São Paulo--(
DINO - 21 dez, 2015) - Christina e Nuricel sempre sonharam em ter seu próprio negócio e quando tiveram a oportunidade não pensaram duas vezes. Já Rachel, montou seu primeiro negócio por necessidade depois do nascimento do primeiro filho. Essas três empreendedoras representam uma nova realidade brasileira: três de cada dez novas empresas em atividade no Brasil são comandadas por mulheres segundo o Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas, elaborado pelo Sebrae em parceria com o Dieese. O estudo constatou um crescimento de 21,4% no número de empreendedoras femininas à frente dos micro e pequenos negócios, entre 2001 e 2011, mais que o dobro da participação masculina que subiu 9,8% no mesmo período. O estudo também revelou o perfil dessas empresárias: são mais graduadas, dão mais atenção aos clientes, são mais detalhistas, determinadas, sensitivas e também têm mais coragem de ousar.
Apesar desse cenário promissor revelado pela pesquisa, empreender no país não é tarefa fácil. No caminho dessas micro e pequenas empreendedoras estão barreiras que impedem o crescimento da empresa, como a burocracia na regulação, altos impostos e a falta de investimento no setor.
A consultora ambiental Christina conseguiu realizar seu sonho de ter o próprio negócio no ramo de estética, e em junho deste ano abriu a Sempre Viva, empresa de produtos de beleza, com sede em Curitiba, que trabalha com marcas consolidadas como Alfaparf, Revlon e Celso Kamura. Porém, ela quase teve que fechar as portas quando se atentou para um erro estratégico muito comum entre os iniciantes do ramo: o pagamento do estoque. "As primeiras compras da loja precisavam ser grandes e à vista. Isso acabou estourando o meu saldo, foi quando fiz meu primeiro empréstimo no banco a juros muito altos. Não conseguia dormir a noite pensando na dívida".
Para auxiliar no crescimento de micro e pequenas empresas, o "peer to peer lending" chega ao Brasil. O P2P, como é chamado, permite que pessoas invistam dinheiro em pessoas sem a intermediação de uma instituição financeira. O novo modelo já funciona em dezenas de países, como Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, China, Austrália e Índia e vem ajudando mais de 1 milhão de pessoas. Com juros mais baixos, atendimento personalizado e rápido o novo sistema de empréstimo é uma alternativa atrativa para micro e pequenas empresas que, em sua grande maioria, não tem acesso a crédito nas grandes corporações financeiras do país.
A start up Biva é pioneira em peer to lending no Brasil, a plataforma usa tecnologia para conectar pessoas com vontade de investir a pessoas que buscam investimentos para fazer seus negócios crescerem de maneira saudável. Na Biva tudo é feito online, as empresas fazem seu cadastro no site e são selecionadas por meio de modernas ferramentas de análise de crédito, capazes de mensurar os ganhos e os possíveis riscos do investimento nelas. Os investidores, por sua vez, podem escolher em qual empresa e projeto querem investir. Todas as transações realizadas pela plataforma são seguradas pelo Fundo Garantidor de Crédito e mantém tratativas com o Banco Central sobre seu modelo de negócio. "Como em toda operação, há riscos. E, por isso, a Biva presta garantias de todas as operações como forma de estimular que mais e mais pessoas conheçam e se surpreendam com o P2P lending e de garantir que os investidores recebam de volta o que aplicaram", afirma Paulo.
Educadora há mais de dez anos, a fundadora do Instituto Alpha Lumen (IAL), escola para crianças superdotadas em São José dos Campos, Nuricel viu seu sonho virar pesadelo quando teve que lidar com a área financeira da escola. "Eu precisava de investimento para ampliar a estrutura. Quando comecei a procurar apoio nas instituições financeiras, me assustei, tudo demandava infinitos demonstrativos e eu tive a impressão que não tinha valor como cliente. No banco não há sinergia alguma com o que é construído pelo empreendimento e nem compromisso em viabilizar o seu sucesso. Testamos vários bancos e não obtivemos sucesso".
Nuricel buscou outras soluções no mercado e resolveu testar o P2P. "Com o peer to peer lending a história foi outra bem diferente, a empresa foi parceira, acreditou no nosso trabalho e investiu no nosso sucesso. Não houve burocracia alguma. Eles estudaram nosso trabalho e acreditaram no nosso desenvolvimento. O investimento que conseguimos na plataforma foi crucial para alavancar oportunidades para a empresa. Estamos abrindo a segunda unidade e dobrando o número de estudantes atendidos pelo IAL. Esse aumento de massa crítica nos permitirá gerar mais projetos de multiplicação, como o do Robotruck, o que gerará mais visibilidade e ampliará mais o número de estudantes, num círculo virtuoso", comemora a empresária.
Rachel, proprietária da Transcritores Online, também recorreu ao P2P para crescer. "Eu passei a anunciar no Google e a clientela foi aumentando dia após dia. Hoje atendo pesquisadores, tribunais de justiça e grandes empresas, como a Fio Cruz. Eu recorri à Biva porque precisava de investimento para poder ampliar a empresa. Eu recebi um grande volume de trabalho, e sem um investimento eu não conseguiria aumentar minha estrutura para atendê-lo. Eu tinha muito medo de pegar dinheiro emprestado no banco, porque lá você pega 2 mil e fica devendo 4 mil. Foi um cliente que me indicou a plataforma, deu certo, foi rápido, não teve toda aquela burocracia. Achei o modelo inovador. Com certeza vou recorrer à plataforma novamente para outros projetos".
Foi procurando por uma solução que coubesse no seu bolso que Christina, dona da Sempre Viva, encontrou o sistema de peer to peer. "No banco eu estava pagando mais de 5% ao mês, na Biva me pediram 2%. Só precisei entrar no site e preencher um formulário, tudo muito simples e sem burocracia", conta a empresária. Christina gostou tanto da ideia que quer ser investidora da plataforma: "Assim que eu terminar de pagar meu empréstimo, quero investir meu dinheiro na plataforma e ajudar outras pessoas como eu".
Quem investe no sistema também colhe bons resultados. Para se ter uma ideia, após seis meses de investimento na Biva, o investidor tem um retorno 42,47% maior do que teria aplicando o mesmo valor em CDB. Em 12 meses, essa diferença salta para 44,46%, e, em 24 meses, para 48,70%. Com relação à poupança, a diferença é ainda maior: após seis meses, o retorno com a Biva é 122,66% superior. Em 12 meses, 128,5%, e, em 24 meses, seus ganhos são 141,05% maiores que com a poupança.
Website:
http://www.biva.com.br