Miami, Flórida--(
DINO - 09 mai, 2018) - Miami, Flórida: Um estudo publicado pelo Departamento Nacional de Pesquisa Econômica, ou National Bureau of Economic Research¸ diz que 25% dos novos pequenos negócios abertos nos Estados Unidos são fundados por imigrantes. Em estados como Califórnia, New York, New Jersey e Flórida, o número é ainda maior - 40%. Esses dados são relativos a negócios com menos de cinco anos de existência.
O Vale do Silício na Califórnia é um pilar representativo da expressividade dos imigrantes na inovação nos EUA, já que mais de 50% das empresas no local foram fundadas por imigrantes. A explosão de brasileiros nos Estados Unidos acompanha de forma expressiva as curvas de ascendência relacionadas a presença de brasileiros empreendedores no país.
Entidades como o Brazilian Business Group, câmara de comércio voltada a fomentar relações entre brasileiros e a comunidade local internacional, sentiram o crescimento no interesse em participar de seus eventos proporcional ao aumento dos brasileiros que iniciaram sua jornada empreendedora na Flórida. Caroline Zimmermman, presidente da entidade, cita o aumento dos participantes nas rodadas de negócios, eventos de networking onde empresários e profissionais fazem contatos visando expansão de seus negócios.
"Em gestões anteriores, havia um percentual maior de indivíduos que já residiam nos EUA há algum tempo. Atualmente, vemos um número cada vez maior de pessoas que nos visitam pela primeira vez, sempre com o intuito de conhecer a demanda do mercado Americano e local." Caroline, que atua como agente de financiamento imobiliário, ressalta a sofisticação cada vez maior dos empresários brasileiros que fincam raízes na Flórida.
De acordo com Zimmermman, empresários brasileiros atualmente "visam expandir as possibilidades de mercado visando penetração também entre americanos e outros grupos demográficos nos EUA". Vender para um mercado amplo é o desejo dos empresários brasileiros, que rechaçam a ideia de vender apenas dentro da comunidade brasileira. "A internacionalização para empresários estrangeiros é um processo de conhecimento e adequação a cultura e hábitos locais, sempre visando aumentar as possibilidades de êxito na empreitada comercial em questão".
Caroline Zimmermman também sugeriu que há uma relação direta entre o desejo de empreender com o aumento no número de imóveis comerciais e residenciais adquiridos nos EUA por brasileiros. Mesmo bem capitalizados, empresários buscam financiamentos, já que os mesmos tem juros mais atraentes e que permitem planejamento a longo prazo.
Para empreender no exterior, é preciso considerar a questão imigratória. A advogada Renata Castro, fundadora do Castro Legal Group em Pompano Beach, na Flórida, ressalta que a comunidade brasileira tem se tornado cada vez mais sofisticada. "Brasileiros empreendedores e visionários veem nos EUA uma oportunidade de expansão comercial." A advogada brasileira cita uma preocupação imigratória grande por parte dos empreendedores, já que em grande maioria o desejo "é de residir legamente e permanentemente nos Estados Unidos com a família."
Vistos como o L-1 (para executivos transferidos entre unidades de empresas internacionais), E-2 (vistos para pequenos investidores com cidadania de um dos países participantes de um tratado bilateral com os Estados Unidos), EB-5 (residência legal por investimento de $500 mil dólares em um novo negócio que gere dez ou mais novos empregos nos Estados Unidos), EB-1A (residência legal para indivíduos de habilidade extraordinária) e O-1 (visto temporário de trabalho para indivíduos de habilidade extraordinária) são cada vez mais procurados. "O tempo de brasileiros se aventurando nos EUA sem perspectiva de legalização é cada vez mais distante", pondera a advogada Renata Castro.
Os dados citados foram ressaltados durante a Semana Nacional do Pequeno Negócio (National Small Business Week), organizada pelo Small Business Administration, organização norte-americana similar ao Sebrae brasileiro.
Fonte: Assessoria Castro Legal Group
Website:
http://www.castrolegalgroup.com