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DINO - 09 nov, 2015) - Em um único dia duas pessoas me contataram abordando um tema polêmico, afirmando que as crianças índico e/ou cristais seriam confundidas com hiperativas ou disléxicas, isso resultaria num diagnóstico e possível medicação destas crianças como portadoras de distúrbios quando, na realidade, seriam seres especiais com a missão de transformar o mundo em algo melhor.
Uma destas pessoas que me contatou, inclusive, afirmou que a Ciência desconhece a Espiritualidade e, por isso, condenaria estas crianças a não cumprirem sua missão...
De fato, a maioria dos Cientistas desconhece a Espiritualidade/Teologia e a maioria dos Teólogos/Espiritualistas desconhece os caminhos da Ciência mas não se pode afirmar que todos sejam assim. Conheço alguns Teólogos/Espiritualistas que sabem também sobre as Ciências. E, no meu caso, sendo estudiosa e pesquisadora de temas médicos, terapêuticos e correlatos também pesquiso e vivencio com profundidade a Espiritualidade/Teologia. (E friso que Espiritualidade não é religião, é o dom de se comunicar com Deus, o Criador, o Universo e, se possível, usar este dom para melhorar a vida de todos. É possível encontrar sensitivos ou paranormais em qualquer religião e até mesmo entre os que se dizem ateus).
Exatamente por conhecer profundamente estas duas formas de entendimento é que tenho certeza do que afirmarei agora.
De fato, crianças especiais e sensitivas passaram pelo planeta e atualmente continuam a nascer e, mesmo que quase ninguém perceba, estão sempre conduzindo e mudando a humanidade, aos poucos mas estão. Mas não se pode confundi-las com hiperativas ou disléxicas até porque hiperatividade não é distúrbio, é sintoma e deve-se diagnosticar e tratar o distúrbio que desencadeia a hiperatividade e, no caso da Dislexia, é possível até percebê-la/diagnosticá-la em exames. Em resumo, não se deve confundir distúrbios neurológicos ou psicológicos com dons sensitivos ou paranormais. São totalmente diferentes e exigem abordagens diferentes.
Há mais de vinte anos dedico-me a publicar artigos e livros elucidando estes e outros distúrbios de aprendizagem e de comportamento. Fui a primeira profissional a destacar a importância de se detectar o distúrbio que causa a hiperatividade e não apenas medicar o sintoma da hiperatividade. E friso que nada tenho contra a medicação, acho inclusive necessária em alguns casos mas para que uma criança (ou adolescente) seja medicada, é preciso já ter sido diagnosticada. A partir do momento que já se detectou o distúrbio que a criança ou adolescente porta, pode-se e, em alguns casos, deve-se medicá-la. O que não é aconselhável é medicar a hiperatividade como sintoma e deixar o distúrbio principal correndo solto.
Esta afirmação, ao menos para mim, não é nova. Desde meus primeiros artigos, ainda escrevendo para jornais de bairro, eu já abordava isso. Assim como a Dislexia que também comecei a discorrer há mais de vinte anos e, já naquela época, eu definia a Dislexia Adquirida que hoje, graças a tantas publicações e debates que gerei, está aceita pela Ciência da Saúde e codificada em Inglês, Espanhol e Português. E todas estas minhas publicações não surgiram do nada nem apenas vi em livros ou artigos, eu vivenciei na prática quando me afoguei aos 16 anos (isso foi há quase 40 anos) e, desmemoriada, fui desenganada pelos 25 especialistas que me atenderam.
Esta história já foi muito divulgada, não a contarei aqui, apenas a cito para frisar que conheço profundamente os temas e é por isso que ainda luto para esclarecer tantos equívocos que são mostrados como se fossem reais. No mundo todo, a cada semestre, publicam-se inúmeras pesquisas tanto científicas quanto de campo em se tratando dos distúrbios de aprendizagem e de comportamento. Em meio a todas as publicações, há artigos que misturam sintomas de dois ou mais distúrbios alegando ser todos apenas da dislexia ou do TDAH, citam fontes já antigas e pesquisas já descartadas, abordam pseudo-descobertas em TV/radio, com isso divulgam muitos equívocos, citam grandes nomes do cinema ou da Ciência como portadores de distúrbios trazendo um glamour que não se percebe no cotidiano de quem porta distúrbios. Enfim, são tantos os absurdos que se divulgam, capazes de convencer os leigos mas não quem, como eu, dedicou a vida toda ao estudo aprofundado dos temas, sabe até onde se deve concordar e a partir de que momento é preciso "peneirar" o que se diz ou publica e filtrar as informações.
Este é um tema complexo que não pode ser elucidado em apenas um artigo. Recomendo aos interessados em saber sobre Dislexia, TDAH, hiperatividade e muitas descobertas sobre estes temas, que participem do ciclo de palestras que estou programando. As inscrições e adesões podem ocorrer ate dia 10/12/2015 e o sistema é democrático: quem pode investir R$ 390,00 garante sua vaga em palestra presencial, quem não pode investir este valor, investe a partir de R$ 10,00 e pode assistir ao vídeo exclusivo que gravei para TV em 2014. Restam 33 dias para adesões e reservas. Saiba mais aqui.
http://www.kickante.com.br/campanhas/dislexia-sem-rodeios-0 Quem necessita apenas informações sobre hiperatividade e hipoatividade deve ler meu livro: Transtornos de Comportamento e Distúrbios de Aprendizagem, autoria Lou de Olivier, editora WAK que aborda com profundidade este e temas correlatos. Deve ler também o dossiê (hiperatividade X hipoatividade) que escrevi para publicação na edição 81 da Revista Psique Ciência e Vida, editora Escala (procure numeros atrasados com o seu jornaleiro). Encontre também informações complementares nos sites:
http://www.multiterapia.med.br (neste site você pode ler este artigo na integra) e também em
http://www.dislexiaasquirida.com (que está sendo reformulado) e encontre meus livros e e-books em
http://loudeolivier.tudonavitrine.com.br/ exceto o e-book Administrando o caos que agora é comercializado com exclusividade pelo site Amazon:
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