Entenda os números do Zica Vírus com o médico Dr. Sergio Cortes
(DINO - 10 jun, 2016) - O número de países e territórios que sofrem com a transmissão do vírus da zika, através do mosquito Aedes aegypti, já chegou a 57, segundo o boletim epidemiológico divulgado no último dia 5, pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo o médico especialista no assunto, Dr. Sergio Cortes, a situação está bem preocupante. "Além disso, para piorar, em nove dos países foi detectada a transmissão entre pessoas, o que aconteceu, provavelmente, por via sexual", alerta o especialista.
De acordo com o boletim, em 44 dos 57 países atingidos é a primeira vez que um surto de Zika Vírus é registrado. Nos outros 13, a transmissão já ocorria desde 2007. "Segundo o relato da Organização Mundial de Saúde, casos de microcefalia, que são potencialmente causados pelo Zika, já foram registrados em oito países. Sendo que, em dois dos casos, informados pela Eslovênia e pelos Estados Unidos, a contaminação aconteceu no Brasil e em outro, também nos Estados Unidos, está ligado à estada no México, Guatemala e Belize", conta o Dr. Sergio Cortes.
O documento informado pela OMS ainda indica que em 13 países também foram observados casos de síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune grave que afeta o sistema nervoso. "Pelo menos oito desses tiveram confirmação de infecção pelo Zica", completa Sergio Cortes
O parecer da Organização Mundial da Saúde não é nada tranquilizante, lamenta o médico especialista Sergio Cortes. Conforme informações da OMS, mesmo com a queda do número de infecções em alguns países, não há um declínio geral no surto, o vírus da zika continua se espalhando geograficamente e é muito importante que a vigilância permaneça com força total.
Vale lembrar que o mosquito transmissor do vírus zika, o Aedes aegypti, é o mesmo que transmite a dengue e a febre chikungunya. "Temos que tomar todos os cuidados indicados para evitar a proliferação dessas doenças, e isso só vai funcionar se cada um fizer a sua parte. É uma necessidade que vem em dose tripla", salienta Sergio Cortes.
Entenda sobre:
A transmissão: o vírus do zika é transmitido, principalmente, pelo Aedes. O mosquito carrega o vírus sem ser afetado e o transmite através da picada. Assim como acontece em outras doenças similares, é apenas a fêmea do mosquito que pica os humanos e transmite doenças. Outra forma de contaminação é por via sexual, com casos comprovados em países como o Chile, os Estados Unidos e a França, entre outros. Outras formas de contágio ainda estão sendo pesquisadas por especialistas.
Os sintomas: dores articulares ou musculares, febre baixa, conjuntivite e erupções na pele são os mais comuns. No entanto, é preciso ficar alerta, cerca de 80% dos casos de infecção pelo vírus zika são chamados assintomáticos, aqueles que não apresentam sintomas. Algumas complicações neurológicas também estão ligadas ao Zica, em adultos, a síndrome de Guillain-Barré, por exemplo, e em bebês, infectados por gestantes com a doença, a microcefalia, além de outras alterações do sistema nervoso central da criança.
A prevenção: é necessário eliminar as larvas do mosquito regularmente, esvaziando potes com água parada, cobrindo tanques e protegendo da chuva materiais que possam acumular água. Usar mosquiteiros e roupas longas ajudam a prevenir picadas. O uso de repelentes de pele também é aconselhável.
De acordo com o boletim, em 44 dos 57 países atingidos é a primeira vez que um surto de Zika Vírus é registrado. Nos outros 13, a transmissão já ocorria desde 2007. "Segundo o relato da Organização Mundial de Saúde, casos de microcefalia, que são potencialmente causados pelo Zika, já foram registrados em oito países. Sendo que, em dois dos casos, informados pela Eslovênia e pelos Estados Unidos, a contaminação aconteceu no Brasil e em outro, também nos Estados Unidos, está ligado à estada no México, Guatemala e Belize", conta o Dr. Sergio Cortes.
O documento informado pela OMS ainda indica que em 13 países também foram observados casos de síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune grave que afeta o sistema nervoso. "Pelo menos oito desses tiveram confirmação de infecção pelo Zica", completa Sergio Cortes
O parecer da Organização Mundial da Saúde não é nada tranquilizante, lamenta o médico especialista Sergio Cortes. Conforme informações da OMS, mesmo com a queda do número de infecções em alguns países, não há um declínio geral no surto, o vírus da zika continua se espalhando geograficamente e é muito importante que a vigilância permaneça com força total.
Vale lembrar que o mosquito transmissor do vírus zika, o Aedes aegypti, é o mesmo que transmite a dengue e a febre chikungunya. "Temos que tomar todos os cuidados indicados para evitar a proliferação dessas doenças, e isso só vai funcionar se cada um fizer a sua parte. É uma necessidade que vem em dose tripla", salienta Sergio Cortes.
Entenda sobre:
A transmissão: o vírus do zika é transmitido, principalmente, pelo Aedes. O mosquito carrega o vírus sem ser afetado e o transmite através da picada. Assim como acontece em outras doenças similares, é apenas a fêmea do mosquito que pica os humanos e transmite doenças. Outra forma de contaminação é por via sexual, com casos comprovados em países como o Chile, os Estados Unidos e a França, entre outros. Outras formas de contágio ainda estão sendo pesquisadas por especialistas.
Os sintomas: dores articulares ou musculares, febre baixa, conjuntivite e erupções na pele são os mais comuns. No entanto, é preciso ficar alerta, cerca de 80% dos casos de infecção pelo vírus zika são chamados assintomáticos, aqueles que não apresentam sintomas. Algumas complicações neurológicas também estão ligadas ao Zica, em adultos, a síndrome de Guillain-Barré, por exemplo, e em bebês, infectados por gestantes com a doença, a microcefalia, além de outras alterações do sistema nervoso central da criança.
A prevenção: é necessário eliminar as larvas do mosquito regularmente, esvaziando potes com água parada, cobrindo tanques e protegendo da chuva materiais que possam acumular água. Usar mosquiteiros e roupas longas ajudam a prevenir picadas. O uso de repelentes de pele também é aconselhável.