São Paulo--(
DINO - 25 mai, 2016) - E tempos de desemprego e crise, a dúvida da maioria dos aspirantes a empresários e até mesmo de quem já está no mercado há algum tempo é em relação ao momento certo de abrir um negócio. Agora, na atual conjuntura da economia brasileira, é aconselhável lançar-se no ramo com uma nova ideia para desenvolver e conquistar os consumidores, ou isso pode tornar-se, como diz o famoso ditado popular, um grande tiro no pé? Quem explica a questão é o empresário
José Borghi, um dos maiores publicitários do Brasil, fundador da agência Borghi Lowe, atual
Mullen Lowe Brasil.
Obviamente, é inviável ter sempre a boa fase da economia de um país como pré-requisito para um futuro promissor no mundo dos negócios. Um pensamento simplista, lembra José Borghi, o atual Chief Executive Officer (CEO - Diretor Executivo) da Mullen Lowe Brasil, é no que se refere ao fato de não se estar vivendo a primeira e nem a última crise de um país. Se todos os empresários esperassem o fim desses momentos difíceis para fazer investimentos e abrir negócios, talvez o mundo nunca fosse para frente nesse quesito. Desta forma, é preciso pensar em duas situações diferentes: O negócio é, sim, novo, mas já está em operação; ou então, a ideia está formada, porém ainda não foi lançada, oficialmente.
No primeiro caso, com o negócio já operando, é preciso ter atenção. "Os investimentos, provavelmente, já foram planejados, mas, em tempos de crise, é fundamental ser realista e rever os cronogramas de uma maneira que preserve o fluxo de caixa da empresa. Afinal, é dele que a sobrevivência do negócio depende", destaca o
CEO da Mullen Lowe Brasil. É fundamental ficar atento também às oportunidades que podem surgir a partir de uma crise econômica. É aqui que a criatividade sobressai, seja em relação à redução de custos, aos ganhos de produtividade ou à inovação.
No segundo caso, quanto a lançar-se no mercado com uma nova ideia, é preciso ter cautela e pesar. Nem todos setores são atingidos pela crise, lembra o fundador da Borghi Lowe, alguns, inclusive, tomam novo fôlego com ela. É necessário observar e analisar a concorrência. Para quem quer entrar em um mercado que já é maduro, é preciso ter em mente que vai disputar os clientes "à tapa" com quem, muito possivelmente, tem mais força por ser mais experiente. A
criatividade e a dedicação terão que ser em dobro, ou até mais que isso. No entanto, se a ideia é verdadeiramente inovadora e ainda não se consolidou no mercado, o CEO da Mullen Lowe Brasil sugere adiar o investimento. "Com a crise, as pessoas arriscam e investem muito pouco em coisas totalmente desconhecidas, mesmo que pareçam muito boas", alerta Borghi. É necessário ter cuidado para não colocar a perder uma ótima ideia por tentar emplacá-la no momento errado.
Investir é uma questão de "parar e analisar com profundidade todas as alternativas, os prós e os contras, e isso não apenas durante os tempos difíceis da economia", salienta José Borghi, da Mullen Lowe Brasil. É ilusão acreditar que a crise é só negativa ou, para alguns setores, só positiva. A grande sacada é o
planejamento.
Website:
http://us.mullenlowe.com/