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DINO - 18 fev, 2016) - Em meio à crise de saúde que o Brasil vive por conta do mosquito Aedes aegypt, vetor de doenças como a dengue, o zika vírus e a febre chikungunya, o Rio de Janeiro divulgou dados positivos sobre o combate aos focos de proliferação do mosquito. Em entrevista ao jornal "Bom dia Rio", transmitido pela TV Globo Rio de Janeiro, em 15 de fevereiro, o
secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro destacou os esforços feitos pela população carioca no combate ao mosquito Aedes aegypt. De acordo com o secretário, os focos de Aedes foram reduzidos em 4 vezes na cidade, melhorando consideravelmente a escala de contaminação. Para o
secretário de Saúde, o grande desafio do Rio de Janeiro neste momento é conseguir manter o índice já alcançado. Os dados apresentados pelo jornal dão conta de que o atual índice de infestação predial por Aedes aegypt caiu de quatro para um, como resultado do trabalho desenvolvido pelo governo e pela sociedade civil.
As informações sobre a infestação de Aedes no Rio de Janeiro foram divulgadas dois dias depois de uma grande mobilização realizada pelo governo federal em diversos Estados do Brasil. No último sábado, 13, aconteceu o Dia D contra o Aedes aegypt, evento que reuniu militares das forças armadas na luta contra o mosquito. O mutirão nacional contou com visitas às casas dos brasileiros, com o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos de manter focos de água parada, nos quais os mosquitos podem rapidamente se reproduzir. Apenas no Estado do Rio de Janeiro, aproximadamente 70 mil militares foram às ruas.
Mesmo com os bons resultados divulgados pelo Rio de Janeiro no combate aos focos do mosquito Aedes aegypt, o trabalho de conscientização e de busca por criadouros vai continuar. Nesta semana, diversas escolas serão vistoriadas com o apoio da secretaria estadual de educação e forças militares. Além disso, haverá uma forte abordagem junto aos estudantes dos ensinos fundamental e médio, a fim de que eles se tornem multiplicadores das informações sobre o combate ao mosquito junto as suas famílias.
O Rio de Janeiro está em evidência nos esforços de combate ao Aedes aegypt por ser a próxima sede dos Jogos Olímpicos. De acordo com as autoridades, os casos de contaminação por zika vírus não são um impedimento e não oferecem riscos à realização das
Olimpíadas. O evento está marcado para acontecer no Brasil no mês de agosto. As ações de combate ao Aedes aegypt tornaram-se prioridade mundial, uma vez que o mosquito está associado à transmissão do zika vírus, doença responsável pelo aumento dos casos de microcefalia no Brasil. Os principais sintomas do zika são dor de cabeça, dor nas articulações, febre e manchas avermelhadas na pele. Médicos e autoridades vêm alertando para os cuidados necessários contra a doença, principalmente na prevenção das gestantes, com o intuito de evitar a ocorrência de mais casos de malformações congênitas nos bebês.