Releases 22/11/2016 - 13:23

Poupança rendeu mais que a inflação em outubro, reporta o executivo Marcio Alaor


São Paulo--(DINO - 22 nov, 2016) - A instabilidade econômica atravessada pelo Brasil nos últimos anos fez o rendimento da caderneta de poupança cair drasticamente, fazendo com que esse tipo de investimento fosse deixado de lado por muitas pessoas. Todavia, como noticia o executivo Marcio Alaor, vice-presidente do Banco BMG, em outubro de 2016, depois de 21 meses tendo apenas perdas, a poupança voltou a render mais que a inflação.

De acordo com números divulgados na segunda semana de novembro pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a valorização da poupança no décimo mês desse ano, levando-se em consideração os últimos doze meses, foi de 8,33%. Com isso, como a inflação oficial nesse mesmo espaço de tempo foi de 7,87%, pode-se afirmar que as pessoas que investiram na caderneta nos últimos doze meses obtiveram lucro, já que tiveram seu poder de compra elevado.

Nesse sentido, o empresário Marcio Alaor ressalta que, segundo o que destacou a consultoria Economatica, para se chegar ao número representativo do ganho real da poupança, não se pode apenas subtrair a porcentagem referente à inflação do valor que representa a valorização da poupança, pois existem outros fatores que influenciam o resultado final. A Economatica foi a responsável pelo cálculo do ganho real da poupança em outubro, que foi de 0,43%.

Com isso, outubro de 2016 foi o primeiro mês desde dezembro de 2014 em que a caderneta apresentou ganho real. Naquele mês, o ganho foi de 0,71%, sendo que nos outros 21 meses que lhe sucederam, todos os resultados foram negativos, com destaque para novembro de 2015, que teve a maior retração no poder aquisitivo (2,29%).

Contudo, Marcio Alaor reporta que, mesmo com essa melhora na valorização, as retiradas da poupança continuam crescendo. Na verdade, isso ocorre não apenas porque os rendimentos da caderneta não estão sendo bons, mas principalmente graças a outros fatores. O desemprego, por exemplo, faz com que as pessoas tenham que retirar suas economias da poupança para arcarem com os gastos do dia a dia e quitarem suas dívidas. Os melhores rendimentos de outras aplicações, viáveis principalmente devido às altas taxas de juros, também podem fazer com que a poupança se torne menos atrativa.

Apenas em outubro desse ano, de acordo com o que divulgou o BC (Banco Central), a caderneta teve um saldo negativo de 2,7 bilhões de reais, sendo que este já foi o décimo mês consecutivo em que o valor das retiradas superou a quantia referente aos depósitos, informa Marcio Alaor. Contudo, quando os dados relativos ao décimo mês de 2016 são confrontados com aqueles apresentados no mesmo período do ano passado, observa-se uma melhora, já que em outubro de 2015 o saldo negativo da poupança tinha sido de R$ 3,2 bilhões.

Dessa forma, o empresário Marcio Alaor cita que, apenas nos dez primeiros meses desse ano, a perda líquida da poupança chegou a 53,2 bilhões de reais. Com isso, as perdas até outubro de 2016 já atingiram praticamente o mesmo valor apresentado em todo o ano de 2015, quando a caderneta teve um saldo negativo de R$ 53,5 bilhões.

Website: https://marcioalaorbmg.com/