a jornalista, consultora de imagem e influenciadora digital Dani Almeida. Ao estudar marketing digital, ela resolveu criar o perfil @opoderdaimagem. Em pouco mais de um ano e meio, seu perfil no Instagram reúne 83,9 mil seguidores e, o canal no YouTube, possui 73,3 mil inscritos. O diferencial de suas redes é o alto engajamento da comunidade.
“Percebi que, com técnicas de comunicação e de marketing digital, era possível crescer rápido e com ética. Principalmente quando comecei, infelizmente, muita gente comprava seguidores e isso queimava o nome “influenciador digital”. Percebi que eu poderia ensinar o meu método para outras pessoas e ajudar a profissionalizar esse mercado”.
O curso “Digital Fashion – Influenciadora de Sucesso” (
http://bit.ly/cursoinfluenciadoradesucesso ), lançado em agosto de 2017, já reúne 346 alunas e alunos, dos nichos da moda, beleza, maternidade, empoderamento feminino, fitness e outros. O perfil do curso no Instagram (@influenciadoradesucesso) já reúne 26,6 mil seguidores.
Quanto é possível ganhar como influenciador?
Segundo Daniela, um micro influenciador pode começar ganhando entre R$ 2 mil e R$ 10mil por mês. Tudo depende da performance e da capacidade empreendedora do influenciador, claro.
Recentemente, a revista Forbes divulgou que um grande influenciador no Brasil ganha, em geral, entre R$ 50 mil e R$ 150 mil por campanha no YouTube, onde estão os maiores faturamentos. A campanha pode incluir, além de menção em vídeo, posts nas redes sociais.
Mas nem só de publicidade nas redes sociais (o publipost) vivem os influenciadores. A microinfluenciadora Paula Barone, do Instagram @superdicasdapaula_ que reúne atualmente 35,4 mil seguidores, fatura de R$ 3 a R$ 4 mil por mês, com serviços de consultoria e social mídia (administração de redes sociais). Publicitária com passagem por grandes empresas, há quase um ano ela decidiu apostar na carreira de maneira profissional e já rentabiliza há 5 meses.“Foram uns seis meses estruturando minha carreira e meu negócio. Agora, a intenção é crescer esse faturamento. Já tenho mais 2 projetos em vias de fechar.”
Há 6 anos atuando como influenciadora digital evangélica, Leticia Oliveira viu a concorrência surgir e buscou a profissionalização para aumentar seus resultados financeiros. Seu Instagram, @blogdale.modaeestilo, possui 221mil seguidores e, seu YouTube, 32 mil. “No total rentabilizo em torno de R$ 1,8 mil por mês, entre publipost no Instagram e Google Adsense (YouTube). Depois que me profissionalizei, meu faturamento aumentou em 50%.”
Como começar do zero ou se profissionalizar? No dia 17 de maio (quinta-feira), às 20h, a influenciadora digital Dani Almeida fará uma aula online e gratuita para tirar todas as dúvidas de quem quer começar do zero ou acelerar sua carreira de influenciador digital (inscreva-se em
http://bit.ly/aulaonlineinfluenciadoradesucesso ).
“As pessoas têm uma visão caricata do influenciador digital, pensam que é apenas aquela mulher ou homem bonitos postando fotos incríveis. Mas, hoje, temos jornalistas, médicos, psicólogos, coachs, donas de loja que se tornam influenciadores para que seu trabalho ou suas marcas ganhem projeção. Precisamos mudar essa visão”.
Website:
http://bit.ly/cursoinfluenciadoradesucesso