Releases 11/05/2018 - 15:37

Dias das Mães: mulheres cuidem do seu coração


(DINO - 11 mai, 2018) - Os dados da Organização Mundial de Saúde são alarmantes: as doenças cardiovasculares já são responsáveis por 30% das mortes de mulheres no mundo. São 3 mortes por segundo em consequência, principalmente, de infarto e AVC - Acidente Vascular Cerebral -. O Brasil tem a maior taxa de mortalidade por cardiopatias em mulheres da América Latina e os números não param de crescer. O cardiologista Paulo Frange aponta o estresse que a mulher moderna se submete como um dos fatores agravantes para as doenças cardíacas. "A mulher está mais presente no mercado de trabalho, mas continua tendo a maior parte da responsabilidade sobre as tarefas de casa. Ela vive pressionada e ansiosa para dar conta de tantas atividades e isso tem reflexo direto na sua saúde. Se ela já traz um histórico de cardiopatia, a tendência é que esses fatores externos agravem o quadro clínico", explica o Dr. Paulo Frange.

Um levantamento recente feito pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica - SBCM - com mulheres de várias regiões do país apontou que 55% das entrevistadas trabalhavam pelo menos 8 horas por dia, costumavam enfrentar o trânsito nos deslocamentos para o trabalho e ainda faziam dupla jornada para cuidar das rotinas da casa. 70% delas disseram que sofrem com o estresse diário.

A situação é mais preocupante entre as grávidas. Na gestação, a mulher sofre com o aumento na produção de hormônios, ela fica mais frágil e precisa manter a calma para se sentir bem, mais disposta e não transferir para o feto toda a carga de estresse a que está submetida. É um momento em que as emoções ficam ainda mais fortes e a mãe precisa se proteger e proteger o filho. "Essa condição externa faz com que a mulher possa apresentar sintomas como falta de apetite, insônia e enfraquecimento no sistema imunológico. O estresse libera hormônios que contraem o útero e diminuem a vasodilatação, ou seja, a mãe não consegue levar mais nutrientes para o bebê, isso de forma inconsciente. A digestão da mãe é pior e a absorção de nutrientes é ruim aumentando os riscos de hipertensão e infecções", explica o médico.

O Doutor Paulo Frange acrescenta que a gestante pode sofrer mais com problemas respiratórios. Além disso, há um aumento das chances de parto prematuro, maior resistência à insulina, maior risco de obesidade e aumento do risco de doenças cardíacas, alterações cerebrais e o filho pode ter baixo peso ao nascer. "É recomendado que no período de gestação, a mulher aproveite para descansar, cuidar da alimentação, relaxar e estar preparada para o nascimento do seu bebê. Por fim, não é fácil a vida de mulher. Mais difícil ainda é a vida de mulher mãe. Mesmo assim, todas são felizes por serem mães", conclui o cardiologista.

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