Empresário brasileiro aposta em modelo de negócio europeu "joint venture" e conquista mercado nacional
São Paulo--(DINO - 10 nov, 2016) - A indústria nacional de cosméticos teve um crescimento de 275% em faturamento nos últimos dez anos, segundo dados da associação brasileira do segmento. Considerado hoje um dos maiores mercados do mundo, o setor passa no Brasil por um momento de grande competitividade. De acordo com o último relatório da consultoria internacional Euromonitor, as empresas que atuam na área estão investindo cada vez mais em inovação para alavancar suas vendas e ganhar participação de mercado.
Empresas de venda direta, como a Natura, partiram para a abertura de lojas próprias, enquanto o Boticário, por exemplo, continua a ampliar a diversidade de seus canais de distribuição. Tudo isso para conquistar uma fatia do lucrativo mercado que movimentou R$ 42,6 bilhões em 2015 ano considerado de crise.
Não se trata, porém, de apenas um grande mercado (7,1% do consumo mundial está no Brasil). Segundo uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a preocupação com a beleza é uma marca cultural do brasileiro: seis em cada dez pessoas consideram-se vaidosas e 66% acham que cuidar da beleza não é um luxo ? mas sim uma necessidade.
Com isso em mente, o empresário Anderson Portes, com ajuda de profissionais do mercado brasileiro, abriu, em 2010, a Cosmezi Itália, com o apoio de um tradicional Grupo do setor cosmético europeu. Com uma passagem de sete anos como executivo da Racco, resolveu aplicar sua experiência em uma nova empreitada com o objetivo de trazer ao país uma linha de produtos premium, feitos à base de um insumo conhecido como caviar puro europeu.
Contudo, a forma como Portes trouxe a empresa ao país foi uma verdadeira inovação no mercado de cosméticos brasileiro. Ao invés de simplesmente ser contratado pelo grupo italiano para supervisionar as operações no Brasil, os dois lados firmaram um acordo operacional ousado, uma espécie de pré-joint venture.
Joint venture é o termo usado para definir quando duas ou mais empresas independentes se unem, sob regras definidas em contrato, para colaborarem em uma atividade que possa ser benéfica para todas. É um modelo bastante comum nos Estados Unidos e na Europa, usado principalmente para transferência de tecnologias e abertura de mercados no exterior. Foi exatamente o caso da Cosmezi Itália.
O acordo
Depois de deixar a Racco, em 2009, Anderson Portes entrou em contato com o grupo italiano, que há tempos já queriam entrar no Brasil, mas encontravam dificuldades nos campos jurídico, tributário e conhecimento de mercado. Após meses de conversa, chegaram ao seguinte acordo: Portes investiria capital financeiro e know-how para abrir a Cosmezi no Brasil, que em troca transferiria toda sua tecnologia, segredos operacionais e fórmulas de seus produtos para completar o mix nacional.
"Trata-se de um modelo altamente baseado na confiança", diz Portes, que ainda destaca as vantagens existentes para os dois lados. Ele ganha em tempo e eficiência, pois não tem que partir do zero na criação da empresa ? cujo dono é ele ?, e a companhia italiana ganha praticidade, não tendo que se preocupar com obstáculos como burocracia, insegurança jurídica e o complexo sistema tributário brasileiro.
O contrato prevê que, após um período de seis anos, caso a Cosmezi do Brasil atinja um determinado faturamento, os italianos poderão exercer o direito previsto em contrato de comprar um percentual da empresa brasileira, fazendo assim com que ambas as partes se tornem sócia na joint venture que eventualmente se formará. E a "nova" companhia ? agora mais capitalizada ? irá expandir sua atuação no país.
No caso da Cosmezi, essa opção de compra está prevista para ser feita ? ou não ? agora em 2018. De acordo com Anderson, porém, não há preocupação.
"Fizemos um bom trabalho e temos previsão de crescimento entre 20% e 25% ainda em 2016. Certamente, vamos atingir o faturamento necessário. Uma prova disso é que nosso stand na Beauty Fair 2016 , no terceiro ano consecutivo, foi também um sucesso, esgotamos o estoque do nosso produto de lançamento em apenas 3 dias de feira", garantiu.
Cosmezi Itália
Empresas de venda direta, como a Natura, partiram para a abertura de lojas próprias, enquanto o Boticário, por exemplo, continua a ampliar a diversidade de seus canais de distribuição. Tudo isso para conquistar uma fatia do lucrativo mercado que movimentou R$ 42,6 bilhões em 2015 ano considerado de crise.
Não se trata, porém, de apenas um grande mercado (7,1% do consumo mundial está no Brasil). Segundo uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a preocupação com a beleza é uma marca cultural do brasileiro: seis em cada dez pessoas consideram-se vaidosas e 66% acham que cuidar da beleza não é um luxo ? mas sim uma necessidade.
Com isso em mente, o empresário Anderson Portes, com ajuda de profissionais do mercado brasileiro, abriu, em 2010, a Cosmezi Itália, com o apoio de um tradicional Grupo do setor cosmético europeu. Com uma passagem de sete anos como executivo da Racco, resolveu aplicar sua experiência em uma nova empreitada com o objetivo de trazer ao país uma linha de produtos premium, feitos à base de um insumo conhecido como caviar puro europeu.
Contudo, a forma como Portes trouxe a empresa ao país foi uma verdadeira inovação no mercado de cosméticos brasileiro. Ao invés de simplesmente ser contratado pelo grupo italiano para supervisionar as operações no Brasil, os dois lados firmaram um acordo operacional ousado, uma espécie de pré-joint venture.
Joint venture é o termo usado para definir quando duas ou mais empresas independentes se unem, sob regras definidas em contrato, para colaborarem em uma atividade que possa ser benéfica para todas. É um modelo bastante comum nos Estados Unidos e na Europa, usado principalmente para transferência de tecnologias e abertura de mercados no exterior. Foi exatamente o caso da Cosmezi Itália.
O acordo
Depois de deixar a Racco, em 2009, Anderson Portes entrou em contato com o grupo italiano, que há tempos já queriam entrar no Brasil, mas encontravam dificuldades nos campos jurídico, tributário e conhecimento de mercado. Após meses de conversa, chegaram ao seguinte acordo: Portes investiria capital financeiro e know-how para abrir a Cosmezi no Brasil, que em troca transferiria toda sua tecnologia, segredos operacionais e fórmulas de seus produtos para completar o mix nacional.
"Trata-se de um modelo altamente baseado na confiança", diz Portes, que ainda destaca as vantagens existentes para os dois lados. Ele ganha em tempo e eficiência, pois não tem que partir do zero na criação da empresa ? cujo dono é ele ?, e a companhia italiana ganha praticidade, não tendo que se preocupar com obstáculos como burocracia, insegurança jurídica e o complexo sistema tributário brasileiro.
O contrato prevê que, após um período de seis anos, caso a Cosmezi do Brasil atinja um determinado faturamento, os italianos poderão exercer o direito previsto em contrato de comprar um percentual da empresa brasileira, fazendo assim com que ambas as partes se tornem sócia na joint venture que eventualmente se formará. E a "nova" companhia ? agora mais capitalizada ? irá expandir sua atuação no país.
No caso da Cosmezi, essa opção de compra está prevista para ser feita ? ou não ? agora em 2018. De acordo com Anderson, porém, não há preocupação.
"Fizemos um bom trabalho e temos previsão de crescimento entre 20% e 25% ainda em 2016. Certamente, vamos atingir o faturamento necessário. Uma prova disso é que nosso stand na Beauty Fair 2016 , no terceiro ano consecutivo, foi também um sucesso, esgotamos o estoque do nosso produto de lançamento em apenas 3 dias de feira", garantiu.
Cosmezi Itália