Pesquisa inédita avalia a percepção dos pequenos empresários sobre a crise
Mais de 53% das pequenas empresas afirma ter demitido em 2015 e quase 60% recorreram a empréstimos. Cerca de 15% dos pequenos temem ter que fechar sua empresa em 2016
Uma ampla pesquisa realizada junto a 1.250 pequenos empresários de todo o país mostra como as pequenas empresas - responsáveis por aproximadamente 52% dos empregos com carteira assinada no Brasil e por 27% do PIB (dados do Sebrae divulgados em 2015) - estão enfrentando a crise econômica brasileira que se arrasta desde o último trimestre de 2014, e quais as suas expectativas para 2016. Conduzida pela líder nacional em sistemas de gestão online para empreendedores ContaAzul (www.contaazul.com.br), a pesquisa foi realizada na 1ª semana de março e é a primeira edição do Termômetro ContaAzul, que trimestralmente apresentará um panorama completo deste segmento.
Os empresários ouvidos responderam 10 questões abordando temas como confiança para 2016, mudanças tributárias, impacto da crise, demissões, crédito e ambiente competitivo. Nas respostas, a crise, que muitas vezes pode parecer mais macroeconômica e circunscrita ao mercado de capitais, à taxa de câmbio e às grandes companhias afetadas pela Lava-Jato, se revela no dia a dia das pequenas empresas de várias formas.
O corte de vagas de emprego é, sem dúvida, um dos dados mais alarmantes apontados, já que 53,1% das pequenas empresas consultadas demitiram funcionários em 2015. Este dado, combinado com a perspectiva para 2016, mostra um cenário que mistura cautela, medo e, ao mesmo tempo, a busca por novos caminhos por parte das empresas: 47,7% afirmaram que estão estudando novas oportunidades e investirão nelas, enquanto 36,8% dizem que 'sobreviverão' em 2016, porém sem lucrar, e, 15,5% temem serem obrigados a fechar seu negócio por causa da crise.
Quando o assunto é crédito, o levantamento também mostra uma realidade difícil, além de algumas surpresas. Entre os entrevistados, 59.7% recorreram a empréstimos nos últimos dois anos e destes, 81,8% usaram o financiamento para 'capital de giro e para garantir a sobrevivência', enquanto apenas 18,2% utilizaram os recursos para investimentos. Um dado curioso é a origem desse crédito. Em que pese os programas de financiamento para pequenas empresas dos bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa, quase 60% das empresas que recorreram a empréstimos o fizeram via bancos privados.
Ainda em relação aos financiamentos, pouco mais de metade (51,8%) das empresas se mostra cautelosa, afirmando que não tomarão empréstimos em 2016, enquanto 48,2% recorrerão mais uma vez aos bancos, sendo que destes, 55,8% para capital de giro e 31,3% para expansão.
Tributos, sobrevivência e sonegação
Os empresários também foram questionados se as mudanças tributárias recentes causaram impacto em suas empresas. Dos entrevistados, 81,4% dizem que foram muito impactados por elas, enquanto apenas 18,6% afirmaram terem sido pouco impactados. Para 64,8% das empresas, as mudanças tributárias afetaram o negócio, mas elas acreditam que 'sobreviverão'. Já 8,3% avaliam que elas impactaram muito seus negócios e a empresa 'quebrará', mesmo número daqueles que consideram que terão que sonegar impostos para sobreviver.
Crise e concorrência
O Termômetro ContaAzul apurou como as pequenas empresas vêem o cenário competitivo que as cercam. De forma surpreendente, 54,4% dos empresários apontaram que a crise fez a concorrência aumentar com a entrada de novos players no mercado, enquanto 25,3% afirmaram que o cenário atual diminuiu a concorrência e 20,3% dizem que a situação da concorrência não foi alterada. Ainda sobre o tema, 54,6% dos pequenos empresários avaliam que os concorrentes estão mais conservadores, mas 35,4% dizem que eles estão mais inovadores.
Para enfrentar a crise, os empresários acreditam que 73,3% dos seus concorrentes estão mais preocupados em sobreviver e 12,2% afirmam que os concorrentes estão diversificando seus negócios. Em contrapartida, pouco mais de 6% acreditam que os concorrentes estão tentando vender suas empresas.
"Ao longo dos últimos cinco anos, convivemos diariamente com o dia a dia da gestão de mais de 600 mil pequenas empresas em todo o Brasil. Além de um grande aprendizado, esta experiência nos deu um conhecimento amplo sobre as demandas das pequenas empresas, suas necessidades e aflições. O Termômetro ContaAzul tem como objetivo compartilhar com a sociedade dados relevantes sobre este setor que representa muito para a economia brasileira e que merece ser cada vez mais ouvido e respeitado", afirma Vinícius Roveda, CEO da ContaAzul.
A 2ª edição do Termômetro ContaAzul está programada para ser disponibilizada em Junho.
Sobre a ContaAzul
A ContaAzul (www.contaazul.com) é uma empresa brasileira, fundada em 2011, que oferece inovador sistema de gestão 100% online (na nuvem) para micro e pequenos negócios.
Em 2014, a ContaAzul foi eleita entre as 10 empresas mais inovadoras da América Latina pela publicação norte-americana Fast Company.
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