Releases 17/06/2016 - 10:35

Dr. Sergio Sortes fala sobre o aumento da epidemia de obesidade nos EUA


(DINO - 17 jun, 2016) - Sergio Cortes, que é médico doutor especialista no assunto, comenta que os estudos, que foram realizados pelos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), apontaram que a obesidade já atinge uma parcela muito elevada da população americana, sendo que os homens são os que representam o maior percentual, com 40%. Já entre as mulheres, 35% estão obesas, e entre as crianças e adolescentes esse número chega a 17%.

Esses números ficam ainda mais alarmantes quando são comparados com os de outros países, como o Brasil, onde 17,9% dos homens e 18,2% das mulheres são obesos, segundo mostrou uma pesquisa recente realizada pela Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico).

Sergio Cortes destaca que levando em consideração a população total dos EUA, 17% dos adolescentes e 38% dos adultos são obesos. Esses números foram obtidos em duas pesquisas sobre o assunto. A primeira, que foi divulgada no periódico da Associação Americana de Medicina, avaliou informações de mais de 2.800 mulheres e mais de 2.600 homens, todos com idade média entre 47 e 48 anos. Já o segundo estudo, analisou os dados de mais de 40.500 crianças e adolescentes que tinham entre 2 e 17 anos.

Todas essas informações são consideradas extremamente graves porque a obesidade está diretamente ligada a diversas doenças, como alguns tipos de câncer, diabetes e complicações cardiovasculares, ressalta Sergio Cortes. O médico especialista no assunto lembra que uma pessoa na fase adulta é considerada obesa quando seu IMC (Índice de Massa Corporal) supera o número 30. O IMC pode ser calculado dividindo o peso em quilogramas pelo quadrado da altura em metros.

Em relação ao sobrepeso, que se caracteriza quando o IMC atinge um número entre 25 e 29, o estudo da Vigitel apontou que 52,5% da população brasileira tem esse problema, sendo que nos EUA esse número fica próximo a 35%.

Contudo, Sergio Cortes comenta que os dados mais alarmantes são sobre a obesidade mórbida, que ocorre quando alguém tem o IMC acima de 40. Ele reporta que as pesquisas mostraram que nos anos de 2013 e 2014, nos Estados Unidos, esse tipo de obesidade atingia 10% das mulheres, 5% dos homens e 5,8% das crianças. Em relação a esse último grupo, os estudos indicaram que entre as crianças que têm entre 2 e 5 anos, a obesidade recuou nos últimos 25 anos, sendo que entre os adolescentes aconteceu o inverso.

Um detalhe interessante sobre as pesquisas foi o fato de elas terem constatado que homens que fumam têm uma tendência a serem mais magros. Entretanto, isso não aconteceu no caso das mulheres, pois não foi encontrada nenhuma ligação entre o peso delas e o consumo do tabaco.

Sergio Cortes conclui destacando que, segundo os próprios autores dos estudos, apesar do esforço por parte das autoridades e de algumas entidades no sentido de diminuir a epidemia de obesidade nos EUA, os resultados não foram os esperados. Destarte, eles propõem uma abordagem diferente sobre o assunto. Algo que envolva até mesmo as indústrias de alimentos e os restaurantes, já que estes são os responsáveis pela produção e a distribuição da comida que chega até as mesas das pessoas.