Alegria, superação e luta: as lições das mães com filhos com autismo
Belo Horizonte, MG--(DINO - 10 mai, 2018) - Helena Maria, 52, tem três filhos e dentre eles o Daniel de 24 anos, que é autista. A mãe conta ter notado que o filho, aos quatro meses de idade, apresentava características diferentes das outras crianças. "Comecei a perceber que o Daniel olhava para o teto, mas não me olhava nos olhos e não sorria para mim. Procuramos ajuda de especialistas e só descobrimos que ele tinha autismo aos três anos de idade. Foi um grande choque e inicialmente não conseguia aceitar aquela situação", conta. Diante da nova realidade, ela foi em busca de informações para saber a melhor forma de cuidar do filho. "Só descobri o que era o autismo depois que tive o Daniel, pois a gente não se preocupa em conhecer as deficiências quando elas não fazem parte da nossa vida, infelizmente. Depois do diagnóstico dele estudei muito sobre o assunto e procurei ajuda de psicólogos e especialistas que me ajudaram bastante nesse processo. É muito importante que as mães aceitem o fato de ter um filho com deficiência e procurem apoio", sugere.
Para Helena, são muitos os desafios ao se ter um filho autista. "Uma das maiores dificuldades é enfrentar a sociedade que ainda não sabe conviver com a pessoa diferente. Sempre foi muito difícil, por exemplo, colocá-lo em escolas regulares quando era criança", diz. Ainda segundo ela, essa dificuldade aumentou ainda mais na fase adulta, pois diz não ser fácil encontrar instituições que atendam adultos com deficiência. "Todas me recusavam alegando não ter estrutura para receber um aluno autista, mas hoje tenho todo o apoio do CENSA Betim. Lá eu tenho o suporte de uma equipe de profissionais", comenta.
Mesmo com os percalços que viveu, Helena diz se sentir privilegiada por ter um filho autista. "O carinho e amor que recebo do Daniel é algo muito especial e até diferente dos meus outros filhos. Sinto que ele sempre se entrega de coração. Os abraços, beijos e sorrisos são sempre muito sinceros e com ele aprendi a amar ainda mais. Conviver com o autismo nos faz aprender muito, pois vejo o tanto que cresci com ele. Realmente, são muitos os desafios, mas todos eles foram enfrentados graças a esse amor e à minha fé em Deus", finaliza.
Estela, 55 anos, assim como Helena, também tem três filhos. A história dessas duas mães guarda mais uma coincidência, ambas têm um filho com autismo. Alexandre, 31 anos, é o primogênito de Estela, hoje já é adulto, mas os desafios para chegar ao diagnóstico não foram poucos: "Descobrir que ele era autista foi um tanto angustiante, um caminho cheio de incógnitas, pois não sabíamos nada sobre o assunto. No início achávamos que ele era surdo pois ele não atendia aos nossos chamados. A carga emocional foi muito grande, tinha muito medo que a minha família se desestruturasse".
Estela relata que os desafios se estendem até hoje, mas que as conquistas fazem valer a pena: "A questão de limites para o Alexandre é muito forte. As emoções o desestabilizam bastante, tanto na alegria como nas frustrações. É um desafio grande quando o levamos para passear, as vezes ele fica agitado, agressivo e as pessoas não conseguem o compreender. Quando conseguimos fazer um passeio com ele e tudo ocorre bem me dá uma paz tão grande" conta a mãe.
Para Estela, apesar de todas as lutas e medos, a maternidade é um presente com aprendizados, superações e muito amor. "O Alexandre mudou nossos valores e nos fez pessoas melhores. Aprendemos a respeitar o tempo dele com paciência e perseverança e temos vividos momentos gratificantes com ele. Enfrentamos muitos preconceitos, mas transformamos as lágrimas e as angústias em lição de vida" conclui a mãe.
Assim como Helena e Estela, muitas mães batalham diariamente para assegurar os direitos dos filhos com autismo. Mulheres fortes, protagonistas da própria vida que enfrentam dificuldades e encaram os desafios com otimismo e garra.
Website: http://www.censabetim.com.br
Para Helena, são muitos os desafios ao se ter um filho autista. "Uma das maiores dificuldades é enfrentar a sociedade que ainda não sabe conviver com a pessoa diferente. Sempre foi muito difícil, por exemplo, colocá-lo em escolas regulares quando era criança", diz. Ainda segundo ela, essa dificuldade aumentou ainda mais na fase adulta, pois diz não ser fácil encontrar instituições que atendam adultos com deficiência. "Todas me recusavam alegando não ter estrutura para receber um aluno autista, mas hoje tenho todo o apoio do CENSA Betim. Lá eu tenho o suporte de uma equipe de profissionais", comenta.
Mesmo com os percalços que viveu, Helena diz se sentir privilegiada por ter um filho autista. "O carinho e amor que recebo do Daniel é algo muito especial e até diferente dos meus outros filhos. Sinto que ele sempre se entrega de coração. Os abraços, beijos e sorrisos são sempre muito sinceros e com ele aprendi a amar ainda mais. Conviver com o autismo nos faz aprender muito, pois vejo o tanto que cresci com ele. Realmente, são muitos os desafios, mas todos eles foram enfrentados graças a esse amor e à minha fé em Deus", finaliza.
Estela, 55 anos, assim como Helena, também tem três filhos. A história dessas duas mães guarda mais uma coincidência, ambas têm um filho com autismo. Alexandre, 31 anos, é o primogênito de Estela, hoje já é adulto, mas os desafios para chegar ao diagnóstico não foram poucos: "Descobrir que ele era autista foi um tanto angustiante, um caminho cheio de incógnitas, pois não sabíamos nada sobre o assunto. No início achávamos que ele era surdo pois ele não atendia aos nossos chamados. A carga emocional foi muito grande, tinha muito medo que a minha família se desestruturasse".
Estela relata que os desafios se estendem até hoje, mas que as conquistas fazem valer a pena: "A questão de limites para o Alexandre é muito forte. As emoções o desestabilizam bastante, tanto na alegria como nas frustrações. É um desafio grande quando o levamos para passear, as vezes ele fica agitado, agressivo e as pessoas não conseguem o compreender. Quando conseguimos fazer um passeio com ele e tudo ocorre bem me dá uma paz tão grande" conta a mãe.
Para Estela, apesar de todas as lutas e medos, a maternidade é um presente com aprendizados, superações e muito amor. "O Alexandre mudou nossos valores e nos fez pessoas melhores. Aprendemos a respeitar o tempo dele com paciência e perseverança e temos vividos momentos gratificantes com ele. Enfrentamos muitos preconceitos, mas transformamos as lágrimas e as angústias em lição de vida" conclui a mãe.
Assim como Helena e Estela, muitas mães batalham diariamente para assegurar os direitos dos filhos com autismo. Mulheres fortes, protagonistas da própria vida que enfrentam dificuldades e encaram os desafios com otimismo e garra.
Website: http://www.censabetim.com.br