Bruxa de ilustrador amazonense ganha vida em HQ com artistas da Marvel e DC Comics
Manaus, AM--(DINO - 30 mai, 2017) - Tudo começou pela dificuldade de Paulo Teles, nos anos 2000, de conciliar o amor pelo desenho e criação de histórias com as responsabilidades de um jovem de passagem entre o Ensino Fundamental e o Médio, primeiro emprego, cursos técnicos e outras obrigações.
A falta de tempo para desenhar e fazer aquilo que mais amava poderia ser um impeditivo, mas acabou servindo de combustível para a criação de uma de suas personagens mais importantes: Madika Leona, a "Bruxa da Meia-Noite", tem como uma de suas principais habilidades o controle do tempo.
"O tempo é relativo, é abstrato, é teórico, algumas vezes poético. Mas por que não pode ser mágico? Li em algum lugar que o tempo é uma das maiores provas da existência da magia atuando sobre todos nós, é algo que não podemos mudar, de acordo com a física, podemos dobrá-lo, avançar no tempo, deixá-lo mais lento ou mais rápido, mas nunca retroceder", afirma Paulo Teles, hoje mais conhecido como Paulo 'Yonami' ? nome artístico que chegou a ser o nome original da personagem, outrora vilã.
Conceitos científicos à parte, o conceito principal da bruxa do ilustrador amazonense é a fantasia. "E se houvesse alguém que pudesse moldar o tempo conforme sua própria vontade? Alguém com o controle sobre o destino das pessoas com quem interage, e sobre o seu próprio, onde cada ação sua fosse como mexer uma taça em meio a uma enorme torre feita somente com taças de cristal. Imagine a responsabilidade que seria carregar um fardo tão pesado como este em suas costas, em uma jornada aparentemente sem fim, em busca do impossível", explica.
Hoje designer profissional, roteirista e diretor da House 137 Studio, Paulo levou alguns anos concebendo o perfil da personagem Madika Leona. Ele utilizou com referência histórias estrangeiras sobre bruxas e magos, músicas e até letras de bandas estrangeiras, como o grupo de heavy metal Lacuna Coil. Desta banda, a vocalista Cristina Scabbia também foi uma das inspirações. Paralelamente, a personagem ganhou uma aliada e aluna, que a seguiria nas jornadas.
O nome definitivo da Bruxa da Meia-Noite foi baseado de outro personagem, um clássico do cinema, que foi usado justamente pela relação mestre/aprendiz que as histórias trariam entre Leona e Karmen, sua aprendiz e amiga.
"O Profissional, de Luc Besson, cujo nome do personagem de Jean Reno é Leon. O filme tinha me ganhado justamente pela relação professor/aluno, pai/filha e humor entre os dois personagens principais", relembra. Já "Madika", primeiro nome de Leona, veio de "mágica".
À meia-noite
Mas por quê Bruxa da Meia-Noite? "Em todos os livros que li, filmes e outros, bruxas e magia eram parte do folclore de algum lugar, então pensei em criar uma lenda em volta da personagem". Paulo estruturou a mitologia de Leona sobre uma maldição: "Temporis Exorsus", que faz com que ela permaneça por apenas um ciclo diário em um mesmo lugar, época e dimensão, lançando-a aleatoriamente pelo tempo sempre à meia-noite de cada dia.
"Leona surge na vida das pessoas com quem se encontra e muitas vezes provoca mudanças dramáticas em suas histórias, criando assim toda uma mitologia a seu respeito, passando a ser conhecida em várias dimensões como 'a bruxa da meia-noite'", diz. Tal maldição também recaiu sobre a mãe de Leona, que passa a ser o objetivo da Bruxa da Meia-Noite: a personagem passa por várias jornadas de espaço-tempo em busca de sua genitora.
"Leona depara-se com um dilema existencialista, duvidando de suas capacidades, acreditando estar destinada a vagar eternamente e jamais encontrar sua mãe pelo infinito, mas não antes de alcançar o limiar da loucura se deixando levar pelo imenso conhecimento e ser possuída pelo infinito poder que, aos poucos, consumiria sua sanidade, transformando-a numa 'espiral'", conta Paulo.
Trabalho coletivo
A personagem estreou nos quadrinhos em 2016, na HQ "Zombie Side", antologia que reunia histórias envolvendo zumbis e que foi lançada na Comic Con Experience. Agora, a bruxa ganha sua série própria pela editora amazonense Lendari: "The Midnight Witch: Neverending Night" vai reunir histórias de diferentes roteiristas, ilustradores e arte-finalistas ? alguns deles com experiência internacional.
Além do próprio Paulo Yonami, o trabalho na HQ da Bruxa da Meia-Noite conta com participações especiais de Kewber Baal, que trabalha para a Dynamite Entertainment; Troy Brownfield, criador da Shotgun Reviews e colaborador da Newsarama, Wired Magazine, The Pulse, Newtype USA Magazine e Freaksugar; Mirka Andolfo, italiana que foi criadora da série Sacro/Profano e trabalhou na esquipe criativa da Disney e hoje atua na DC Comics, com Wonder Woman.
No quadro de artistas ainda constam Manuel Preitano, que atualmente trabalha com a Zenescope Entertainment, Graphic India, Dabel Brothers; Vincenzo Cucca, que já trabalhos na Disney Itália nos primeiros números do livro de quadrinhos de High School Musical, além de She-Hulk para a Marvel Comics; Amelia Woo, brasileira, que foi capista da Dark Horse Comics e Marvel Comics, além de ter colaborado nas séries Bible II e Buffy - A Caçadora de Vampiros.
Completam o time Eduardo Vienna, que trabalhou nas HQs Crossed Badlands (2012) e Evil Dead 2 Revenge of the Martians (2016); Rodrigo Monteiro, ex-colaborador do Omelete, trabalhou como colorista nos títulos da série "Grimm", "Vampirella & Dark Shadows", "Pantha" e outros; Emanuel Braga, manauara, atuou em Concept Art do Game Matemagos e game designer do jogo Swords & Tequila; Carol Peace, também de Manaus, publica webnovels independentes, escreve contos de sci-fi e teve um conto publicado pela Editora Draco, em 2015.
Website: http://www.lendari.com.br/
A falta de tempo para desenhar e fazer aquilo que mais amava poderia ser um impeditivo, mas acabou servindo de combustível para a criação de uma de suas personagens mais importantes: Madika Leona, a "Bruxa da Meia-Noite", tem como uma de suas principais habilidades o controle do tempo.
"O tempo é relativo, é abstrato, é teórico, algumas vezes poético. Mas por que não pode ser mágico? Li em algum lugar que o tempo é uma das maiores provas da existência da magia atuando sobre todos nós, é algo que não podemos mudar, de acordo com a física, podemos dobrá-lo, avançar no tempo, deixá-lo mais lento ou mais rápido, mas nunca retroceder", afirma Paulo Teles, hoje mais conhecido como Paulo 'Yonami' ? nome artístico que chegou a ser o nome original da personagem, outrora vilã.
Conceitos científicos à parte, o conceito principal da bruxa do ilustrador amazonense é a fantasia. "E se houvesse alguém que pudesse moldar o tempo conforme sua própria vontade? Alguém com o controle sobre o destino das pessoas com quem interage, e sobre o seu próprio, onde cada ação sua fosse como mexer uma taça em meio a uma enorme torre feita somente com taças de cristal. Imagine a responsabilidade que seria carregar um fardo tão pesado como este em suas costas, em uma jornada aparentemente sem fim, em busca do impossível", explica.
Hoje designer profissional, roteirista e diretor da House 137 Studio, Paulo levou alguns anos concebendo o perfil da personagem Madika Leona. Ele utilizou com referência histórias estrangeiras sobre bruxas e magos, músicas e até letras de bandas estrangeiras, como o grupo de heavy metal Lacuna Coil. Desta banda, a vocalista Cristina Scabbia também foi uma das inspirações. Paralelamente, a personagem ganhou uma aliada e aluna, que a seguiria nas jornadas.
O nome definitivo da Bruxa da Meia-Noite foi baseado de outro personagem, um clássico do cinema, que foi usado justamente pela relação mestre/aprendiz que as histórias trariam entre Leona e Karmen, sua aprendiz e amiga.
"O Profissional, de Luc Besson, cujo nome do personagem de Jean Reno é Leon. O filme tinha me ganhado justamente pela relação professor/aluno, pai/filha e humor entre os dois personagens principais", relembra. Já "Madika", primeiro nome de Leona, veio de "mágica".
À meia-noite
Mas por quê Bruxa da Meia-Noite? "Em todos os livros que li, filmes e outros, bruxas e magia eram parte do folclore de algum lugar, então pensei em criar uma lenda em volta da personagem". Paulo estruturou a mitologia de Leona sobre uma maldição: "Temporis Exorsus", que faz com que ela permaneça por apenas um ciclo diário em um mesmo lugar, época e dimensão, lançando-a aleatoriamente pelo tempo sempre à meia-noite de cada dia.
"Leona surge na vida das pessoas com quem se encontra e muitas vezes provoca mudanças dramáticas em suas histórias, criando assim toda uma mitologia a seu respeito, passando a ser conhecida em várias dimensões como 'a bruxa da meia-noite'", diz. Tal maldição também recaiu sobre a mãe de Leona, que passa a ser o objetivo da Bruxa da Meia-Noite: a personagem passa por várias jornadas de espaço-tempo em busca de sua genitora.
"Leona depara-se com um dilema existencialista, duvidando de suas capacidades, acreditando estar destinada a vagar eternamente e jamais encontrar sua mãe pelo infinito, mas não antes de alcançar o limiar da loucura se deixando levar pelo imenso conhecimento e ser possuída pelo infinito poder que, aos poucos, consumiria sua sanidade, transformando-a numa 'espiral'", conta Paulo.
Trabalho coletivo
A personagem estreou nos quadrinhos em 2016, na HQ "Zombie Side", antologia que reunia histórias envolvendo zumbis e que foi lançada na Comic Con Experience. Agora, a bruxa ganha sua série própria pela editora amazonense Lendari: "The Midnight Witch: Neverending Night" vai reunir histórias de diferentes roteiristas, ilustradores e arte-finalistas ? alguns deles com experiência internacional.
Além do próprio Paulo Yonami, o trabalho na HQ da Bruxa da Meia-Noite conta com participações especiais de Kewber Baal, que trabalha para a Dynamite Entertainment; Troy Brownfield, criador da Shotgun Reviews e colaborador da Newsarama, Wired Magazine, The Pulse, Newtype USA Magazine e Freaksugar; Mirka Andolfo, italiana que foi criadora da série Sacro/Profano e trabalhou na esquipe criativa da Disney e hoje atua na DC Comics, com Wonder Woman.
No quadro de artistas ainda constam Manuel Preitano, que atualmente trabalha com a Zenescope Entertainment, Graphic India, Dabel Brothers; Vincenzo Cucca, que já trabalhos na Disney Itália nos primeiros números do livro de quadrinhos de High School Musical, além de She-Hulk para a Marvel Comics; Amelia Woo, brasileira, que foi capista da Dark Horse Comics e Marvel Comics, além de ter colaborado nas séries Bible II e Buffy - A Caçadora de Vampiros.
Completam o time Eduardo Vienna, que trabalhou nas HQs Crossed Badlands (2012) e Evil Dead 2 Revenge of the Martians (2016); Rodrigo Monteiro, ex-colaborador do Omelete, trabalhou como colorista nos títulos da série "Grimm", "Vampirella & Dark Shadows", "Pantha" e outros; Emanuel Braga, manauara, atuou em Concept Art do Game Matemagos e game designer do jogo Swords & Tequila; Carol Peace, também de Manaus, publica webnovels independentes, escreve contos de sci-fi e teve um conto publicado pela Editora Draco, em 2015.
Website: http://www.lendari.com.br/