São Paulo--(
DINO - 04 mai, 2016) - Até alguns anos atrás, a maioria das pessoas acessava a internet apenas pelo computador e, geralmente, para fazer alguma busca ou atividade relacionada ao seu trabalho ou pesquisas escolares, no caso dos mais jovens. Contudo, a conectividade, as mídias sociais e os aparelhos móveis, como os smartphones e os tablets, mudaram essa realidade, fazendo com que o consumo de conteúdos digitais aconteça de qualquer lugar e horário.
Diferentemente do que acontecia no começo da década passada, atualmente é raro encontrar alguém que não tenha algum acessório digital móvel que tenha conexão com a internet. Destarte,
José Borghi destaca que, independentemente de estarmos em casa, no trabalho ou na rua, ou se é manhã, tarde ou noite, é sempre possível consumir algum conteúdo pela via mobile, inclusive quando esse conteúdo não está necessariamente on-line.
Dessa maneira, como ressalta o empresário da
Mullen Lowe, pensando de forma mais direta em potenciais consumidores, as marcas têm que entender que mesmo naqueles momentos em que uma pessoa está lendo um jornal, ouvindo rádio ou assistindo TV, seja pelo celular ou no aparelho em si, ela geralmente está com o celular na mão. Por isso, o mobile pode ser considerado uma mídia de integração, que cria um elo entre todos os tipos de conteúdos nos quais pode ser vinculada uma peça publicitária, sejam eles consumidos on ou off-line.
Sendo assim, as campanhas não podem mais ser desenvolvidas pensando em atingir o público que está conectado ou o que não está, mas sim de maneira integrada, pois já não existe mais essa distinção na forma como as pessoas dão audiência para os mais diversos conteúdos e, consequentemente, para a publicidade, lembra o publicitário da Mullen Lowe, antiga
Borghi Lowe. Além das diferentes possibilidades de lugar e horário, a variedade de mídias também interfere nessa questão, já que uma mesma pessoa pode consumir paralelamente um conteúdo em duas mídias distintas. Assim, também é essencial que as marcas pensem suas estratégias de maneira plural, dando a cada canal a atenção que ele merece e utilizando a integração como maneira de otimizar os resultados.
José Borghi comenta que essa separação cada vez menor do mundo digital com o físico, que tem o mobile como principal agente, tem se tornado uma excelente maneira das campanhas publicitárias serem mais efetivas, conseguindo atingir as pessoas certas no momento certo. Na verdade, toda essa integração passa também pelo sincronismo criado através da gestão de estratégias que possibilitem que peças consumidas off-line, como uma campanha vinculada na TV, ganhem continuidade através do mobile.
O executivo da Mullen Lowe ressalta que essa complementação pode inclusive apresentar maior eficácia que a propaganda "
global", já que nas mídias digitais, com o uso de recursos tecnológicos, fica muito mais simples segmentar o público de forma que o investimento seja feito focando diretamente nos potenciais consumidores do serviço ou produto em questão.
Nesse sentido, além de ser possível atingir o público certo levando em consideração sua localização, seus interesses e suas preferências, é viável, através do uso de recursos avançados de análise do mercado e dos consumidores, conhecer o comportamento dos clientes e da concorrência. Assim, além de personalizar as peças de acordo com o que o público pensa, as marcas podem analisar com que tipo de estratégias os seus concorrentes estão obtendo sucesso. Tudo isso permite que os investimentos sejam feitos de forma pontual e apresentem um retorno satisfatório.
Para concluir, o publicitário da Mullen Lowe exemplifica o poder de toda essa integração citando como exemplos uma
campanha na TV e um anúncio em um banner na rua. No primeiro caso, imagine como é interessante alguém assistir a uma propaganda na televisão que gere dúvidas por faltarem detalhes para que a peça seja compreendida e logo em seguida, ao abrir um aplicativo ou um vídeo no celular, lá está a mesma propaganda complementada com todos os detalhes que faltaram quando a campanha foi vinculada na TV.
Já no segundo caso, pense no quanto será mais eficiente um anúncio se alguém que apenas passou a vista nele em um banner em um metrô, por exemplo, logo na sequência vê-lo novamente na tela do seu smartphone. Certamente o interesse será bem maior e aquilo atrairá mais a atenção do consumidor.
Website:
http://us.mullenlowe.com/