Releases 22/05/2017 - 17:41

Consumo de cosméticos infantis e produtos de higiene pessoal cresceu 45,6% em cinco anos


São Paulo - SP--(DINO - 22 mai, 2017) - Em cinco anos, o consumo de produtos de higiene pessoal e cosméticos infantis no País cresceu 45,6%, alcançando bons resultados mesmo em meio à crise econômica. De acordo com dados da consultoria Euromonitor, o segmento passou de vendas anuais de R$ 2,7 bilhões em 2011 para R$ 3,9 bilhões em 2016.Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Daniel de Oliveira ? responsável pela área de Inteligência de Mercado da Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) ? disse que os produtos para cabelo ocuparam lugar de destaque. "O setor representou um terço do segmento total, crescendo 83,3% desde 2011", afirmou.No entanto, Oliveira e outros especialistas concordam: os números poderiam ser maiores caso o processo de regularização sanitária fosse desburocratizado. Com isso, existiria mais competição entre as empresas, um fator que resultaria em produtos mais inovadores e maior geração de empregos. De acordo com a ABIHPEC, o processo de regularização desses itens demora em média seis meses para produtos novos, e mais tempo para alterações de rotulagem. O presidente da Associação, João Carlos Basílio, afirmou ao Estado de S. Paulo que, "além de desencorajar investimentos, a burocracia inibe a competição entre empresas, que gera produtos mais acessíveis aos consumidores". BurocraciaEm qualquer parte do mundo, os fabricantes de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos devem seguir regras específicas de produção. Contudo, diferentemente dos Estados Unidos e Europa, o Brasil adota uma regra a mais, que é a de obter autorização prévia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para colocar seus produtos no mercado. As etapas de aprovação incluem o envio de relatórios citando todas as características do produto, acompanhados de uma imagem do rótulo. Depois, é necessário aguardar a avaliação da Agência, que demora ? em média ? seis meses para enviar uma resposta. Sendo assim, o maior fator de impedimento ao trabalho das empresas é que qualquer tipo de mudança na embalagem ou na composição do produto necessita de uma nova aprovação da Anvisa. Por esse motivo, a ABIHPEC afirma que está trabalhando para que a legislação possa ser mudada. A proposta defendida pela Associação é chamada de "controle pós-mercado", que consiste no monitoramento total do produto após o seu lançamento e passível de multa em caso de algum tipo de irregularidade. Ainda de acordo com a ABIHPEC, essa mudança aumentaria o interesse industrial no setor, que poderia se desenvolver mais rapidamente. No caso dos produtos infantis, seria uma oportunidade para mais pesquisas e inovações. "Afinal de contas, produtos destinados às crianças contam com restrições específicas de substâncias em sua composição para reduzir o risco de sensibilização, já que a sua barreira cutânea é menos efetiva", explicou a pediatra Vânia Oliveira de Carvalho, presidente do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), ao Estado de S. Paulo.A linha de cosméticos Fiorucci conta com produtos especiais para crianças, como a linha I Love Baby que traz produtos pensados no cuidado e bem-estar do bebê. Além disso, a empresa conta com linhas de colônias com marcas como a Nuit Rose, Deo Colônia especial para mulheres. A Nuit Rose contém uma fragrância adocicada e se destaca por sua durabilidade e fixação na pele. De acordo com seus criadores, pode ser usada tanto à noite quanto de dia.