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DINO - 06 dez, 2016) - Ao final de mais um expediente, alguns dos principais executivos da Cadeia de Suprimentos são confrontados com o seguinte questionamento: "O que é catálogo eletrônico". As respostas variaram de "Ferramentas que centralizam as compras" a "Tabela eletrônica de preços". Em seguida, outra pergunta: "A implantação de um catálogo eletrônico reduz custos?". Em unanimidade, todos os executivos disseram: "Depende". Este debate ocorreu na última quinta-feira, dia 24 de novembro, no Centro de Excelência em Gestão de Suprimentos (CEGS), na sede da Nimbi, onde profissionais de grandes empresas como Cielo, CVC, NET, Burger King, Sephora e O Boticário reforçaram a importância de implementar catálogos eletrônicos no setor de compras.
Para encontrar respostas objetivas aos questionamentos, propomos um exercício entre os executivos presentes e os dividimos em dois grupos. O objetivo principal foi fomentar um debate para discutir a aplicação de catálogos eletrônicos na empresa. Divididos em duas equipes, os participantes levantaram os pontos positivos e negativos da implantação e, na sequência, debateram. Após mais de uma hora, chegamos as seguintes conclusões:
Reduz os custos operacionais ? A conclusão de que os catálogos eletrônicos diminuem significativamente os custos operacionais e oferece estabilidade aos preços do mercado foi consenso entre os participantes. Todas as transações são realizadas online - o comprador navega pelo catálogo, adiciona os produtos de interesse ao 'carrinho de compras' e efetua os pedidos, otimizando processos que antes eram feitos manualmente.
Estabilidade de preços ? A metodologia proporciona estabilidade e impede a inflação de valores por parte dos fornecedores e mantém a competitividade do mercado. Porém, alguns profissionais do setor de compras preferem negociar o preço diretamente com o vendedor com objetivo de conseguir uma redução no valor estabelecido.
Diminui os custos dos itens negociados ? Foi unanime entre os profissionais a percepção de que a empresa é quem ganha na utilização do catálogo, pois ele proporciona maior visibilidade dos custos dos itens que serão negociados, e permite que o comprador opte pelo produto de melhor custo-benefício.
Aumenta o controle de despesas ? Esta ferramenta estabelece um preço, e caso o comprador estoure o limite, ele passa a ter reduções unitárias. Porém, notamos que muitas empresas ainda não possuem um controle de despesas que as ajude a não ter gastos desnecessários.
Ganhos em Compliance ? A automatização centraliza processos, reduz a autonomia do usuário de compras, porém, evita riscos de conformidade.
Possibilita compras emergenciais ? A plataforma online permite que possíveis emergências que envolvam suprimentos possam ser solucionadas em qualquer hora e lugar.
É claro que não podemos considerar essas ideias como verdade absoluta. Aliás, não foram as únicas conclusões do evento. O objetivo foi, mais uma vez, apresentar metodologias ágeis que contribuam com o desenvolvimento do setor de supply chain e auxiliem as empresas nas tomadas de decisões. Ao fim do debate, uma sensação de dever cumprido. Sempre digo que, aqui na Nimbi, não queremos ser os detentores das informações, mas sim criar a cultura de disseminar informações úteis, seja em nossa área, como também em outras.
*Carlos Campos é Sócio Diretor da Nimbi, empresa especializada em soluções para a cadeia de suprimentos. Com a tecnologia de cloud computing, a plataforma da empresa inclui todo o processo de busca, homologação, negociação e transação entre empresas e foi responsável por aproximar mais de 50 mil companhias, controlar 3,5 milhões de cotações e pedidos e transacionar mais de R$ 16 bilhões só neste ano.