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DINO - 09 jun, 2015) - Segundo a pesquisa Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2013 divulgada pelo IBGE em abril, o acesso à internet em domicílios chegou a 85,6 milhões de brasileiros, o equivalente a 49,4% da população. A pesquisa considerou o acesso de pessoas acima de 10 anos de idade que utilizaram a internet pelo menos uma vez em um período de 90 dias anteriores à realização das entrevistas.
Vivermos em um mundo altamente conectado e, quando o assunto é saúde, a tecnologia já não é apenas uma tendência, mas uma realidade. Segundo o relatório mHealth e Wearables 2015, publicado pela organização global de regulação do comércio de aparelhos e serviços mobile Mobile Ecosystem Forum, a adoção de aplicativos voltados para saúde (health) e prática de exercícios físicos (fitness) cresceu um terço a mais que no ano anterior, em todo o mundo. No Brasil, 26% dos usuários de dispositivos móveis usam aplicativos para ajudar na prática de exercícios e 21% para controlar o peso.
A empresária Ana Paula Maceira é usuária de gadgets de saúde para a prática de exercícios físicos: "Uso um aplicativo para monitorar meu treino, quantas calorias perco, como está meu batimento cardíaco, e para comparar quanto melhorei meu condicionamento durante o mês. Acredito que ele pode auxiliar minha saúde porque mostra meus resultados e, através da comparação, entendo como prosseguir com os treinos para queimar calorias, que é meu objetivo. Não pedi opinião de nenhum médico, comprei porque achei interessante e uso apenas na academia. Faço acompanhamento médico anual, de forma preventiva", conta.
Já o executivo na área de tecnologia Marcelo Miranda, de 38 anos, é um apaixonado por tecnologia e usuário assumido de diversos aplicativos e wearables (expressão em inglês para tecnologias de vestir): "Uso um relógio inteligente durante todo o dia para medir atividades e calorias gastas e os batimentos cardíacos. Consulto constantemente o medidor de objetivos e indicadores como calorias gastas ativamente, tempo de exercício e as horas em que fiquei pelo menos um minuto em pé. Se os índices mostrarem que posso não alcançar os objetivos diários, reprogramo minhas atividades para fechar o dia bem. Também uso um monitor de atividades para medir meu sono e verificar se dormi ao menos sete horas por noite. Ele também aponta a qualidade do descanso, medida em horas de sono leve e profundo. Todos os dias, ao acordar, passo pelo ritual de me pesar em uma balança inteligente, que mede meu peso e percentual de gordura, e acompanho evolução do meu peso por um aplicativo. Uso, ainda, um aplicativo para registrar minha alimentação e o montante de calorias ingeridas por refeição.
Todas estas informações estão sendo consolidadas em um aplicativo. Acredito que estes dados irão revolucionar a medicina que conhecemos hoje".
Daniel Gentil, médico especialista em gestão de saúde da plataforma AbVita, acredita que o uso dos wearables e aplicativos é positivo, uma vez que demonstra que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com a saúde e se dedicando a monitorar seus hábitos em busca de mais qualidade de vida, mas alerta que estes dispositivos, sozinhos, não trazem um panorama completo o estado atual de saúde e, que, em alguns casos, é fundamental ter o acompanhamento de um médico para a interpretação das informações colhidas. É o que faz a analista de mídia e Editora do blog "A Diabetes e Eu" Luana Alves. Ela é portadora de diabetes tipo 1 e conta com o auxílio de um aplicativo para manter o problema sob controle: "Uso para medir a glicemia várias vezes e registrá-la para mostrar nas consultas médicas, além disso preciso fazer contagem de carboidratos e cálculos com base nessa contagem para verificar a quantidade necessária de insulina. Facilita bastante meu dia a dia. O aplicativo que uso, por exemplo, tem uma lista de alimentos cadastrados e calcula sozinho, após eu inserir o que estou comendo, a quantidade de insulina necessária. Isso é muito bom, porque evita enganos na hora de fazer o cálculo, o que pode atrapalhar o tratamento. Além disso, quando registro as glicemias, ele produz gráficos que ajudam a visualizar os horários que precisam de mais atenção na minha rotina e auxiliam o médico a rever as doses e promover os ajustes na medicação".
Para Daniel Gentil, o engajamento cada vez maior da população mostra que é fundamental que os profissionais da saúde entendam que a tecnologia só tem a somar na hora de monitorar os dados dos pacientes e avaliar qual o melhor tratamento a ser seguido. Ele explica que a plataforma AbVita surgiu exatamente desta necessidade de ter uma tecnologia aliada à saúde que permitisse a avaliação dos riscos que o indivíduo tem em desenvolver doenças crônicas, como diabetes e pressão alta, ou ainda eventos como infarto e derrame. No site da Abvita, os profissionais de saúde preenchem um questionário simples com os dados dos seus pacientes e a tecnologia aponta linhas de cuidados que orientam quais exames e mudanças no estilo de vida devem ser feitos para que a pessoa avaliada permaneça saudável por mais tempo. "É muito positivo que os pacientes se preocupem com a saúde diariamente e os dispositivos tecnológicos contribuem para que este hábito seja dinâmico, mas quando alguém tem propensão a desenvolver doenças crônicas ou já convive com algum problema de saúde, o acompanhamento do especialista na gestão de todos estes dados, é fundamental. Esta avaliação de informações será ainda mais eficaz se o profissional da saúde tiver o suporte das tecnologias para potencializar os resultados do seu trabalho, em prol de tratamentos cada vez mais eficazes e de mais qualidade de vida para os pacientes. É fundamental que haja uma educação em saúde que conscientize a população da importância de entender a evolução da sua doença ou da predisposição em desenvolver algum problema, e aliar este conhecimento à tecnologia".
Luana concorda: "Eu uso o aplicativo para medir os dados e me auxiliar no dia a dia, mas faço acompanhamento médico trimestral com endocrinologista e nutricionista. Também vou ao menos vez ao ano ao oftalmologista, ao dentista e ao ginecologista", conta.
Sobre Daniel Gentil
Daniel Gentil é Doutor em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, e tem MBA em Gestão da Saúde pelo IBMEC / SP. Tem grande experiência clínica nas áreas de promoção de saúde, doentes crônicos, manejo do paciente idoso, entre outras.
Gerenciou grandes hospitais, laboratórios e operadoras de saúde e foi, como Especialista em Medicina Desportiva, médico da Seleção Brasileira de Basquete, Masculina e Feminina, entre 2000 e 2007.
Sobre a AbVita
AbVita é uma tecnologia aliada à saúde que permite, através de uma plataforma on line, a avaliação dos riscos que o indivíduo tem em desenvolver doenças crônicas.
AbVita: Mais qualidade de vida para a população, mais economia para as empresas. A tecnologia como aliada da saúde.
Acesse:
www.abvita.com Website:
http://www.abvita.com