Porto Alegre (RS)--(
DINO - 24 mai, 2018) -
Com soluções inovadoras e disruptivas, as startups têm influenciado as empresas tradicionais. O número de startups não para de crescer no Brasil, como demonstra a Abstartups (Associação Brasileira de Startups), que tinha pouco mais de 2,5 mil associadas em 2012, e agora conta com mais de 4,2 mil empresas do tipo. No total, o Brasil tem mais de 10 mil startups, movimentando bilhões de reais. A maioria está em São Paulo (31%), Minas Gerais (9%) e no Rio de Janeiro (8%).
A chamada “cultura startup” – focada em inovação, tecnologia, adaptabilidade e crescimento acelerado – tem auxiliado a modificar a gestão de companhias e setores convencionais. Em entrevista ao portal da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, Renato Mendes, sócio da Organica, empresa dedicada à aceleração de negócios e pessoas, diz que uma mudança de cultura empresarial só acontece quando é um desejo genuíno e, ainda sim, não é um processo fácil. “Essas empresas devem compreender que elas não vão se tornar startups, não se transformarão no Google ou no Facebook, mas que podem ter a mentalidade de startup”, explica.
Um exemplo é o Grupo Imobi, uma empresa gaúcha de Out Of Home (OOH) Media [propaganda ou mídia exterior, como instalação de outdoors, por exemplo], que nos últimos anos começou a ingressar em outros setores e se reinventou. Há dois anos, o Grupo Imobi adquiriu a startup Plug Carregadores, que desenvolveu um modelo inovador de mídia em carregadores de celular para bares e restaurantes. “Com os novos sócios, donos de uma outra mentalidade empreendedora, a Imobi passou por uma completa reinvenção. Nos adaptamos e ainda estamos nos adaptando a um novo jeito de comunicar”, diz Daniel Costa, diretor geral do grupo.
A “cultura startup” implica na escuta ativa dos clientes, na execução rápida do trabalho, e encarar o erro como oportunidade de aprendizado. A fundadora da AbeLLha, incubadora de negócios de impacto, Ana Julia Ghirello, acompanha processos de empresas muito tradicionais que resolveram aceitar o desafio. “As empresas precisam pensar em formas próprias de incorporar pontos da cultura startup que podem trazer agilidade e inovação para o seu negócio em um mundo cada vez mais volátil. Ter uma estrutura maleável e ágil é imprescindível para lidar com um mercado de extrema incerteza como o que já temos e teremos daqui pra frente”, analisa Ana Julia Ghirello.
Resultados
É trabalhando com base nessa nova cultura que o Grupo Imobi dobrou seu faturamento em 2017 e segue colhendo bons resultados em 2018. O primeiro trimestre do ano registrou um crescimento de 53% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a empresa faturou 93% a mais, o melhor desempenho dos seus 13 anos de vida.
O melhor desempenho chegou em 2017, quando o Grupo Imobi alcançou um recorde. Além do faturamento 93% maior, a empresa abriu escritórios em Porto Alegre, São Paulo e Brasília. Passou de três para 23 colaboradores. Incluiu representações e implementou um novo jeito de atender o mercado. “Incorporamos o espírito de uma startup. Estamos abertos e sempre procurando novos negócios e novas parcerias”, diz Costa. “Não somos mais uma empresa linear e sim circular, buscando um crescimento exponencial”.
A virada na empresa começou pela definição de um propósito claro: “gerar experiências incríveis entre marca e consumidor”. “Mais do que divulgar marcas, queremos embelezar a cidade, ajudar na mobilidade urbana, contribuir com a sustentabilidade ambiental e proporcionar experiências únicas. Buscamos propósitos que unam pessoas e marcas”, explica o executivo.
Entre as novidades que serão lançadas em breve, está o lançamento de um novo negócio – o uso de realidade aumentada na plataforma de 1.000 restaurantes pelo Brasil, e um projeto de mobilidade inédito em Porto Alegre.
Website:
https://www.grupoimobi.com.br/