Releases 26/05/2017 - 17:57

Dedicado à prevenção de acidentes de trabalho, abril é considerado o mês verde


São Paulo - SP--(DINO - 26 mai, 2017) - O Brasil registra uma média superior a 700 mil acidentes de trabalho por ano, pelo menos desde 2010, segundo dados da Previdência Social. Somente em 2014, foram 704 mil acidentes de trabalho. Desses, 2.8 mil resultaram em morte, 1,5 mil em sequelas permanentes e 251,5 mil em afastamentos por período superior a quinze dias.Esses números também contabilizam os gastos com tratamento de saúde, perda de produtividade e indenizações, entre outros. Ao incluir esses custos, a cifra pode alcançar, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 4% do PIB, ou seja, mais de R$ 200 bilhões por ano. Para combater essa realidade e chamar atenção da sociedade sobre a importância da prevenção, foi instituída a campanha "Abril Verde" dedicada à conscientização para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho.O mês de abril foi escolhido por conter duas datas importantes para o tema, o Dia Mundial da Saúde (7/04), celebrado pela Organização Mundial de Saúde (OMS); e o Dia Internacional em Memória às Vítimas de Acidentes no Trabalho, instituída pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Esta última foi escolhida em razão de uma explosão que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, em 1969.O Brasil registra em média mais de 700 mil acidentes de trabalho por ano, um número que segundo a Organização Internacional do Trabalho coloca o país em quarto lugar, atrás apenas da Índia, China e Indonésia, no ranking de países com mais acidentes no ambiente de trabalho.No Mato Grosso do Sul, cerca de 1700 trabalhadores sofreram algum tipo de acidente de trabalho no ano passado, a maioria no setor de indústria, enfermagem e rural. As cidades com maior número de registros foram Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. Segundo especialistas em segurança, o caminho para reduzir o número de acidentes de trabalho é a prevenção e o incentivo do uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual).O Tocantins registrou mais de seis mil acidentes de trabalho nos últimos quatro anos. A maior parte deles aconteceu na zona rural, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado. O número é grande e preocupa trabalhadores e empregadores. Pelo menos um quarto dos acidentes registrados entre 2014 e 2016 aconteceu na zona rural, envolvendo trabalhadores ligados à agricultura e pecuária, neste período, foram 780. Já na cidade, o maior número de notificações está ligado aos setores da construção civil, frigoríficos e oficinas. O setor de serviços também aparece nessa lista.Segundo técnicos da Vigilância de Saúde do Trabalhador, apesar de a construção civil não liderar em número de acidentes, aparece no topo com maior número de mortes. As causas imediatas dos acidentes podem ser acidente de trânsito, no trajeto de casa para o trabalho, quedas e choques elétricos.Durante o mês de abril, em várias regiões do Brasil foram promovidos encontros, palestras, seminários, debates, mobilizações sociais e conscientização da importância do uso de equipamentos de proteção individual para evitar acidentes de trabalho. Em Minas Gerais, o Ministério Público do Trabalho (MPT), por meio da Procuradoria Regional do Trabalho da 3ª Região, aderiu à campanha e convocou as entidades sindicais a fazerem o mesmo. Empresas do ramo também se mobilizaram. A Polifitema, por exemplo, está no mercado desde 1992, trazendo soluções com cintas de elevação de cargas, cintas de amarração de cargas e cinturão para trabalho em altura que contribuí para a proteção e prevenção de acidentes de trabalho.