São Paulo, SP--(
DINO - 28 jan, 2016) - Está aberta consulta pública para que a população possa dar sua contribuição sobre a incorporação, no Sistema Único de Saúde (SUS), do omalizumabe, único tratamento biológico indicado para pacientes com asma alérgica grave disponível no Brasil. As contribuições podem ser enviadas até o dia 02 de fevereiro, no site:
http://conitec.gov.br/index.php/consultas-publicas (Consulta nº 38).
No País, 20 milhões de pacientes e aproximadamente 20% das crianças têm asma¹, doença inflamatória crônica dos brônquios que, apesar de não ter cura, tem tratamento e permite ao paciente uma melhor qualidade de vida. Ainda assim, seis pessoas morrem diariamente por causa da doença¹, que já é considerada a terceira maior causa de hospitalizações pelo Sistema Único de Saúde².
O omalizumabe é a única opção imunobiológica disponível no Brasil para asma grave resistente aos tratamentos convencionais e, apesar de já ser reembolsado pelos sistemas públicos dos Estados Unidos e União Europeia desde 2005, a CONITEC fez uma recomendação não favorável à incorporação do medicamento no SUS.
"Essa decisão preliminar afeta diretamente as crianças com asma grave, principalmente de 6 a 11 anos de idade, pois elas têm opções limitadas de tratamento disponíveis no SUS. Isso porque o corticoide oral utilizado não é recomendado para esses pacientes e os demais tratamentos têm limitações nas indicações nessa faixa etária pediátrica", explica Dr. José Carlos Perini, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).
Além disso, é importante considerar os eventos adversos que o uso de corticoide prolongado acarreta como hipertensão, diabetes, afinamento da pele, problemas dentários, aumento da incidência de osteoporose, ocorrência de catarata e glaucoma, candidíase e disfonia³.
Asma grave e qualidade de vida
Pessoas com asma grave sofrem com crises, perdem aula ou trabalho, não conseguem fazer exercícios ou brincar (neste caso, as crianças), por vezes, necessitando de hospitalizações, chegando a procurar 15 vezes mais prontos-socorros, e sendo hospitalizados 20 vezes mais que os que sofrem com a doença em sua forma leve?. Todos esses fatores interferem substancialmente na qualidade de vida e aumentam o risco de morte.
O medicamento reduz em 60%? o número de crises, o que diminui diretamente o número de visitas ao pronto-socorro (79%)? e hospitalizações (67%)?. Além disso, há uma melhora significativa da função pulmonar? e dos sintomas diurnos?.
Para contribuir, acesse
http://conitec.gov.br/index.php/consultas-publicas, sob o nome "Proposta de incorporação do Omalizumabe para o tratamento da asma alérgica grave".
SOBRE A ASBAI
A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1946. É uma associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cujo objetivo é promover o estudo, a discussão e a divulgação de questões relacionadas à Alergologia e à Imunologia Clínica, além da concessão de Título de Especialista em Alergia Clínica e Imunologia a seus sócios, de acordo com convênio celebrado com a Associação Médica Brasileira. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 21 estados brasileiros.
Serviço
Twitter: @asbai_alergia
Facebook: Asbai Alergia
www.asbai.org.brReferências:
1J Bras Pneumol. 2006; 32(Supl 7):S 447-S 474 Nesse link:
http://www.jornaldepneumologia.com.br/detalhe_capitulo.asp?id=114&supl=392. Brasil Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Ações Básicas. Estatísticas de saúde e mortalidade. Brasília: Ministério da Saúde; 2005
3. Global Strategy for Asthma Management and Prevention, Global Initiative for Asthma (GINA) 2015. Disponível em:
http://www.ginasthma.org4. Jardim Jr. Pharmacological Economics And Asthma Treatment. J Bras Pneumol 2007; 3 3:Iv-Vi.
5. Global Strategy for Asthma Management and Prevention, Global Initiative for Asthma (GINA) 2006. Disponível em:
http://www.ginasthma.org.
6 Ayres JG, Higgins B, Chilvers ER, Ayre G, Blogg M, Fox H. Efficacy and tolerability of anti-immunoglobulin E therapy with omalizumab in patients with poorly controlled (moderate-to-severe) allergic asthma. Allergy 2004;59:701-708.
7 Humbert M, Beasley R, Ayres J, et al. Benefits of omalizumab as add-on therapy in patients with severe persistent asthma who are inadequately controlled despite best available therapy (GINA 2002 step 4 treatment): INNOVATE. Allergy 2005;60:309-316.
8 Bousquet J et al. Persistency of response to omalizumab therapy in severe allergic (IgE-mediated) asthma. Allergy 2011; 66: 671?678.
9 FONTE DATASUS. Informações de saúde, TABNET (website on the internet). Available at
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02. Estima-se que são 160.000 internações por ano.
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