Belo Horizonte - MG--(
DINO - 02 jun, 2016) - O estupro coletivo da jovem de 16 anos no Rio de Janeiro, no mês de maio deste ano, atingiu um ponto delicado da sociedade brasileira. As discussões sobre a violência contra a mulher, que há um bom tempo se encontram acesas em todo o país, ganharam ainda mais força e relevância, trazendo à tona dados surpreendentes.
Segundo a Central de Atendimento à Mulher ? Ligue 180, os casos de violência contra a mulher cresceram mais de 44% em 2015, se comparado ao ano de 2014. Foram registradas no ano passado, 76.651 denúncias. Isso representa um caso de violência a cada sete minutos no Brasil, só em 2015. As ocorrências específicas de violência sexual saltaram de 1.517 para 3.478 relatos, registrando-se no país 9,5 estupros por dia. Os números alarmantes infelizmente são ainda maiores, já que estes são apenas os casos registrados pela Central especializada.
O ano de 2015 foi marcado pela movimentação das mulheres em prol dos seus direitos. O protagonismo feminino ganhou as ruas e as mídias, em protestos e reivindicações que ecoaram e se fortaleceram de forma abrangente. Casos de violência contra a mulher ganharam notoriedade especialmente através das redes sociais. O lançamento de campanhas como #PrimeiroAssedio e #MeuAmigoSecreto, dentre outras, levantaram questões da violência e abusos recorrentes no dia a dia das mulheres.
Um dos maiores e-commerces do segmento de lingerie - a Specialità - envolvida no universo feminino através da valorização da autoestima, não ficou de fora destas movimentações tão importantes. Há alguns meses lançou a campanha #ComigoNao, com o propósito de unir blogueiras e mulheres formadoras de opinião, para uma ampla divulgação de conteúdo relativo aos casos de violência e informações úteis para denúncias e reivindicações de direitos das mulheres. A empresa criou uma página onde as blogueiras e jornalistas participantes são adicionados através das postagens que fazem referente à Campanha.
As divulgações da campanha se reverterão em doações de lingeries a centros de reintegração de mulheres vítimas de violência em Minas Gerais. "Nosso objetivo é bem maior do que a doação das lingeries para estas mulheres que precisam resgatar a dignidade e autoestima; o que queremos com a #ComigoNao é alcançar o maior número de pessoas possível, para uma mudança urgente em toda a sociedade. Ainda precisamos caminhar muito para derrubar uma cultura onde a mulher é inferiorizada e subjugada em vários aspectos. As mulheres têm uma força que muitas vezes desconhecem, queremos incentivá-las a resgatar esta força e mostrá-las que elas não estão sozinhas!" ? afirma Juliana Verly, idealizadora da #ComigoNao.
A campanha já conta com 80 blogueiras participantes e mais de 4 mil seguidores na página do Facebook. "A entrega das lingeries está prevista ainda para o mês de junho, mas a #ComigoNao continuará, pois acreditamos que estamos fazendo diferença para várias mulheres que ainda se sentem amedrontadas ou incapazes de denunciar algum tipo de abuso que sofrem. A conscientização de todos é um dever social e humano, não é uma luta apenas pelo direito das mulheres. É um longo caminho, mas a mudança cultural precisa começar de algum ponto, para que haja uma real transformação no atual cenário do país", complementa Juliana.
Outras iniciativas como essa têm dado certo em todo o Brasil e repercutido na mídia nacional e nas redes sociais de forma constante e assertiva, como o Think Olga, Livre de Abuso, Mete a Colher, entre tantas outras, sempre contando com a parceria de divulgação de blogueiras e jornalistas de todo o Brasil.
A discussão sobre a violência contra a mulher nunca foi tão incentivada como agora. E a participação de todos os âmbitos da sociedade civil é fundamental. As empresas e a mídia têm um papel importante e um grande poder nessas ações e podem fazer muito pela luta de cada mulher.
Página da Campanha:
www.specialitalingerie.com.br/comigonaoPágina do Facebook:
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