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DINO - 03 mai, 2018) - Compliance é comportamento, cultura. E para ser eficiente e realmente permear as atividades das empresas, tem de ser prioridade para quem comanda a empresa. Uma atividade como a nossa, que gera tanta riqueza para seus clientes e milhões de empregos para a economia nacional, não pode correr riscos. A afirmação do presidente nacional da Associação Brasileira das
Agências de Publicidade (Abap), Mario D'Andrea, refere-se à iniciativa da entidade em promover a estruturação de um protocolo de boas práticas e compliance específico para as agências de publicidade e um Guia/Manual para implantação nas empresas. Quem destaca o assunto é o
advogado Bruno Fagali, que também é membro da Fagali Advocacia.
Fundada em 1949, a Abap é a instituição que defende e divulga os interesses de agências brasileiras associadas à indústria de comunicação. Ela é a maior organização do setor na América Latina e, atualmente, está atuando em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC) para a elaboração do
protocolo de compliance. Fagali reporta que a intenção da Abap, com a medida, é contribuir para o funcionamento eficiente e regular do ambiente em que as agências operam; buscar proteger essas companhias de comunicação de atos ilegais por parte de terceiros; bem como, evitar ou coibir modalidades de fraudes ou situações irregulares; e fortalecer a reputação e credibilidade do mercado dessas agências.
"Para qualquer empresa, ética não é apenas uma virtude, é uma questão de sobrevivência. Ética depende de exemplos, liderança - mas depende principalmente de processos, onde todo cuidado é precioso. Atualmente, todos os setores estão exigindo que seus parceiros tenham código de conduta e manual de compliance efetivamente aplicados no dia a dia de seus negócios", ressaltou Mario D'Andrea. Para o presidente da Associação já era hora de a Abap ter regras de compliance estruturadas.
A expectativa da entidade que cuida dos interesses corporativos da publicidade é que no curto prazo o Protocolo de Boas Práticas e Compliance seja exigido em todas as concorrências ? tanto públicas quanto privadas ? assim como acontece com as certidões negativas de débito. A intenção inicial é oferecer às agências acesso gratuito ao documento. A implementação nas estruturas internas das empresas de comunicação, no entanto, será responsabilidade de cada uma delas, salienta o advogado
Fagali.
"Tudo que pode impactar no preço final de um serviço está no foco do compliance. Por isso, a Abap vai dar a receita do bolo para o mercado estar em conformidade com uma exigência cada vez mais comum. Cada vez mais os departamentos de compras, ou procurement, dos anunciantes exigem dos fornecedores adesão ao compliance. O importante é que o compliance faça parte da cultura da agência e não seja apenas uma obrigação legal", acentuou D'Andrea.
A Associação montou um grupo de trabalho para ajudar a Fundação Dom Cabral na elaboração do Protocolo. No time estão, por exemplo, o CEO da DPZ&T, Eduardo Simon; o CEO do Grupo Newcomm de Comunicação, Marcos Quintela; a vice-presidente da Abap, ex-Betc, Gal Barradas; o advogado Paulo Gomes; e a presidente da Abap-MG, Adriana Machado. Entrevistas com lideranças do setor ajudarão a elencar as prioridades do guia,
conclui Bruno Fagali.
Website:
http://www.fagali.com