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DINO - 24 jun, 2015) - Paralisação tem como objetivo melhorar as estruturas de atendimento à população, além de qualificar o desenvolvimento na formação dos residentes
Na última segunda-feira, dia 22 de junho, a Associação de Médicos Residentes do Estado de São Paulo (Ameresp) anunciou greve por tempo indeterminado da maioria do quadro de atendimento dos 1.200 médicos residentes que trabalham no Hospital São Paulo (HSP). O movimento acontece após rodadas de negociações frustradas com a direção do hospital e é realizado em parceria com a Associação dos Médicos Residentes da Escola Paulista de Medicina (Amerepam).
A paralisação é decorrente da falta de estrutura a pacientes e médicos. Entre os principais problemas estruturais está a limitação de insumos cirúrgicos e exames de laboratório, falta de medicamentos, fechamento da sala de trauma e a falta de enfermeiros.
"Com a falta de materiais básicos e má estrutura que temos no Hospital São Paulo, estamos colocando em risco a vida dos pacientes. Além disso, também há um grande déficit no desenvolvimento do aprendizado dos médicos residentes, que não conseguem prestar um socorro digno à população", analisa o presidente da Ameresp, Dr. Diego F. A. Garcia.
Diversas especialidades aderiram ao movimento, como cardiologia, clínica médica, pediatria, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia, ortopedia, medicina da família, cirurgia plástica, radioterapia, medicina esportiva, reumatologia, psiquiatria, entre outros. Embora ainda não haja uma data definida, uma nova reunião com a diretoria do HSP deverá ser marcada para os próximos dias.
Metas emergenciais
? Retorno das atividades da Radiologia (suspensa);
? Medicamentos básicos;
? Reabertura da sala de Trauma (está fechada);
? Readequação do quadro de enfermagem (enfermeiros também estão em greve);
? Normalização dos serviços de imagem;
? Normalização dos estoques de medicação;
? Retorno das admissões na UTI e Enfermaria.