Releases 10/05/2016 - 15:08

Robô-cirurgião: os novos avanços da cirurgia robótica em casos de câncer de próstata no Brasil


Rio de Janeiro--(DINO - 10 mai, 2016) - De acordo com uma pesquisa recente divulgada pelo Inca, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

Para auxiliar os pacientes que sofrem da doença, a cirurgia robótica no Brasil vem avançando e muito. Criada no fim da década de 90 nos Estados Unidos para campos de guerra, a cirurgia robótica avançou, e a empresa Intuitive Surgical lançou seu primeiro robô cirúrgico, o da Vinci, no mercado, em 2000, para utilização em cirurgias laparoscópicas. O robô-cirurgião foi sendo adaptado ao longo dos anos e chegou ao Brasil em 2008 em uma cirurgia urológica no Hospital Sírio Libanês. A robótica ajuda os cirurgiões a realizar cirurgias minimamente invasivas com suas inúmeras funções e facilidades. Os últimos modelos foram construídos com visão 3D, com qualidade HD (1080i) e instrumentais cada vez mais modernos e eficientes.

A cirurgia robótica no caso do câncer de próstata veio como continuidade da laparoscopia. No Rio, por exemplo, o primeiro a ter foi o INCA em 2012, depois o Samaritano em dezembro do mesmo ano, e em seguida o Hospital da Marinha, Marcilio Dias, em 2014 e a Rede Dor em 2016. Poucos médicos foram treinados rigorosamente nos Estados Unidos para utilizar a técnica. De 1 robô, agora o Rio de Janeiro já tem quatro unidades, mostrando que os avanços estão acontecendo cada vez mais. Ainda segundo pesquisas, o Brasil é o primeiro em numero de robôs da América Latina. No país todo devem ter aproximadamente mais de 20 robôs.

De acordo com o urologista Mauricio Rubinstein, Professor doutor em Medicina com Mestrado e Doutorado em Cirurgia e Urologia, com área de concentração em Videolaparoscopia pela UERJ, os avanços da cirurgia robótica são cada vez mais expressivos. "No futuro, haverá a possibilidade de uma cirurgia ser realizada à distância e até entre países diferentes", explica. E para ele, a grande vantagem da cirurgia robótica é, sem dúvida, a precisão. "O robô também atribui à cirurgia minimamente invasiva, menos dor, menos chances de sangramento e, portanto, menos chances de transfusão sanguínea, além de recuperação pós-operatória mais rápida, menos uso de analgésicos no pós, mais rápido retorno às atividades e menos tempo de hospitalização", esclarece Mauricio.

Mas, e as dúvidas a respeito do tema? O especialista responde algumas dúvidas comuns sobre o assunto:

Qual o tamanho da incisão?
Pequenas incisões de cerca de 1 cm em media. Nas cirurgias aberta, podem ser de até 30 cm.

Como é a cicatriz?
Na cirurgia da próstata fica em cima do umbigo e tem tamanho entre de 2 a 3 cm.

Qual é o tempo de recuperação?
Em torno de 20 dias para voltar às atividades.

E o tempo de internação?
Em média de 24 a 48 horas.

É preciso uma equipe grande?
Não, normalmente a equipe conta com 4 pessoas (1 cirurgião, 1 assistente, 1 anestesista e 1 instrumentador). O médico controla o robô à distância, usando joysticks, e visualizando as imagens em 3D, com ampliação da imagem de 10 x.

Existe risco nesse tipo de cirurgia?
O robô não apresenta riscos, mas sim a formação do cirurgião, que é essencial. O robô facilita ao bom especialista alcançar melhores resultados. O risco técnico existe, mas é mínimo. Se há um problema, o médico continua a cirurgia com a laparoscopia. Por isto é essencial esta formação. Devemos sempre procurar um bom cirurgião.

Experiência profissional:

Um grande estudioso pela área da urologia é a frase que define Mauricio Rubinstein. O médico sempre buscou qualificações e especializações de peso em seu currículo. É Professor doutor em Medicina com Mestrado e Doutorado em Cirurgia / Urologia, com área de concentração em Videolaparoscopia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Membro da Sociedade Internacional de EndoUrologia, Membro da Sociedade Brasileira de Videocirurgia (Sobracil), Membro Correspondente da American Urological Association (AUA) e Membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). Além dos inúmeros títulos nacionais, Dr. Mauricio não quis parar e se especializou em Laparoscopia Urológica e Cirurgia Robótica na Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, e concluiu sua qualificação de Cirurgia Robótica no Florida Hospital (Orlando/USA), se tornando um dos difusores da cirurgia robótica em casos de câncer de próstata no Brasil