Após um ano de trabalho experimental, Cidadania Rodante nas Ruas da Luz retoma trabalho em São Paulo
São Paulo - SP--(DINO - 04 set, 2015) - O Programa São Paulo de Braços Abertos, DBA, criado pela Prefeitura de São Paulo em 2014, atua com pessoas em situação de vulnerabilidade social e uso problemático de drogas, em grande parte álcool e crack, com foco na promoção de direitos básicos, ações assistenciais, de saúde, prevenção e cidadania nas ruas, que compreende também ações educativas e culturais. Dentro do programa nasceu também o projeto Rodantes da Luz que, através de estruturas itinerantes, leva às ruas ações afirmativas que promovam o convívio e recuperação social através de atividades diversas. O Cidadania Rodante nas Ruas da Luz retoma suas atividades neste sábado, 5, das 10h às 17h, com Mutirão Multicultural na Rua Helvétia, esquina com Alameda Barão de Piracicaba, no coração do bairro.
Durante a primeira edição do projeto, foi construído um território de pertencimento nas calçadas do bairro, fazendo uso de parcerias comunitárias através de intervenções sócio-urbanas, como a construção de floreiras e vasos, bancos, vagas para crianças nas calçadas, pintura de painéis, cinema e conversas em Ágora pública sobre temas que eram relevantes para o espaço, livros livres para todos, coleta de estórias, intervenções musicais e estratégias de redução de danos.
Todo esse trabalho de construção coletiva e dedicação ao outro resultou na continuação das atividades, que ganham agora uma temporada de 12 meses. "As pessoas sabem que chegarão até a equipe do projeto Rodantes da Luz e sempre encontrarão disponibilidade e hospitalidade, nesse que é um território de encontros afetivos. Isso faz com que, antes de tudo, haja dignidade no encontro pessoal, pois nós vemos uns aos outros como cidadãos que trazem na bagagem estórias e trajetórias singulares. A partir do contato de diversas ações, como a arte urbana, atividades de artesanato e leitura, plantações coletivas e rodas de conversa, há o respeito merecido e produzido entre todos, o que é muitas vezes o gatilho inicial que pode impulsionar à mudanças internas", comenta o psicólogo e gestor do projeto Cristiano Vianna.
O trabalho permite que os participantes ocupem as ruas, vivenciem o convívio social e criem um novo significado para a cidadania nas ruas e para os encontros na região, mostrando que é preciso apoiar e entender o outro, convidando todos os cidadãos do território a participarem das atividades, sendo eles beneficiários do DBA ou não.
As atividades incluem criação de Painéis da Memória com colagem e pintura, intervenções artísticas com poesia urbana e literatura de rua, a montagem de vasos grandes nas calçadas, verdadeiras roças urbanas, ou simplesmente espalha bancos pelas calçadas onde as pessoas podem sentar e conversar. "Nós sempre temos ouvidos e café. Assim, todos sentem-se "em casa" para um bate papo. Muitas vezes as pessoas percebem que todos passam por situações difíceis, contam piadas ou conversam sobre o dia; mas o mais importante é que o convívio mostre-se comum à todos, deixando as relações mais claras e significativas", completa Cristiano.
O Projeto Rodantes da Luz cria ainda uma verdadeira interação entre linguagens, misturando a arte contemporânea à arquitetura do centro da cidade, cheia de lembranças do século passado, misturando também a sociedade em uma verdadeira interação entre pessoas, convidando ao "abandono" de rótulos sociais para vivenciar experiências que promovam a inclusão e o combate à vulnerabilidade social.
Mutirão Multicultural Rodantes da Luz
Data: 05/09
Onde: Rua Helvétia (entre Alameda Barão de Piracicaba e Av. Rio Branco
Horário: 10h-17h
Artistas Residentes e Convidados
Cristiano Vianna (psicólogo, agitador cultural, gestor e fazedor do melhor café de rua da cidade);
Julio Dojcsar (grafiteiro e cenógrafo ? CasadaLapa);
Átila Fragozo (artista de rua, grafiteiro, lambedor ? Paulestinos);
Caue Novaes (lambedor de poesias cruas e literatura marginal ? Coletivo Transverso);
Silvana Marcondes (figurinista, contadora de história, criadora de projetos de costura e memórias);
Carlo Pinheiro (músico e artista de rua ? Coletivo Osquessomos);
Clerouak (palhaço, poeta e músico de rua);
Marcos Castanho (agricultor biodinâmico e agricultor urbano, criador da roça urbana da Luz);
Marina Alegre (geógrafa, agricultora urbana, exploradora de outros plantios e colheitas na cidade);
Antonieta Alves (agitadora cultural ? produtora cultural ? Baixo Centro);
Vanessa Lopes (artista, pesquisadora e produtora cultural);
Samba da Casa do Mestre Anananias (samba de roda, samba baiano, samba chula);
DjTchello (nas pick-ups e com a Ximbica caixa de som portátil);
Parque de Bambu (Brincar nas ruas com Artur Rodolfo e Diná Ramos)
Durante a primeira edição do projeto, foi construído um território de pertencimento nas calçadas do bairro, fazendo uso de parcerias comunitárias através de intervenções sócio-urbanas, como a construção de floreiras e vasos, bancos, vagas para crianças nas calçadas, pintura de painéis, cinema e conversas em Ágora pública sobre temas que eram relevantes para o espaço, livros livres para todos, coleta de estórias, intervenções musicais e estratégias de redução de danos.
Todo esse trabalho de construção coletiva e dedicação ao outro resultou na continuação das atividades, que ganham agora uma temporada de 12 meses. "As pessoas sabem que chegarão até a equipe do projeto Rodantes da Luz e sempre encontrarão disponibilidade e hospitalidade, nesse que é um território de encontros afetivos. Isso faz com que, antes de tudo, haja dignidade no encontro pessoal, pois nós vemos uns aos outros como cidadãos que trazem na bagagem estórias e trajetórias singulares. A partir do contato de diversas ações, como a arte urbana, atividades de artesanato e leitura, plantações coletivas e rodas de conversa, há o respeito merecido e produzido entre todos, o que é muitas vezes o gatilho inicial que pode impulsionar à mudanças internas", comenta o psicólogo e gestor do projeto Cristiano Vianna.
O trabalho permite que os participantes ocupem as ruas, vivenciem o convívio social e criem um novo significado para a cidadania nas ruas e para os encontros na região, mostrando que é preciso apoiar e entender o outro, convidando todos os cidadãos do território a participarem das atividades, sendo eles beneficiários do DBA ou não.
As atividades incluem criação de Painéis da Memória com colagem e pintura, intervenções artísticas com poesia urbana e literatura de rua, a montagem de vasos grandes nas calçadas, verdadeiras roças urbanas, ou simplesmente espalha bancos pelas calçadas onde as pessoas podem sentar e conversar. "Nós sempre temos ouvidos e café. Assim, todos sentem-se "em casa" para um bate papo. Muitas vezes as pessoas percebem que todos passam por situações difíceis, contam piadas ou conversam sobre o dia; mas o mais importante é que o convívio mostre-se comum à todos, deixando as relações mais claras e significativas", completa Cristiano.
O Projeto Rodantes da Luz cria ainda uma verdadeira interação entre linguagens, misturando a arte contemporânea à arquitetura do centro da cidade, cheia de lembranças do século passado, misturando também a sociedade em uma verdadeira interação entre pessoas, convidando ao "abandono" de rótulos sociais para vivenciar experiências que promovam a inclusão e o combate à vulnerabilidade social.
Mutirão Multicultural Rodantes da Luz
Data: 05/09
Onde: Rua Helvétia (entre Alameda Barão de Piracicaba e Av. Rio Branco
Horário: 10h-17h
Artistas Residentes e Convidados
Cristiano Vianna (psicólogo, agitador cultural, gestor e fazedor do melhor café de rua da cidade);
Julio Dojcsar (grafiteiro e cenógrafo ? CasadaLapa);
Átila Fragozo (artista de rua, grafiteiro, lambedor ? Paulestinos);
Caue Novaes (lambedor de poesias cruas e literatura marginal ? Coletivo Transverso);
Silvana Marcondes (figurinista, contadora de história, criadora de projetos de costura e memórias);
Carlo Pinheiro (músico e artista de rua ? Coletivo Osquessomos);
Clerouak (palhaço, poeta e músico de rua);
Marcos Castanho (agricultor biodinâmico e agricultor urbano, criador da roça urbana da Luz);
Marina Alegre (geógrafa, agricultora urbana, exploradora de outros plantios e colheitas na cidade);
Antonieta Alves (agitadora cultural ? produtora cultural ? Baixo Centro);
Vanessa Lopes (artista, pesquisadora e produtora cultural);
Samba da Casa do Mestre Anananias (samba de roda, samba baiano, samba chula);
DjTchello (nas pick-ups e com a Ximbica caixa de som portátil);
Parque de Bambu (Brincar nas ruas com Artur Rodolfo e Diná Ramos)