Rio de Janeiro--(
DINO - 23 jul, 2018) -
De acordo com uma projeção feita pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, o setor de E-commerce no país deve obter um faturamento de R$ 40 bilhões no segundo semestre. O montante representará um crescimento no setor de 15% quando comparado com o mesmo período de 2017. Existe uma razão para os empreendedores faturarem mais no segundo semestre: o aquecimento do mercado com as datas sazonais, como o Dia dos Pais, a Black Friday e o Natal.
O tíquete médio neste período deve somar R$ 310, totalizando cerca de 122 milhões de pedidos. Apesar da baixa na economia no ano passado, dados da ABComm contabilizaram mais de 203 milhões de pacotes enviados pelo comércio eletrônico para os consumidores. O tíquete médio em 2017 alcançou R$ 294 e, entre os itens mais comprados, destaca-se, em primeiro lugar, a categoria de Eletroeletrônicos, seguida de Óticas e Acessórios e Acessórios Automotivos.
Os aplicativos e as otimizações realizadas nos sites deverão influenciar o foco das empresas. A principal atenção ficaria por conta das melhorias que devem ser feitas por diversos empreendedores digitais para aprimorar a visualização de produtos em dispositivos móveis. O objetivo é oferecer uma experiência mais confortável para o cliente (customer experience) e a principal engrenagem de vendas continua sendo as buscas realizadas pelo Google, com 52% dos pedidos.
MUDANÇAS NO MERCADO LIVRE: DÚVIDAS DIVIDE VENDEDORES E EMPRESÁRIOS
O Mercado Livre mudou este mês de julho as regras para pedidos abaixo de R$ 120 adicionando uma taxa fixa para o vendedor. A nova regra dividiu vendedores e deixou dúvidas para os consumidores. Segundo novo regulamento, é cobrado uma taxa de 11% mais R$ 5 por unidade no caso de um anúncio Clássico. Anúncios Premium estarão sujeitos a 16% mais R$ 5 por unidade. Esse custo fixo vale para todos os vendedores, independente da reputação; mas só será cobrado se o pedido for inferior a R$ 120. Caso contrário, valerá apenas a taxa de 11% ou 16%. No caso de pedidos menores, os vendedores terão que arcar com uma taxa fixa de R$ 5 — além da porcentagem sobre o valor total. Segundo o Mercado Livre, a mudança ocorreu para que o frete grátis para produtos acima de 120 reais fosse mantido, visando os interesses do consumidor.
Alguns empresários se dizem afetados pelas vendas com valores abaixo dos R$ 120, enquanto outros alegam que a medida diminui os cancelamentos de venda por conta do "frete surpresa".
Para o empresário e fundador da empresa Ecommerce na Prática, Bruno de Oliveira, é preciso entender os problemas que levaram o Mercado Livre a implantar as novas regras. Para ele, a mudança foi positiva.
- A recente mudança de tarifa e política de frete grátis do Mercado Livre gerou confusão e discórdia entre os vendedores. A regra, que entrou em vigor dia 2 de julho, impacta diretamente aqueles que vendem produtos a menos de 120 reais. Diante do cenário e da necessidade do pequeno empreendedor de continuar na plataforma, só há um caminho a seguir: pensar em formas de se beneficiar com a mudança - explica.
Ainda de acordo com Bruno, a nova política é para corrigir um antigo erro. Antes os clientes que compravam mais 120 reais e combinando produtos no carrinho de compra ganhavam frete grátis. Este valor, no entanto, era descontado dos vendedores, apesar da opção do frete grátis ser do Mercado Livre, o que não soava muito justo.
- Na nova tarifação o custo do frete grátis é um opcional para quem vender menos de 120 e grátis para quem vender mais de 120. No entanto, os vendedores com produtos mais barato do que 120 pagam uma taxa de 5 reais por cada um no carrinho, além da tarifa básica da plataforma. Ou seja: se você vende um objeto de decoração por 10 reais e um cliente decide comprar 2, o custo dessa venda num anúncio clássico (o mais "barato") é de R$ 12,20 e o lucro é de R$ 7,80. Caso ainda opte por dar o frete grátis para o cliente, ainda terá que custear isso, o que não valerá a pena na hora de fazer as contas - ilustrou.
Veja mais exemplos da nova tarifa do Mercado Livre
Exemplo 1: Venda de um produto de R$ 50,00
Tarifa de exposição do Clássico ou Premium + custo fixo de R$ 5,00 por unidade = custo da venda
R$ 5,50 (Clássico) + R$ 5,00 unidade = R$ 10,50*
Lucro: R$ 39,50
*Neste caso, o frete está a cargo do comprador ou do vendedor, conforme selecionado no anúncio, de modo que não entra na conta inicialmente.
Exemplo 2: Venda de produtos de R$ 30
Tarifa de exposição do Clássico ou Premium + custo fixo de R$ 5,00 por unidade = custo da venda
R$ 3,30 (Clássico) + R$ 5,00 por unidade = R$ 24,90*
Lucro: R$ 65,10
*Neste caso, o frete está a cargo do comprador ou do vendedor, conforme selecionado no anúncio, de modo que não entra na conta inicialmente.
Exemplo 3: Venda de 3 produtos de R$ 40
Tarifa de exposição do Clássico ou Premium + custo fixo de R$ 5,00 por unidade = custo da venda
Neste exemplo = R$ 4,40 (Clássico) + R$ 5,00 por unidade = R$ 28,20*
Lucro: R$ 91,80
*O comprador oferecerá frete grátis, porque a venda alcançou os R$ 120. Ele não pagará nada pelo frete, pois o Mercado Livre custeará isso.
Exemplo 4: Venda de um produto de R$ 50 e outro de R$ 130 no Clássico
Pelo produto de R$ 50: Tarifa de exposição do Clássico + custo fixo de R$ 5,00 por unidade = R$ 10,50
Pelo produto de R$ 130: Tarifa de exposição do Clássico = R$ 14,30
Custo total = R$ 24,80*
*O comerciante oferecerá frete grátis para os seus compradores e pagará o frete pelo produto de R$ 130, com descontos de acordo com a sua reputação.
Formas de anúncio no Mercado Livre:
- Anúncio Clássico: 11% + R$5,00 por unidade vendida
- Anúncio Premium: 16% + R$5,00 por unidade vendida
- Anúncio Gratuito: o comerciante não paga nada!
CONTATOS PARA ENTREVISTAS
Bruno de Oliveira e personagens para matéria estão à disposição para entrevistas via assessoria de imprensa do Grupo Ecommerce na Prática.
Contatos: Lucas Lombardi (21) 99942-3043 e Alessandro Lo-Bianco (21) 979748490 | celular geral (21) 9830499-75
Website:
https://ecommercenapratica.com