Rio de Janeiro--(
DINO - 14 dez, 2015) - Atualmente, poucos investimentos são piores que a poupança. Com a inflação acima de 10% ao ano, a aplicação na caderneta chega a ficar abaixo do IPCA, ou seja, o preço dos produtos e serviços são maiores que sua rentabilidade. "O dinheiro que fica aguardado na poupança está se desvalorizando", explica Paulo Figueiredo, Diretor de Operações da FN Capital, assessoria de investimentos que gerencia mais de R$ 100 milhões. Em contrapartida, a alta da taxa de juro fez que os investimentos em renda fixa apresentassem um ótimo desempenho, muitas vezes superior a 1% ao mês. "Faz 10 anos que o investidor não tinha um cenário favorável como este".
Essa combinação de fatores levou o investidor a procurar novos produtos financeiros, entre eles as debêntures. As debêntures são títulos emitidos por empresas e são comercializados no mercado. Basicamente, a companhia emissora compromete-se a recomprar o título e, em troca, oferece o pagamento de juros, em geral, mais atraentes que a média. "Em vez de captar os recursos financeiros junto às instituições financeiras, que cobram um spread elevado, as empresas buscam a captação via debêntures. É bom para os dois lados. Porém, é importante observar a escritura dos títulos bem como as garantias", ressalta.
Uma das debêntures que tem atraído os investidores pertence a empresa de logística MRS. Estes títulos privados, têm destinação dos recursos pré-definida e apresentam uma rentabilidade de 8% a.a. + inflação, o que hoje resulta em um retorno total de, aproximadamente, 18% ao ano. "Este produto financeiro de renda fixa é excelente para quem busca um bom retorno e baixo risco. Entretanto, o investidor interessado precisa correr, pois o cenário é singular e as debêntures tem uma data limite para aplicação", finaliza Figueiredo.