São Paulo - SP--(
DINO - 24 abr, 2017) - Com a realidade da tecnologia presente em todo o mundo, os aplicativos hoje também fazem parte da vida de milhões de brasileiros. Dentro do repertório de aplicativos e plataformas online, os apps que promovem a interação de usuários têm se destacado por diversos motivos, e nesses últimos dias, médicos e usuários também têm se utilizado deste recurso como meio de driblar a crise.A prolongada crise econômica brasileira e o aumento do desemprego, superior a 12 milhões de desempregados, são responsáveis pela crise no setor. Deste número, muitos dos desempregados perderam o plano de saúde corporativo, o que aumentou a demanda por meios alternativos de acesso à saúde.Em janeiro, houve uma redução no número de beneficiários em planos de assistência médica na casa de 192,2 mil. Segundo dados divulgados este ano pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os planos de saúde continuam a perder clientes neste início de 2017. Somente em 2016, o setor perdeu 1,47 milhão de beneficiários, no segundo ano subsequente de diminuição.Interação de usuáriosResultado da observação deste cenário de dificuldade para médicos e usuários, empreendedores criaram uma plataforma com o objetivo de promover a interação entre os profissionais da saúde e os usuários que precisam marcar consultas e exames médicos. O empreendimento de quatro sócios deu tão certo que já foi selecionado para participar da StartUpSintra em Portugal."Estamos trabalhando na adaptação dos serviços para o mercado português. A
RedeCare é uma plataforma tecnológica para localização de serviços médicos", explica Joilton Mello, "e surgiu pela observação das necessidades das pessoas em realizar consultas e exames. Atualmente os planos de saúde, além de caros, restringem o acesso de pessoas físicas, crianças menores de 6 anos e idosos", acrescenta.De acordo com o empreendedor Gilson Burmann, o quarteto identificou que atualmente muitas pessoas fazem cotação de planos de saúde, mas são praticamente proibidas de aderir, muitas vezes mesmo tendo dinheiro para pagar, casos em que os usuários em questão são pessoas acima de 58 anos, crianças menores de 6 anos ou pessoas que não possuem uma formação superior.Ainda de acordo com Gilson, atualmente as operadoras maiores só comercializam planos empresariais ou os coletivos por adesão, o que impede o acesso de quem está em situações diferentes.Segundo Jorge Botelho, outra consequência da crise brasileira e suas implicações no segmento das saúde se reflete na vida profissional dos médicos. "Esses profissionais vivem brigando com os planos de saúde por receber pouco nas consultas e demorar para receber", afirma. "Apesar de alguns médicos questionarem, muitos só têm a opção de se filiar a planos de saúde para conseguir ter pacientes para atender e, por outro lado, não sabem como vender os serviços de forma acessível à população", acrescenta.Tradicionalmente, um médico recebe pela consulta feita a um plano de saúde entre R$ 60 e R$ 80, pagamento que pode ser realizado até 60 dias depois. Contudo, quando um paciente faz orçamento, o valor da consulta particular invariavelmente custa cerca de R$ 220. Segundo o também sócio do empreendimento, Angelo Epifanio, "muitas vezes esse paciente está disposto a pagar um valor de até R$ 150 ou mesmo tem plano de saúde que o reembolsa esse valor. O médico acaba perdendo esse paciente". "Nosso site e aplicativo têm feito muito sucesso por atender a demanda dos brasileiros que já não contam com planos de saúde, e que precisam de um guia médico. Observamos a demanda, especialmente a procura de clínica popular e consultas médicas por parte da população das classes B, C e D. Já os profissionais da área da saúde, estes são atraídos e também têm se sentido muito confortáveis para credenciar consultório médico conosco", finaliza Angelo.O aplicativo RedeCare está disponível gratuitamente para download. Mais informações no site:
www.redecare.com.br.