Pesquisa mostra que um dos principais princípios ativos de proteção contra o Zika Vírus é desconhecido por 83% dos brasileiros
Estudo da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses (SBD/A) aponta que a população não conhece um dos principais ativos dos repelentes recomendado pela Organização Mundial de Saúde
PR Newswire
SÃO PAULO, 11 de novembro de 2016
SÃO PAULO, 11 de novembro de 2016 /PRNewswire/ -- Dengue, Zika Vírus e Chikungunya. O que as três doenças têm em comum já é de conhecimento de boa parte da população: são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, e em gestantes o Zika Vírus está relacionado à microcefalia no bebê. Porém, quando o assunto é prevenção, a dengue, possivelmente pelo fato de ser mais antiga, estudada, divulgada e combatida, está mais presente na memória da população, uma vez que pode levar a óbito. Entretanto, o Zika Vírus, um dos problemas de saúde pública mais preocupantes da atualidade, ainda não faz parte do conhecimento do brasileiro.
A constatação é da pesquisa "Sempre Bem Protegido", realizada pela Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses (SBD/A), com o apoio da marca SBP Repelente. O estudo, feito com 1.000 pessoas nas cinco regiões do Brasil, entre homens e mulheres a partir dos 19 anos, mostrou que 83% dos brasileiros não sabem que a icaridina é um dos principais princípios ativos dos repelentes recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A pesquisa traz ainda o grau de conhecimento sobre as medidas para prevenir a picada do Aedes aegypti, sintomas e tratamento de Dengue, Zika Vírus e Chikungunya. Quanto à Dengue, 81,7% mostraram-se bem informados e mais de 90% sabem, por exemplo, que evitar o acúmulo de água e colocar areia nos vasos de plantas são algumas formas de prevenir o aparecimento do mosquito. Sobre Zika Vírus, quase metade (49,1%) desconhece a tríade formada por prevenção, sintoma e tratamento. Na mesma avaliação, apenas 3% disseram que o Zika Vírus pode não ter sintoma aparente, quando, na realidade, de acordo com especialistas da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses (SBD/A), a doença é assintomática em boa parte dos casos.
A pesquisa "Sempre Bem Protegido" também avaliou a percepção dos brasileiros sobre o uso correto do repelente. Diferente do recomendado pelas autoridades em saúde, que preconizam um padrão semelhante ao protetor solar, ou seja, aplicação diária para proteção, o que se viu na pesquisa foi uma associação ligada ao lazer e à recreação, principalmente em viagens. Entre os entrevistados, 78,8% lembraram do repelente, como prevenção da picada do mosquito Aedes aegypti em locais que envolvem campo e 69,6% em situações de praia, mas não no dia-a-dia, na cidade, aonde a incidência é alta.
"A pesquisa demonstra que o conhecimento da população, quanto às formas de prevenção das arboviroses, atem-se a aspectos mais superficiais, não relacionando essas formas de prevenção a aspectos mais abrangentes referentes a carências no saneamento básico", explica o infectologista Artur Timerman, presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses (SBD/A).
Para o especialista, com as condições atuais de proliferação do Aedes aegypti em nossas grandes cidades, sobram poucas opções de prevenção. "O desconhecimento da utilidade dos repelentes caracteriza-se como um grave problema, que deve ser focado com muita ênfase", completa.
Contato: (11) 3529-3638
FONTE SBP