Belo Horizonte, MG--(
DINO - 10 mai, 2017) - Ser sedentário, fumar, usar drogas, se endividar com frequência, se autossabotar no trabalho e nas relações. Por que muitos de nós temos tantos comportamentos que nos fazem mal? Sabemos que o ser humano é uma espécie criativa e, da mesma maneira, pode ser também destrutiva, o que molda determinadas atitudes. Os comportamentos destrutivos são práticas prejudiciais ao próprio indivíduo conduzidas pela mente, guiados por fatores inconscientes que sobressaem à racionalidade, ou seja, somos levados a agir na maioria das vezes irracionalmente. A necessidade de adaptação social, uma nova fase da vida, ou até mesmo a predisposição genética são causas características desses comportamentos a partir também do excesso de sentimentos negativos.
Geralmente tais comportamentos se devem pela falta de autoconhecimento ou traumas de longo prazo identificados quando há um histórico de abalos na infância, uso de drogas, baixa autoestima, crença de não merecimento, entre outros. No entanto, o problema nem sempre é de grande complexidade e até mesmo a fofoca é considerado sintoma desse comportamento, visto que tiramos o foco da própria vida para julgar o próximo quando, na verdade, estamos nos espelhando no outro.
O acúmulo de negatividade são fatores altamente danosos, como os sentimentos de medo, culpa, rejeição, traumas, mágoas, raiva, tristeza, comuns em personalidades destrutivas. Geralmente esse conjunto de sentimentos são reflexos das atitudes excessivas, como alcoolismo e gula, por exemplo. No entanto é necessário compreender: qual o benefício disso. Beber para esquecer ou apreciar o sabor? Comer para se sentir bem ou para nutrir o corpo?
As atitudes destrutivas estão ligadas à falta de autoconhecimento e relacionadas diretamente ao processo inconsciente de inúmeros pensamentos negativos. E não enxergamos o excesso quando estamos contaminados pela negatividade. Ao longo do tempo o histórico de comportamentos destrutivos passa a ter um grau de seriedade, refletindo em diversas áreas, resultando em doenças patológicas como transtornos mentais, perda de relacionamentos, autoestima afetada, afastamento do trabalho e até doenças físicas, como a obesidade, problemas pulmonares e cardíacos.
Precisamos compreender que questões pessoais, tristeza e dias ruins, são comuns e fazem parte da vida, mas é importante estar atento ao excesso. É necessário esclarecimento das próprias atitudes e a buscar por uma vida mais leve, desde o cuidado com nossa alimentação até nossas emoções. Em casos mais específicos, a ajuda profissional é imprescindível, ela será um apoio na cura de traumas e no reequilíbrio da mente.
Jussara Prado, psicóloga e máster coach Website:
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