São Paulo, SP--(
DINO - 05 jun, 2017) - Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, a enxaqueca afeta até 30 milhões de pessoas no Brasil. As dores da enxaqueca podem ser intensas e incapacitantes, com pouco alívio mesmo após tomar um analgésico. Diante da dificuldade de tratamento, médicos, pesquisadores e avaliam sempre a possibilidade de novas medidas terapêuticas, como a acupuntura.
A eficácia do método está em seu efeito analgésico e anti-inflamatório, tornando-se uma alternativa ao uso excessivo de medicamentos com bons resultados.
Este mês, um estudo médico publicado na conceituada revista científica JAMA Internal Medicine, encontrou que o tratamento com acupuntura poderia ser benéfico para reduzir a quantidade de crises de alguns tipos comuns de enxaqueca, e acima de tudo, prevenir novas crises, segundo relata a CNN.
No estudo, pesquisadores da Universidade de Chengdu comprovaram que o tratamento pela acupuntura poderia ajudar a diminuir a intensidade e frequência das dores mais comuns da enxaqueca.
Os investigadores avaliaram pacientes que sofriam destas dores há pelo menos um ano. Os pacientes foram divididos em dois grupos: o primeiro grupo recebeu um tratamento "placebo" (apenas uma simulação da terapia), e o outro recebeu as aplicações de acupuntura real.
Vinte semanas após receberem um tratamento intensivo com cinco sessões semanais, os pacientes que foram submetidos à sessões da (verdadeira) acupuntura notaram uma redução significativa do número de enxaquecas por mês, de 4,8 para 3, e não relataram qualquer efeito secundário do tratamento.
O médico Marcus Yu Bin Pai disse não ter ficado surpreendido com os resultados do estudo. Segundo o doutor, a acupuntura pode ajudar na melhora da qualidade de vida destes pacientes, pois muitas vezes, a dor acaba sendo incapacitante, sendo uma doença subvalorizada.
"Embora existam medicamentos para a prevenção das crises, elas não funcionam para todos, e podem causar efeitos colaterais secundários. Assim, terapias como meditação, acupuntura e exercícios podem ser benéficos para estes pacientes", explicou. "A cura não é sempre viável, mas a melhora dos sintomas traz qualidade de vida."
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