Releases 30/11/2018 - 12:33

Como a natureza acende as lâmpadas da minha casa?


São Paulo, SP--(DINO - 30 nov, 2018) - A humanidade sempre buscou formas de produzir e armazenar energia. Desde a antiguidade, a água corrente move moinhos, o fogo cozinha alimentos e os ventos movimentam as velas das embarcações. Mas, aos poucos, o homem dominou os elementos da Terra de maneira cada vez mais engenhosa e rica, combinando energia e matéria para gerar novos materiais e controlar as forças da natureza.

A luz deixou de ser exclusividade do dia quando guardamos o fogo em lamparinas. Depois, com o advento da eletricidade, as lâmpadas se tornaram onipresentes, iluminando cidades inteiras 24 horas por dia. Mas, como isso acontece? Saiba de onde vem as principais fontes de energia utilizadas pelo ser humano e como a gente converte essa energia para que ela atenda as nossas necessidades cotidianas.

ENERGIA DOS FÓSSEIS
Esta ainda é a principal maneira da humanidade obter energia do planeta e constitui 81% da matriz energética mundial. Os combustíveis fósseis, como o carvão, petróleo, gás natural e o óleo combustível, se formam a partir do depósito, sob terra ou água, de matéria orgânica. Ao longo de milhares de anos, em determinados lugares, plantas e animais mortos tiveram seus fósseis submetidos à pressão e temperatura específicas que viabilizaram a formação de líquidos e gases que hoje usamos como combustíveis.

No Brasil, os combustíveis fósseis formam 63% da matriz energética total. Eles podem ser queimados em termelétricas, por exemplo, que produzem calor usado para aquecer água, que por sua vez produz vapor em alta pressão que, por fim, é usado para fazer girar turbinas que geram energia elétrica. A rede de distribuição então se encarrega de entregar essa energia elétrica à indústria, comércio e residências.

Em muitos países o gás natural também é usado como fonte de calor e luz, alimentando o fogo para aquecer um fogão e o chuveiro para tomar banho. Já o carvão mineral é usado para produzir energia elétrica em usinas termelétricas e como matéria-prima para fabricar aço nas siderúrgicas.

O petróleo, por sua vez, tem o uso mais abrangente entre todos os combustíveis fósseis. Além de colocar em movimento diversos tipos de transporte, de carros individuais a trens, passando por helicópteros e aviões, o petróleo também é matéria prima para diversos tipos de plásticos e borrachas. Encanamentos, móveis, espumas de travesseiros, colchões e almofadas, canetas, brinquedos, copos, pratos e até roupas e sapatos usam fibras de plástico feitas a partir do petróleo.

Apesar de ser uma fonte energética muito importante, o uso de combustíveis fósseis vem sendo criticado em função da emissão de gases de efeito estufa (GEE). Trata-se de uma fonte finita e não renovável de energia, ou seja, um dia esses combustíveis vão se esgotar e terão de ser substituídos, mudando o eixo da economia das grandes nações fornecedoras, como os EUA e a Arábia Saudita, entre outras. Além do efeito estufa, a queima dos combustíveis (gás carbônico e enxofre, por exemplo) pode contaminar o ar e a água, gerando chuvas ácidas e outros fenômenos atmosféricos nocivos à saúde. Por isso é fundamental buscar alternativas com urgência e procurar substituir os combustíveis conhecidos pelos biocombustíveis.

O Objetivo 7 entre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU inclui a necessidade de "assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todas e todos". O objetivo também reforça a cooperação internacional para viabilizar pesquisas e tecnologias de energia limpa, incluindo fontes renováveis, aprimoramento da eficiência energética e promover o investimento em infraestrutura.

ENERGIA DA ÁGUA (HÍDRICA)
A energia hídrica, ou da água, requer obras infraestruturais importantes para ser produzida em escala. Para uma usina hidrelétrica funcionar, por exemplo, é preciso levantar uma barragem. Com ela, acumula-se um volume significativo de água que será liberado aos poucos e com grande pressão para fazer girar as turbinas hidráulicas e gerar energia elétrica.

A energia hidráulica representa 18,7% das matrizes energética e elétrica mundiais, e 80,2% das matrizes brasileiras. Trata-se de uma fonte controversa, já que ela exige a inundação de grandes áreas e pode impactar a fauna e flora de uma região. No entanto, o custo dessa fonte, em longo prazo, é baixo e, depois de instalada, ela tende a ser menos prejudicial ao meio ambiente em comparação às outras matrizes.

A força das águas do mar também pode ser explorada para gerar energia - e vale relembrar o funcionamento das marés para isso. As marés são influenciadas pelas forças de atração (gravidade) que o Sol e a Lua exercem sobre o nosso planeta. Quanto mais alinhados estiverem o Sol, a Lua e a Terra, como acontece na Lua nova, por exemplo, maior será o efeito de alta nas marés. Já na lua minguante, as marés diminuem, e na cheia, há nova alta. Por fim, na fase crescente, Lua e Sol se equilibram, o que faz com que a maré fique mais estável.

Pois bem, a energia marítima, ou energia das ondas, é uma fonte renovável - já que o movimento das águas dos oceanos é um fenômeno natural, abundante e contínuo - e limpa, por não poluir nem contribuir para o aquecimento global.

No Brasil, foi instalado um projeto piloto em 2012, na Usina do Porto Pecém, no Ceará. O potencial de geração no local é de mais ou menos 100 quilowatts (KW), usados para o abastecimento de energia do principal porto cearense. Mas, estima-se que os 8 mil quilômetros de extensão litoral no Brasil podem receber usinas de ondas com capacidade de geração da ordem de 87 gigawatts. Do total produzido, 20% seriam convertidos em energia elétrica, o que equivaleria a cerca de 17% da capacidade brasileira instalada.

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