São Paulo--(
DINO - 27 abr, 2016) - No fim do mês de fevereiro o Google anunciou que não vai mais comercializar anúncios publicitários na parte lateral das páginas de pesquisa do mecanismo de busca. A mudança, que pode parecer pequena, deve trazer impactos significativos no tratamento da publicidade por parte da empresa, reporta José Borghi, da Mullen Lowe, antiga
Borghi Lowe.
O Adwords, programa de publicidade do Google, deve permanecer apenas com os anúncios que aparecem no topo das pesquisas. Na maioria dos casos o limite será de três links patrocinados por pesquisa. Somente as buscas consideradas "extremamente comerciais" pelo Google terão quatro resultados, lembra
José Borghi. A empresa declarou também que deixará espaço para três anúncios na parte inferior das páginas de pesquisas. A lateral direita ainda poderá ser usada pelo próprio Google, em anúncios específicos relacionados ao Google Shopping, por exemplo.
A mudança reduz o número máximo de espaços disponíveis para propaganda no mecanismo de busca nos computadores. Se antes eram 11, agora o limite é sete. A tendência é que o preço para anunciar no Google aumente, noticia José Borghi. Se o Google não divulgou qual a intenção comercial por trás da mudança, já existem várias especulações feitas pelos especialistas em marketing e publicidade. A mais falada até o momento é a de que a empresa deseja criar uma concorrência mais forte principalmente entre os
grandes anunciantes. Um exemplo são os espaços relacionados a cartões de créditos, que devem apresentar um aumento significativo de preço.
Já em relação aos usuários, o Google deixou clara a intenção da mudança: Tornar os anúncios ainda mais relevantes. A empresa falou também que a redução dos anúncios foi tomada após anos de pesquisa com foco no público. A mudança também passa a valorizar ainda mais os nichos. Se os mercados de anúncios para temas específicos já é um dos grandes pontos fortes do Adwords, muitos anunciantes se concentravam em um número limitado de termos na busca. Com menos espaço para dividir, anunciar no
Google vai exigir mais criatividade, mas também abre novos campos até então explorados e que podem gerar resultados.
Os pequenos e médios anunciantes são os que podem sair mais prejudicados neste primeiro momento da diminuição dos espaços de anúncios. Com um orçamento reduzido para promover a marca no Google, agora eles dificilmente conseguirão permanecer nas buscas mais óbvias, o que era possível com os anúncios laterais, lembra José Borghi, da
Mullen Lowe, antiga Borghi Lowe. Para contornar isso será necessária uma maior visão em relação à abordagem, para, a exemplo dos grandes anunciantes, criar estratégias com a finalidade de driblar as limitações de exposição, reporta José Borghi.
Por fim, a mudança nos preços do Google também pode respingar em outros mecanismos de buscas que negociam anúncios, podendo causar uma instabilidade em um primeiro momento, seja jogando os preços para baixo ou para cima.
Com tudo isso em vista, as mudanças anunciadas pelo Google podem causar um pouco de agitação no começo, mas a médio e longo prazo deve premiar as campanhas mais criativas e feitas com maior qualidade, que ganharão espaço no principal mecanismo de busca do ocidente.
Website:
http://us.mullenlowe.com/