Releases 09/12/2015 - 14:58

Lei de Zoneamento em São Paulo será votada nesta semana


São Paulo--(DINO - 09 dez, 2015) - A semana é decisiva para todos que lutam por questões ligadas à Lei de Zoneamento em São Paulo. Movimentos de diferentes bairros e pautas aguardam decisão da Câmara Municipal sobre o destino de algumas áreas na cidade. É o caso da Associação dos Amigos do Jardim Vitória Régia, que desde o começo deste ano mobiliza-se em defesa do Parque de Paraisópolis. "Nossa proposta é termos um parque para o lazer de crianças, jovens e demais moradores da comunidade de Paraisópolis e bairros vizinhos. A área já existe, ao lado de um terreno considerado de preservação ambiental. Portanto, esse seria um destino lógico e legalmente alinhado ao Plano Diretor da Cidade", explica Isabel Affonso, presidente da Associação.

A Associação tem acompanhado todas as assembleias e devolutivas do caso e alerta para questões de ordem técnica, como a medida do terreno em questão e o respeito à exigência de uma área de transição entre as diferentes zonas urbanas. O Plano Diretor prevê que entre áreas de alta densidade demográfica e outra de baixa, exista uma área de amortecimento. O projeto substitutivo, além de não prever essa transição, ainda transforma parte da área em ZEIS 5, atendendo à especulação imobiliária.

Que melhor destino para um terreno que está ao lado de uma área de rica flora e fauna, que já é considerada ZEPAM, do que um parque para a comunidade? Essa é a pauta dos moradores locais. Segundo a Associação dos Amigos do Jardim Vitória Régia, a interpretação atual da Prefeitura não respeita as próprias determinações do Plano Diretor. Ao rebaixar a categoria de uma zona residencial ou ignorar a necessidade de uma área de transição, a Prefeitura viola a própria lei criada para pautar essas questões.


Paraisópolis quer um Parque

A comunidade de Paraisópolis tem hoje cerca de 100 mil habitantes. Segundo Gilson Rodrigues, presidente da União de Moradores e do Comércio da comunidade, o local vive um novo momento, que inspirou a criação do projeto Nova Paraisópolis, que quer transformar o local em bairro."A criação de um parque público, que disponibilize alternativas de lazer, esporte e integração social naquela área vem reforçar a reivindicação atual de tornar Paraisópolis um bairro, com todos os recursos e equipamentos que um bairro precisa e merece", afirma Gilson.

O local em discussão é uma grande área verde, de vegetação rica e um dos últimos pontos de Mata Atlântica na cidade, com nascente, córrego e um eucaliptal, com topografia acidentada, e solo frágil para suportar grandes obras. Junto a esse berço verde, há um terreno privado, com 27.000 m², sem construções, com árvores esparsas e topografia plana.

"Integrar esse terreno à área já considerada de preservação ambiental e a outro braço dessa área, com mais 5.000 m², de forma que esse todo torne-se um parque para a comunidade é o nosso objetivo", destaca Isabel Affonso, arquiteta e uma das coordenadoras da Associação dos Amigos do Jardim Vitória Régia.