Sao Paulo, SP.--(
DINO - 27 abr, 2016) - O momento delicado e a crise que o país atravessa, com a possibilidade iminente de um novo governo no âmbito federal, suscita a discussão sobre as potenciais medidas econômicas e sociais que deverão ser adotadas imediatamente pelo novo governo para reerguer o país e colocá-lo numa rota segura rumo ao crescimento e prosperidade futura.
Raras vezes o Brasil precisou tanto de líderes com habilidades estratégicas e transformacionais para atender os anseios da nação e promover a tão necessária mudança política, econômica e social. Perceber as opções estratégicas, avaliar os riscos e encontrar os recursos e meios para a saída da crise é tão desafiador quanto o processo de engajamento e reaglutinação do povo brasileiro em torno de um projeto de governo promissor.
Essa discussão está inserida em um módulo do Curso de Extensão Gestão Estratégica e de Pessoas, que será realizado na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, nos dias 07, 14 e 21 de maio, sob a coordenação do professor Marco Aurélio Morsch, mestre em administração e também consultor em gestão e liderança, fundador da Morsch Consulting. Veja detalhes em
http://up.mackenzie.br/extensao/cursos-de-extensao-2016/gestao-e-negocios/lideranca-e-pessoas/gestao-estrategica-e-de-pessoas-07-a-2105/Segundo Morsch, o curso visa auxiliar e preparar os gestores (atuais e futuros) na busca da excelência na gestão estratégica e de pessoas, propiciando discussões e análise de situações e casos vivenciados por executivos e líderes encarregados de desenvolver equipes de alta performance, permitindo apreender e praticar habilidades para seu desenvolvimento como líder e contribuir para alinhar e comprometer os colaboradores com a estratégia da organização.
O atual momento é muito pertinente para se discutir liderança estratégica, mudanças e gestão de pessoas, de acordo com o consultor.
"Não nos cabe avaliar a capacidade de liderança e transformação da equipe que será dirigida pelo vice-presidente Michel Temer, se ele assumir a presidência como tudo indica. Nem se o próprio Temer tem capacidade e competência para promover e conduzir as mudanças que o país precisa". "Também não se pretende analisar se eleições antecipadas para presidência da república representariam uma solução mais apropriada para o país" explica o consultor.
"Na essência, o que se quer é estimular a discussão das pessoas sobre liderança estratégica e a adequação dos diversos estilos de liderança, a importância da gestão estratégica das pessoas e a necessária competência de administrar eficazmente a transformação organizacional" esclarece Morsch.
No cenário atual, para ser um líder eficaz e gerir de maneira estratégica as pessoas e equipes de alta performance, o gestor de pessoas precisa conhecer conceitos complexos tais como gestão estratégica, planejamento da força de trabalho e técnicas de liderança, dinâmica, mudança e desenvolvimento organizacional, bem como desenvolver habilidades e atitudes pessoais e interpessoais capazes de influenciar seus liderados em busca de resultados organizacionais sustentáveis.
"O Brasil precisa de um turnaround !"
Durante o curso, quando são estudados cases de organizações que saíram do fundo do poço e se reergueram, por meio de uma grande reviravolta, tornando-se ícones em seus setores, como aconteceu por exemplo com a Nissan, a IBM ou o Pão de Açúcar, "estamos estudando aspectos da liderança, estratégia, gestão de pessoas e gestão da mudança", explica Morsch. "Em muitos casos, a mudança foi sistêmica, ampla e radical ? uma profunda reestruturação e reconfiguração do negócio, dirigida habilmente por líderes estratégicos, como Carlos Ghosn, no caso da Nissan, e Abílio Diniz no caso do Pão de Açúcar", assegura o professor.
O turnaround, ou "gestão da recuperação", é um processo de gerenciamento comumente utilizado para a recuperação e renovação corporativa. Ele usa análise e planejamento para salvar empresas em dificuldades e as retorna para a solvência, identificando os motivos pelos quais a empresa perdeu participação no mercado e introduzindo ações estratégicas corretivas. Isso envolve análise de gestão, raiz de causas e falhas, análise SWOT e de cenários, para determinar por que a empresa falhou e o que deve fazer no futuro. Quando a análise é concluída, um plano estratégico de longo prazo e um plano de reestruturação são criados. Uma vez aprovado, a liderança estratégica da organização começa a implementar o plano, continuamente revisando seu progresso e fazer alterações conforme necessário. Foi assim com o Nissan Revival Plan nos anos 2000 e na Reestruturação do Pão de Açúcar nos anos 1990.
De acordo com Morsch, "O Brasil é um país complexo e as mudanças a serem feitas também envolverão sistemas complexos em diversos níveis e camadas. Em alguns casos, precisaremos de reformas de base profundas e radicais. Questões como o déficit público, a reforma fiscal, a reforma da previdência e a reforma política são urgentemente necessárias. Sempre adiadas, teremos de encará-las definitivamente."
Para tanto, pondera Morsch, o país vai precisar de líderes estratégicos e transformacionais. "Gestores que sejam capazes de compreender holisticamente o contexto, que é cada vez mais volátil, incerto e complexo, e habilidosos no engajamento das pessoas e na condução de um processo difícil de conduzir. Estes gestores precisarão ter visão estratégica e capacidade transformadora", clarifica o professor.
Para Morsch, o líder transformacional é o principal modelo de liderança para o momento que estamos vivendo. "Um grande exemplo da história recente de liderança transformacional foi o de Nelson Mandela, na África do Sul. Ele foi capaz de incutir uma visão de irmandade em uma nação traumatizada por conflitos raciais. Ele unificou uma nação inteira".
O conceito de liderança transformacional foi introduzido por James McGregor Burns em seu livro de 1978, "Liderança". Ele definiu a liderança transformacional como um processo em que "os líderes e seus seguidores elevam um ao outro para níveis mais elevados de moralidade e motivação."
"Os líderes transformacionais inspiram grande lealdade e confiança em seus seguidores. Eles têm grandes expectativas, e inspiram as pessoas para alcançar seus objetivos", esclarece Morsch."Temos em mente que, para ter sucesso como líder transformacional, o profissional precisa se auto-gerenciar e trabalhar suas próprias habilidades, e reservar tempo e espaço para o seu desenvolvimento pessoal integral".
"Acreditamos que ao desenvolver líderes estratégicos e transformacionais estamos ajudando a melhorar o país, tornando-o mais desenvolvido, produtivo, competitivo e próspero", conclui Morsch.
Marco Aurélio Morsch é mestre em administração, professor de estratégia e inovação na Universidade Mackenzie, palestrante, fundador e CEO da Morsch Consulting.
https://www.linkedin.com/in/marco-aurelio-morsch-msc-4939953