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DINO - 15 jul, 2015) - A gestão de crise e a Pesquisa Deloitte/IBRI "Governança corporativa e RI" foi o tema do quarto painel do 17º Encontro Nacional de RI e Mercado de Capitais nesta quarta-feira. O evento está sendo promovido pelo IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) e pela ABRASCA (Associação Nacional das Companhias Abertas) nos dias 14 e 15 de julho, de 2015, na Fecomércio, em São Paulo.
O painel foi aberto pelo sócio da Deloitte, Bruce Mescher, que iniciou a sua palestra explicando a importância da pesquisa. "Fizemos a pesquisa para trazer algumas tendências atuais e mais dinâmicas entre acionistas e empresas. E como esses tópicos estão afetando a área", disse.
Segundo ele, a pesquisa contou com 54 respostas de um estudo que foi dividido em três blocos: "Primeiro exploramos a relação entre a Governança Corporativa e a crise de valor. No 2º bloco, foi abordado a era de engajamento e o terceiro bloco demonstra o ativista em ascensão", descreveu Mescher. Entre outras conclusões Mescher aponta que a tendência crescente no mundo dos investidores tem relação direta com o Conselho Administrativo. "Existe forte relacionamento entre boas práticas corporativas e o impacto na retenção e atração de investidor. E como isso tem bons impactos no valor das empresas", observa.
Mescher mencionou um estudo da International Financial Corporation (IFC) que apontou que 100% dos investidores estão dispostos a pagar prêmio por boas práticas das companhias. "Um total de 55% dos investidores falaram que estão dispostos a pagar um prêmio de até 10% e 38% se dispõem a pagar um prêmio até 20%".
Entre os dados revelados na pesquisa da Deloitte, 68% disseram que o líder da área de RI acumula outra função dentro da organização. "Outro dado interessante diz respeito ao papel do RI dentro da organização, 31% acreditam em RI como estrategista, o que representa um dado interessante e reflete a situação atual demonstrando que o RI está trabalhando nas áreas mais difíceis, tentando mudar a percepção do investidor em uma época que as empresas estão controlando investimentos e cortando custos", observa Mescher.
No bloco "A cultura do engajamento", o levantamento da Deloitte apontou a tendência crescente por um engajamento direto entre os acionistas e investidores e o conselho de administração. "Essa é uma expectativa expressada por 69% dos respondentes que manifestaram o desejo de engajamento direto nos conselhos de administração", diz Mescher.
Outra conclusão do levantamento da Deloitte diz respeito ao ativismo nas companhias. "A pesquisa demonstrou que o ativismo já é uma realidade nas empresas porque 47% dos respondentes já presenciaram campanhas de ativistas nas companhias. E o principal assunto levantado como foco de ativismo por parte de investidores diz respeito a assuntos estratégicos", aponta.
O 17º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais é patrocinado pelas empresas: Banco do Brasil, Bloomberg, BM&FBOVESPA, BNY Mellon, Bradesco, CEMIG, Chorus Call, Deloitte, Deutsche Bank, Diligent Board Member Services, Economatica, GreenbergTraurig, Itaú Unibanco, J.P. Morgan, MZ, Oliveira Trust, Petrobras, RIWeb, RR Donnelley, Sabesp, Sherpany, SulAmérica, TheMediaGroup, VALE, Valor Econômico e Wittel.
Mais informações acesse:
http://www.encontroderi.com.br/17/index.htm