Cordilheira do Espinhaço oferece opções para ecoturismo, cultura e gastronomia mineira.
Um destino que concentra aventura, história, cultura e experiência, a Cordilheira do Espinhaço é um dos roteiros turísticos mais promissores do Brasil. Com cerca de 1,5 bilhão de anos, a única cordilheira do País possui paisagem natural e cultural integrada e reúne 26 parques e unidades de conservação, entre eles o Parque Nacional da Serra do Cipó, o Parque Nacional das Sempre-Vivas, o Parque Estadual do Pico do Itambé e o Parque Estadual do Biribiri.
É cenário para a prática de atividades como trekking e mountain bike, observação de fauna e flora, balonismo, cavalgadas, canoagem e turismo de aventura. Além disso, trilhas icônicas de longo percurso estão consolidadas na região, como: Transespinhaço, Rota das 10 Cachoeiras, Travessia Lapinha-Tabuleiro, Caminho Saint Hilaire, Caminho dos Escravos e Estrada Real (Caminhos dos Diamantes e Sabarabuçu).
O Espinhaço também oferece opções para o turismo de aventura. As cidades de Grão Mogol, Botumirim, Caçaratiba e Cristália, todas no norte de Minas Gerais, vêm se despontando como polos de cicloturismo, trekking, observação de aves e turismo de base comunitária.
Queijo: um patrimônio
O Estado, já consagrado por sua gastronomia, reforça seu protagonismo também no território do Espinhaço. Por sua extensão, estão 34 municípios que integram seis regiões onde é produzido o Queijo Minas Artesanal.
A Rota do Queijo do Serro, criada a partir de uma parceria entre o Sebrae Minas e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), reúne roteiros de experiências em fazendas, lojas de queijos, artesanatos, além de bares e restaurantes onde é possível provar a iguaria. Um roteiro que une tradição, valores e características da população local e passa por cidades como Serro, Conceição do Mato Dentro, Santo Antônio do Itambé, entre outras.
As vinícolas e uma emergente olivicultura também estão no roteiro. Destacando-se em municípios como Diamantina, Grão Mogol, Jequitibá, Juatuba, Santana dos Montes, Serro, para o vinho, e Catas Altas da Noruega e Itabirito para o azeite.
Cultura e natureza
Também em parceria com o Sebrae, o Espinhaço conta ainda com outras cinco rotas estruturadas: a Rota das Artes, a Rota da Serra do Cipó, a Rota do Jequi ao Norte, a Rota Cavernas do Peruaçu e o Circuito das Grutas.
Para quem busca mergulhar ainda mais na cultura mineira, entre as cidades que estão na extensão do Espinhaço, Diamantina e Ouro Preto trazem uma infinidade de museus, igrejas, vilas coloniais, festas centenárias e tradições, como os saberes dos reinados, congados e congadas. O Conjunto Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, e o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, também se despontam como passeios culturais. É possível conhecer ainda parte das 397 comunidades quilombolas e afrodescendentes preservando tradições vivas.
A região oferece também 20 roteiros elaborados pelas Instâncias de Governança Regionais (IGRs), como Caminhos de Rosa, Caminho da Boiada, Rota Villas e Fazendas, Rota dos Parques e Vilarejos e Rota Queijos, Vinhos e Cervejas, e 11 travessias oficiais registradas pela Rede de Trilhas de Longo Percurso.
Conexão entre territórios
As IGRs são colegiados que articulam os 172 municípios por onde passa a Cordilheira do Espinhaço. Ao todo, 22 instâncias atuam na cadeia de montanhas e integram a cultura, o turismo e o desenvolvimento econômico. Dessa forma, a proposta do governo é construir um projeto coletivo, que conecta os territórios em torno de um mesmo propósito: transformar a Cordilheira do Espinhaço em um dos grandes destinos sustentáveis das Américas.