São Paulo--(
DINO - 24 fev, 2016) - Estamos em 2016 e muitos avanços já foram conquistados pelas mulheres na sociedade brasileira. No entanto, quando o tema se refere ao mercado de trabalho, a igualdade salarial entre gêneros ainda é uma realidade distante.
Segundo dados divulgados pelo Fórum Econômico Mundial, em um ranking no qual compara a igualdade de gêneros entre os países, em 2014, no que se refere a equiparação dos salários, o Brasil ficou com a 71ª colocação, caindo nove posições em relação a 2013, quando estava na 62ª. De acordo com o relatório, o país apresentou uma "ligeira queda na igualdade salarial e renda média estimada" para o sexo feminino.
Esta realidade não se restringe apenas o Brasil. Quando subiu ao palco para receber o Oscar 2015 de melhor atriz coadjuvante pela atuação em "Boyhood", Patricia Arquette afirmou em seu discurso: "é nossa hora de ter igualdade de salários de uma vez por todas e direitos iguais para as mulheres nos Estados Unidos". Da plateia, nomes como Merryl Streep e Jennifer Lopes apoiaram com entusiasmo.
Para Gaya Machado, Coach especialista em desenvolvimento do potencial humano, as mulheres brasileiras conseguiram alcançar a igualdade com os homens em quesitos importantes como saúde e educação, mas ainda que cheguem ao mercado de trabalho com o mesmo nível de preparo, enfrentam barreiras de todo tipo, sendo a mais grave a salarial.
De acordo com dados do relatório de Desigualdade de Gênero, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, os indicadores brasileiros colocam o Brasil entre os mais desiguais do mundo, no grupo dos países (acompanhado de Japão e Emirados Árabes) que fizeram investimentos importantes na educação das mulheres, mas que não conseguiram remover as barreiras à participação delas na força de trabalho.
Às vésperas da comemoração de mais um dia internacional da mulher, ainda existem muitos empregadores que pensam como o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) que, em uma entrevista concedida em 2015 ao jornal gaúcho Zero Hora, afirmou que não é justo a mulher ganhar igual ao homem, já que ela engravida: "A mulher luta muito por direitos iguais, legal, tudo bem. Mas eu tenho pena do empresário no Brasil, porque é uma desgraça você ser patrão no nosso país, com tantos direitos trabalhistas. Entre um homem e uma mulher jovem, o que o empresário pensa? "Poxa, essa mulher tá com aliança no dedo, daqui a pouco engravida, seis meses de licença-maternidade (...) Quem que vai pagar a conta? O empregador. (...) Por isso que o cara paga menos para a mulher!", disse Bolsonaro.
Gaya Machado pondera que esta visão preconceituosa e dualista ainda está muito presente entre empregadores brasileiros, mas ela acredita que tende a perder espaço. "Cada vez mais os empregadores estão percebendo que as mulheres têm tanta capacidade quanto o homem no mercado de trabalho. As competências dos gêneros se complementam, uma vez que as características diferentes de cada sexo permitem que os profissionais olhem os desafios do trabalho por ângulos diferentes e encontrem soluções e possibilidades que poderiam passar despercebidas se olhadas apenas por uma determinada forma de enxergar as coisas", explica.
E quando a questão da gravidez entra em pauta, a Coach afirma: "Como mulher, eu poderia dizer que sem as mulheres não haveriam novas gerações, homens, maridos, filhos... Mas não vou recorrer a uma explicação simplista. Como profissional especialista em desenvolvimento humano, acompanho o aprimoramento profissional de diversas mulheres, nos mais variados setores, e posso afirmar que a mulher que retorna de uma gravidez adquire novas competências, novas habilidades e formas de enfrentar os desafios do mercado de trabalho que deveriam ser melhor exploradas, uma vez que só agregam diferenciais às suas funções anteriores.
Sobre Gaya Machado
É Palestrante e Treinadora Comportamental especialista em Psicologia Positiva, MBA em Desenvolvimento do Potencial Humano e Coaching, com certificações nacionais e internacionais.
Mestre em Comunicação, Pós-graduada em Comunicação Jornalística e graduada em Jornalismo e Rádio e Televisão.
É coautora de quatro livros; palestrante em congressos nacionais e internacionais e professora universitária.
Fundadora do projeto Coisas de Gaya e Sócia-Fundadora da Academia de Desenvolvimento Humano Transforma.
Coisas de Gaya
Projeto de Desenvolvimento do Potencial Humano que une ferramentas do Coaching, da Psicologia Positiva e de outros campos do conhecimento com o objetivo oferecer ferramentas de transformação, motivação, protagonismo e resiliência para que cada um possa enfrentar os desafios que a vida trouxer e ser protagonista de sua história.
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