São Paulo--(
DINO - 18 mai, 2016) - José Borghi, publicitário da Mullen Lowe, antiga
Borghi Lowe, comenta que o marketing direcionado à classe média ainda deve dar muita atenção para os canais mais tradicionais, como a televisão. Isso porque essa classe ainda aprecia consideravelmente a propaganda habitual, sendo que um quarto desse público diz que esse tipo de publicidade chama mais a sua atenção que os anúncios na internet.
O executivo da
Mullen Lowe destaca que, de acordo com uma pesquisa feita pela Mintel, que foi denominada de "Marketing para a Classe Média", existem diversas diferenças na maneira como a publicidade é recebida pelas pessoas segundo suas classes sociais, idades e até mesmo gêneros. Um exemplo disso é que o estudo mostrou que 25% das pessoas que fazem parte da classe média disseram que os anúncios vinculados nos meios mais tradicionais chamam mais sua atenção que a propaganda on-line. Entretanto, quando é levada em consideração apenas a opinião das mulheres que fazem parte dessa classe e têm mais de 35 anos, esse dado sobe para 35%.
O empresário da antiga Borghi Lowe ressalta ainda que esses números referentes à classe média são distintos dos apresentados pela classe AB, já que esta tem uma forte tendência em buscar melhores oportunidades de compra na internet, ou seja, valoriza mais a publicidade on-line.
Em relação especificamente à classe C,
José Borghi comenta que o estudo apontou que os homens são os que dão menos valor aos anúncios vinculados nas mídias tradicionais, já que são os que mais fazem uso de dispositivos móveis enquanto está sendo apresentada alguma propaganda na televisão. Contudo, o publicitário da Mullen Lowe ressalta que existe uma relação entre essas duas mídias, pois as pessoas pertencentes à classe média que têm de 16 a 24 anos buscam nas mídias on-line mais detalhes sobre serviços e produtos que foram vistos por eles primeiramente na televisão. Por isso, é cada vez mais importante que as marcas saibam criar elos entre seus anúncios na mídia convencional e os feitos na internet, já que isso é uma demanda dos consumidores, especialmente os mais jovens.
Outro fator que o empresário da Mullen Lowe cita é a importância da personalização, já que, segundo o estudo da Mintel, 20% dos consumidores da classe C lidam bem com a publicidade nas
mídias digitais. Contudo, há a exigência de que essa propaganda seja discreta, ou seja, não pode ser invasiva e deve ser divertida, pois isso chama a atenção desse público. Isso porque 18% dessas pessoas acham que a publicidade vinculada nos websites é inapropriada porque acaba invadindo um determinado espaço aleatoriamente.
Entretanto, de um modo geral, um quinto da classe C prefere levar mais em consideração os detalhes sobre os produtos que são passados por outras pessoas do que as informações vinculadas nas propagandas, independentemente do meio de transmissão. Assim, José Borghi comenta que a pesquisa mostrou que para gerar engajamento e conquistar os consumidores, as empresas têm que criar estratégias publicitárias que impulsionem a propaganda boca a boca.
Para finalizar, o empresário da Mullen Lowe destaca que todos esses dados mostram que é muito importante que as empresas e os anunciantes levem em consideração no momento de desenvolverem suas estratégias a diversidade das classes sociais em todos os sentidos, pois isso viabiliza a criação de
campanhas segmentadas e personalizadas de acordo com as preferências e as exigências de cada grupo demográfico. Isso porque os próprios consumidores dão considerável relevância para esse aspecto, já que cada um, segundo a sua classe e os seus gostos, quer sentir-se importante, o que acontece quando uma marca consegue direcionar suas estratégias diretamente para aquele consumidor.
Website:
http://us.mullenlowe.com/