Releases 30/10/2025 - 14:56

Saúde no Campo amplia o acesso à saúde e à educação no meio rural


Presente em 21 Estados e com 450 técnicos atuantes, programa deve beneficiar 100 mil pessoas até 2026, promovendo equidade e acesso à saúde no meio rural.

O programa Saúde no Campo, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), vem ampliando o acesso a cuidados de saúde e ações de educação em comunidades agrícolas de todo o Brasil, com foco na prevenção, no diagnóstico precoce e na promoção da qualidade de vida de produtores rurais e suas famílias. "A iniciativa tem como missão central promover a saúde dos produtores assistidos pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), trabalhadores rurais e seus familiares", afirmou Daniel Carrara, diretor-geral do Senar, durante o painel O Alimento na Vida das Pessoas: a saúde que começa no campo, realizado no Estadão Summit Saúde 2025.

De acordo com dados da iniciativa, o Saúde no Campo já está presente em 21 Estados brasileiros e conta com 450 técnicos em saúde rural mobilizados para atuar junto às propriedades rurais. A meta é alcançar 100 mil pessoas até 2026, reforçando o compromisso com a equidade e o acesso a cuidados de saúde de qualidade no meio rural.

O programa estrutura-se com base em diretrizes claras: mapeamento das condições de saúde das famílias, planejamento individualizado das ações, visitas domiciliares às propriedades, oferta de telessaúde, ações integradas de saúde com os sindicatos e regionais, e avaliação contínua dos resultados.

Nesse modelo, cada técnico em saúde rural atua num microterritório - até cerca de 30 propriedades -, realizando atividades de promoção da saúde, visitas domiciliares com duração média de até quatro horas por propriedade, identificação de riscos, encaminhamento e ação colaborativa com o Sistema Único de Saúde (SUS) ou sistemas de Telessaúde quando necessário.

Segundo o programa, os elementos de acesso, educação e tecnologia caminham lado a lado: kits de primeiros socorros, kits de higiene para produtores e suas famílias, kit de atendimento para o técnico (com mochilas, balança portátil, glicosímetro, termômetro digital, oxímetro, tensiômetro) fazem parte da infraestrutura fornecida para garantir a execução das visitas e o registro sistemático das condições de saúde no meio rural.

Para homens e mulheres do campo, o alcance desse programa representa uma mudança importante. O histórico desigual de acesso à saúde em zonas rurais, muitas vezes marcadas por distância dos centros de atendimento, dificuldade de transporte e carência de informação, tem motivado uma abordagem mais proativa do Senar e dos sindicatos rurais.

Ainda que o programa já apresente resultados positivos, os desafios permanecem significativos: levar cobertura completa a todos os municípios em cada Estado, garantir que as famílias mais remotas sejam atendidas, articular de forma permanente com as redes de saúde locais e manter a continuidade dos cuidados após a visita inicial. Ao estabelecer a meta de 100 mil pessoas beneficiadas até 2026, o Saúde no Campo eleva o nível de ambição - não apenas em números, mas em impacto social e de saúde preventiva para o agronegócio e para a vida das comunidades rurais.

Na visão do Senar, a iniciativa Saúde no Campo reforça a ideia de que qualidade de vida e produtividade andam juntas no meio rural: um produtor saudável, orientado e com acesso à atenção básica e preventiva tende a manter-se ativo, evitar afastamentos por doenças e contribuir mais eficazmente para o desenvolvimento local. Como explica o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, "o Senar foi criado para ajudar o produtor a permanecer no campo - e, para isso, ele precisa ter renda. Depois de dez anos aplicando nossa metodologia de assistência, percebemos que o produtor só alcança renda se tiver saúde, ele e sua família".

Com a presença em 21 Estados até agora e o contingente de 450 técnicos dedicados, o Saúde no Campo se apresenta como uma das estratégias mais amplas de atenção à saúde voltada ao trabalho rural no Brasil - e com meta clara: atingir 100 mil pessoas até 2026, promovendo equidade de acesso, reduzindo as lacunas entre campo e cidade e fortalecendo a rede de apoio à vida no agro.