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DINO - 21 ago, 2018) - Já imaginou colocar uma simples etiqueta em um determinado produto e, por meio dela, conseguir, de forma rápida, tabelar as informações de seu catálogo, a quantidade exata de itens no estoque e até identificar onde está determinado item? Pois é, isso já é possível com a tecnologia RFID, sigla para "identificação por radiofrequência". O recurso possui três elementos principais: a antena, o transceptor responsável por fazer a leitura e transferência dos dados e um transponder ou etiqueta, que contém as informações a serem transmitidas. Ele pode ter inúmeras utilidades, até mesmo em pessoas, mas tornou-se importante recurso para a gestão de estoque na indústria e no varejo. Isso explica porque o mercado global da tecnologia RFID está em crescimento. De acordo com levantamento da consultoria Market Research Future, o setor deve alcançar um faturamento de US$ 31,8 bilhões até 2023, com um crescimento médio anual de aproximadamente 15,6%. "É uma tecnologia que ainda não é tão explorada pelo mercado varejista por conta do alto custo. Contudo, após sete meses de projeto, podemos analisar que esse custo é, na verdade, um investimento com todo o resultado que está sendo apresentado", explica Felipe Rossetti, sócio fundador da Piticas. A empresa, especializada na venda de roupas licenciadas de marcas como Disney, Universal e Lucas Films, investiu R$ 5 milhões para implementar a identificação por radiofrequência não só em sua fábrica, mas também nos mais de 300 pontos de venda que possui em todo o Brasil. Dessa forma, conseguiu automatizar e simplificar o inventário do estoque. Na fábrica, por exemplo, a gestão e controle das 800 mil peças produzidas levava cerca de 90 dias e, agora, não passa de 9 horas. Nas lojas, o processo que era de sete horas caiu para cinco minutos - permitindo um controle em tempo real a cada venda realizada. Na Piticas, o processo de implementação começou em 2017, com o desenvolvimento e integração do sistema da empresa ao módulo RFID. Em janeiro ocorreu a etiquetagem dos produtos na fábrica e, a partir de fevereiro de 2018, todos as roupas produzidas já começaram a ser separadas e faturadas com a nova tecnologia. A expectativa é que todas as lojas credenciadas utilizem esse recurso no primeiro semestre de 2019. "O controle de estoque é o grande desafio das franquias. Com essa tecnologia, queremos que o processo seja feito praticamente em tempo real, com inventário feito em poucos minutos, minimizando roubos e garantindo assertividade nos pedidos de reposição", conclui Felipe.